segunda-feira, 29 de agosto de 2011

SERMÃO

José na casa de Potifar
Texto: Gn. 39.1-23

Introdução: A realidade de José era bem diferente dos seus sonhos, mas ele continuava fiel ao Senhor.

1- José demonstrou compromisso pessoal com Deus.
Estando longe da sua terra e da sua família, José não tinha quem o vigiasse no que se refere ao seu comportamento, mas ele continuava fiel, pois tinha uma experiência pessoal com Deus.
2- José viveu uma contradição: um servo de Deus servindo a um ímpio.
Isto pode parecer inaceitável, contrário à expectativa e ao conceito de prosperidade, mas José não reclamou. No futuro tudo seria corrigido pois ele se tornaria governador.
3- José foi um escravo exemplar.
Ele poderia viver revoltado e fazer as coisas de qualquer maneira, mas trabalhava com excelência (Ef.6.5-8). O servo de Deus precisa fazer o melhor onde quer que esteja: na escola, no trabalho, em casa, etc.

Quem é fiel no pouco será fiel no muito (Lc.16.10).

4- José foi um escravo próspero.
Isto não combina com alguns conceitos de prosperidade. Ser próspero é ser bem sucedido, mesmo que não sejamos ricos. José seria também um prisioneiro próspero e exemplar.
5- José resistiu à tentação.
O pecado poderia colocar tudo a perder. José poderia morrer antes de chegar ao governo.

Mas isto não aconteceu. Ele resistiu. Sendo homem, fugiu de uma mulher. Isto é contrário à mentalidade mundana. Hoje, sua masculinidade seria questionada. José foi fiel a Deus.

6- José sofreu uma injustiça.
Ele foi acusado de adultério e Deus não interferiu para impedir sua prisão injusta.

É provável que ele tenha orado, mas Deus não respondeu. Por quê? A prisão fazia parte do caminho para o palácio.
7- Deus estava com ele.
Este foi o segredo da vitória de José. Caminhando com Deus, José chegou ao palácio do Egito.
Precisamos andar com Deus para alcançarmos vitória e chegarmos ao céu.

O Espírito Santo e a Adoração

O Espírito Santo e a Adoração

A. Como receber o Espírito Santo em poder
1) Pela fé (Gl 3:1-6,14; Ef 1:13,14). Primeiramente receber a Cristo como Salvador e Senhor e sentir a responsabilidade e a realidade do batismo no Espírito Santo (Jo 7:39).

2) Pela obediência (At 2:38; 5:32). Arrependimento dos pecados e volta para Deus. Testar a fé pela ação. Fazer tudo quanto Deus lhe pedir através da Sua Palavra. É uma entrega total.

3) Pelo querer (Sl 63:1; Mt 5:6; Hb 6:1-3; Jo 7:37-39). A não ser que desejemos forte e entranhadamente andar com Deus, jamais o conseguiremos (1 Co 14:1; Jr 29:13).

4) Pela pureza (Sl 139:23,24; Rm 12:1). O Espírito Santo não poderá apossar-se de um coração rebelde e pecaminoso.

5) Pela oração (Lc 11:9-13; Mc 11:24). Depois da fé, da Obediência, do Querer, da Pureza dos nossos corações, temos tão somente de pedir (em oração) com inteireza de fé e então receberemos.

6) Pelo recebimento (Jo 20:22; At 8:14-17; Lc 11:13).

7) Muitas vezes o recebimento do Batismo no Espírito Santo veio (e vem) pela imposição de mãos em oração (At 8:14-17; 9:17, 18; 19:1-6; 1 Tm 4:14; 2 Tm 1:6; Hb 6:2).

8) O louvor (A gratidão). Uma parte vital da vida cristã (nascida de novo) e de importante ajuda em receber o Espírito Santo é o louvor, o cântico, a alegria da adoração (Sl 98; 150; 67; 134; 103; Lc 19:37-40; Hb 13:15; Ap 7:10-12; 5:9-14).

B. O Espírito Santo é quem dirige a adoração (Jo 4:23, 24; 1 Co 14:26; At 2:42).
1) Exortação (Hb 3:13; 10:25; Rm 12:8; 1 Co 14:3; 2 Tm 4:2; 1 Tm 4:13; Tt 2:15).
2) Edificação (1 Co 14:3-6,26; Rm 14:19; 1 Ts 5:11; Ef 4:12, 16, 29,30).
3) Instrução (At 2:42 - Doutrina; 1 Co 14:6, 26; 1 Tm 4:13; 2 Tm 3:16; 2 Jo 9).
4) Consolação (1 Co 14:3; 2 Co 1:3,4; 1 Ts 4:18; 5:11).
5) Oração (Tg 5:16; At 2:42; 1 Ts 5:17; 1 Tm 2:8; 1 Jo 5:14-16; At 12:5; Ef 6:18; Fp 4:6).
6) Louvor (Fp 4:4; Cl 3:16; Ef 5:18-21; 1 Co 14:26).
7) União fraternal (At 2:42; Fp 2:1; 1 Jo 1:3,6,7). Repartindo juntos; significa também dar e testificar.
8) No partir do pão (At 2:42; 1 Co 11:23; 10:15-17).
9) Tudo feito com decência e ordem (1 Co 14:40)

Podemos pregar (1 Ts 1:5; 1 Pe 1:12), pode cantar (Ef 5:18,19; 1 Co 14:15) e orar (Rm 8:2; Ef 6:18; Jd 20) no espírito. Conquanto não sejam essenciais na adoração tais atitudes como: oração uníssono (At 4:24), levantar as mãos (1 Tm 2:8; 134:2; 141:2), bater palmas (Sl 47:1), dançar no Espírito (Sl 150:4; 2 Sm 6:14), gritar (Sl 98:4; 47:1; Lc 19:37-40), prostrar-se (Dn 10:8,9; Ap 1:17; Mc 28:4; Ap 4:10; Sl 95:6; 99:5) e outros mais tipos de adoração extremos e não usados, contudo, feitos dentro dos limites prescritos pelo Espírito e pela Santa Palavra de Deus, são, certamente, permissíveis e agradam a Deus, pois tudo quanto for sincero - quebrantado e contrito - agradam a Deus como genuína expressão de louvor.

Conclusão - Não haverá uma quarta pessoa a chegar da parte de Deus para acudir a humanidade. O mundo rejeitou ao Todo-Poderoso e as Suas Leis dadas no Sinai e quando Jesus Cristo veio em carne ele O crucificaram.

O Espírito Santo veio para glorificar o Senhor Jesus (Jo 16:13,14). Nossa ênfase na Pessoa do Espírito não é, absolutamente, para exaltá-lo acima de Cristo. Não podemos dizer que uma das Pessoas da Trindade é maior ou superior à outra. A obra de qualquer uma das Pessoas da Deidade seria incompleta e impossível sem as outras duas. O que expomos sobre o Espírito Santo visa a mostrar Sua Obra como Aquele que é enviado pelo Filho, da parte do Pai (Jo 15:26) para dar testemunho de Jesus. Assim como o Filho glorificou o Pai pela Sua obra na terra (Jo 17:4), agora também o Espírito glorifica o Filho.

Hoje, ainda, o Espírito Santo, deixado por Jesus Cristo como Seu Representante, está no mundo para interceder e conduzir. Quando alguém O aceita, rejeita o último recurso para a sua salvação.

NOTAI BEM: NÃO HAVERÁ MAIS UMA QUARTA PESSOA A CHEGAR!!!

A principal Obra do Espírito Santo é glorificar Jesus. Sem a revelação do Espírito Santo, Jesus seria simplesmente um personagem histórico, para nossa apreensão intelectual; e a Bíblia, igualmente, um documento para nossa satisfação cultural e intelectual.

A razão porque nossos corações “ardem dentro de nós quando Jesus conversa conosco pelo caminho” é a revelação do Espírito Santo. Ele torna Jesus real, vivo e presente conosco. Ele faz as coisas de Cristo serem reais para nós; Ele traz vida, despertamento e realidade à adoração. Ele tira de nossas vidas e dos nossos cultos de adoração e tédio, a apatia e a morbidez. Ele traz vida espiritual, brilho e beleza às nossas reuniões.

É pela operação do Espírito Santo que passamos da morte para a vida. Que somos salvos. A operação do Espírito resulta em salvação, em nova vida.

O ESPIRITO SANTO

O ESPÍRITO SANTO
I. PERSONALIDADE DO ESPÍRITO

A) Provada por Suas Características:
1) Ele é inteligente (1Co 2.10,11).
2) Ele tem emoções (Ef 4.30).
3) Ele tem vontade ( 1Co 12.11).

B) Provada por Sua Obras:
1) Ele ensina (Jo 14.26).
2) Ele guia (Rm 8.14).
3) Ele comissiona (At 13.4).
4) Ele dá ordens a homens ( At 8.29).
5) Ele age no homem (Gn 6.3).
6) Ele intercede (Rm 8.26). 7)
7) Ele fala (Jo 15.26; 2Pe 1.21).

C) Provada pelo que Lhe é Atribuído:
1) Ele pode ser obedecido (At 10.19-21).
2) Pode-se mentir a Ele (At 5.3).
3) Ele pode ser resistido (At 7.51).
4) Ele pode ser reverenciado (Sl 51.11).
5) Pode-se blasfemar contra Ele (Mt 12.31).
6) Ele pode ser entristecido (Ef 4.30).
7) Ele pode ser ultrajado (Hb 10.29).

D) Provado por Uma Gramática Incomum:
A despeito do fato de a palavra grega para Espírito ser neutra em gênero, várias vezes se empregam pronomes masculinos para substituir o substantivo neutro, o que contraria todas as regras normais de gramática, mas indica a personalidade do Espírito (Jo 16.13,14; 15.26; 16.7,8)
II. A DIVINDADE DO ESPÍRITO

A) Provada pelos Seus Nomes:
1) Nomes que relacionam o Espírito em pé de igualdade às demais Pessoas da Trindade (1Co 6.11).
2) Nomes que O apresentam realizando obras que somente Deus pode fazer (Rm 8.15; Jo 14.16)

B) Provada por Suas Características:
O Espírito possui atributos divinos:
1) Onisciência (1Co 2.10,11).
2) Onipresença (Sl 139.7).
3) Onipotência (Gn 1.2).
4) Verdade (1Jo 5.6).
5) Santidade (Lc 11.13).
6) Vida (Rm 8.2).
7) Sabedoria (Is 40.13).

C) Provada por Suas Obras:
Ao Espírito são atribuídas obras que somente Deus pode realizar.
1) Criação (Gn 1.2).
2) Inspiração (2Pe 1.21).
3) Gerar a Cristo em Sua encarnação (Lc 1.35).
4) Convencer o homem (Jo 16.8).
5) Regenerar o homem (Jo 3.5,6).
6) Consolar (Jo 14.16).
7) Interceder (Rm 8.26,27).
8) Santificar (2Ts 2.13).

D) Provada por Sua Associação em pé de igualdade:
Com as demais Pessoas da Trindade (At 5.3,4; Mt 28.19; 2Co 13.13)
III. A PROCESSÃO (procedência) DO ESPÍRITO

A) Definição:
Processão é uma palavra que tenta descrever o eterno relacionamento entre o Espírito e as outras duas Pessoas da Trindade. Ele procedeu eternamente do Pai e do Filho sem que isso dividisse ou alterasse, de algum modo, a natureza de Deus.

B) História:
Este conceito foi formulado no Credo de Constantinopla em 381. Em 589, o sínodo de Toledo acrescentou a famosa cláusula latina “filioque”, que afirmava que o Espírito procedia do Pai e do Filho.

C) Escrituras:
João 15.26 afirma expressamente que o Espírito procede do Pai, ao passo que a idéia de Sua processão do Filho vem de versículos como Gálatas 4.6, Rm 8.9 e Jo 16.7.
IV. TIPOS E ILUSTRAÇÕES DO ESPÍRITO

Vestimenta ( Lc 24.49)
Pomba (Mt 3.16; Mc 1.10; Lc 3.22; Jo 1.32)
Penhor (2Co 1.22; 5.5; Ef 1.14)
Fogo (At 2.3)
Óleo (Lc 4.18; At 10.38; 2Co 1.21; 1Jo 2.20)
Selo (2Co 1.22; Ef 1.13; 4.30)
Servo ( Gn 24)
Água (Jo 4.14; 7.38,39)
Vento (Jo 3.8; At 2.1,2)
V. OBRA DO ESPÍRITO NO ANTIGO TESTAMENTO

A) Na Criação:
O Espírito deu à criação:
1) Vida (Sl 104.30; Jó 33.4).
2) Ordem (Is 40.12; Jó 26.13).
3) Beleza ( Sl 33.6; Jó 26.13).
4) Preservação (Sl 104.30).

B) No Homem:
1) Habitação Seletiva:
a) O Espírito estava em certas pessoas na época do AT (Gn 41.38; Nm 27.18; Dn 4.8; 5.11-14; 6.3)
b) O Espírito vinha sobre várias pessoas (Jz 3.10; 6.34; 11.29; 13.25; 1Sm 10.9,10; 16.13) c) O Espírito enchia alguns (Ex 31.3; 35.31). Assim, Seu relacionamento pessoal com os homens no AT era limitado, pois nem todos experimentavam Sua ação e esta não era necessariamente permanente em todos os casos (Sl 51.11)
2) Capacitação para serviço (especialmente na construção do Tabernáculo, Ex 31.3, mas também em outras circunstâncias, Jz 14.6).
3) Restrição geral ao pecado (Gn 6.3).
VI. A OBRA DO ESPÍRITO NA REVELAÇÃO E INSPIRAÇÃO

A) Definições:
1) Revelação significa o desvendamento de algo que era previamente encoberto ou desconhecido. A revelação diz respeito ao material (i.e., o que).
2) Inspiração é o processo divino de supervisão dos autores humanos da Bíblia, de modo que, usando suas próprias personalidades e estilos, compuseram e registraram sem erro as palavras de Deus pra Sua revelação ao homem nos manuscritos originais (os autógrafos). A inspiração diz respeito ao modo (i.e., o como).

B) O Autor da Revelação É o Espírito Santo:
A passagem mais específica é 2 Pedro 1.21 (cf. 2Sm 23.2; Ez 2.2; Mq 3.8; Mt 22.43; At 1.16; 4.25)

C) Os Meios da Revelação:
O Espírito usou:
1) A palavra falada (Ex 19.9).
2) Sonhos (Gn 20; 31).
3) Visões (Is 6.1).
4) A Palavra escrita (Jo 14.26; 1Co 2.13).
5) Cristo


D) O Autor da Inspiração É o Espírito Santo:
1) Do Antigo Testamento (2Sm 23.2,3; 2Tm 3.16; Mc 12.36; At 1.16; 28.25; Hb 3.7; 10.15,16).
2) Do Novo Testamento.
A) A inspiração do Novo Testamento foi pré-autenticada por Cristo (Jo 14.26).
B) Ela é afirmada pelos autores do Novo Testamento (1Co 14.37; Gl 1.7,8; 1Ts 4.2,15; 2Ts 3.6,12,14).
C) Ela é atestada mutuamente pelos apóstolos (1Tm 5.18; 2Pe 3.16).
VII. A OBRA DO ESPÍRITO NA VIDA DE CRISTO

A) Em Seu Nascimento Virginal:
O Espírito Santo realizou a concepção no útero de Maria (Lc 1.35).

B) Em Sua Vida:
1) Cristo foi ungido pelo Espírito (Lc 4.18; At 10.38). Essa unção ocorreu em Seu batismo, mas não é idêntica ao batismo (Jo 1.32). Essa unção significa capacitação para o serviço.
2) Cristo foi cheio do Espírito (Lc 4.1).
3) Cristo foi selado com o Espírito (Jo 6.27)
4) Cristo foi guiado pelo Espírito (Lc 4.1).
5) Cristo foi capacitado pelo Espírito (Mt 12.28).

C) Em Sua Morte:
(Cf. Hb 9.14; alguns citam também Rm 1.4)

D) Em Sua Ressurreição:
(1Pe 3.18, possivelmente.)

VIII. A OBRA DO ESPÍRITO NA SALVAÇÃO

A) Convencimento: (Jo 16.8-11)
1) Definição: Convencer (Jo 16.8) significa esclarecer a verdade do evangelho perante a pessoa não salva, de modo que seja reconhecida como verdade, quer a pessoa receba ou não a cristo como seu Salvador.
2) Detalhes:
a) Do pecado. O estado pecaminoso do homem se deve à sua incredulidade.
B) Da Justiça. O homem é convencido da justiça de Cristo porque Ele ressurgiu e ascendeu à direita do Pai.
C) Do juízo. O Espírito convence sobre o juízo vindouro porque satanás (o maior inimigo) já foi julgado.


B) Regeneração: (Tt 3.5)
1) Definição: O ato divino de geração espiritual, pelo qual Ele comunica vida eterna e nova natureza.
2) Meio: É a obra de Deus, particularmente do Espírito (Jo 3.3-7; Tt 3.5). A fé é o requisito humano em presença do qual o Espírito regenera, e a Palavra de Deus fornece o conteúdo cognitivo da fé.
3) Características:
a) É um ato instantâneo, não um processo (embora seus antecedentes e conseqüências possam ser processos).
b) É não-experimental (não se deriva ou baseia em experiência, embora seja seguida das experiências comuns à vida cristã).
4) Conseqüências:
a) Uma nova natureza (2Co 5.17)
b) Uma nova vida ( 1Jo 2.29).

C) Habitação: ( 1Co 6.19).
1) As pessoas habitadas: Todos os verdadeiros crentes, porque:
a) Mesmos crentes em pecado desfrutam da habitação (1Co 6.19)
b) O Espírito é um dom ( Rm 5.5)
c) A ausência do Espírito é prova da condição de não-salvo (Rm 8.9).
2) A Permanência da habitação: Os crentes podem perder a plenitude do Espírito, mas não a Sua habitação (Jo 14.16).
3) Problemas com a habitação:
a) A obediência é uma condição (At 5.32)? Sim, mas a obediência à fé cristã (At 6.7; Rm 1.5)
b) Algumas pessoas não foram apenas temporariamente habitadas? Sim, mas apenas antes do dia de Pentecostes (1Sm 16.14)
c) Qual a relação entre a unção e a habitação? Elas ocorrem ao mesmo tempo, mas com propósitos diferentes: a habitação é a presença de Deus na vida do crente, ao passo que a unção o capacita a ser ensinado pelo Espírito (1Jo 2.20,27).
IX. OS DONS DO ESPÍRITO
A) Definição:
Um dom espiritual é uma capacidade dada por Deus ao crente para desempenho de um serviço. Não é um lugar de serviço, nem um ministério para um grupo etário especifico, nem um procedimento.

B) Distribuição:
1) Fonte: O Espírito ( 1Co 12.11)
2) Extensão: Todo crente tem pelo menos um, mas não todos (1Pe 4.10).
3) Tempo: Cada geração pode ou não ter todos os dons. Alguns dons foram concedidos para o estabelecimento, a fundação da Igreja (Ef 2.20)

C) Desenvolvimento:
Essas capacidades podem e devem ser desenvolvidas por quem as tem.

D) Descrição:
Listas de dons se encontram em Rm 12.6-8; 1Co 12.8-10, 28-30; Ef 4.11
X. A PLENITUDE DO ESPÍRITO

A) Definição:
Ter a plenitude do Espírito, ou ser cheio do Espírito, significa ser controlado pelo Espírito (Ef 5.18)

B) Características:
1) A plenitude do Espírito é uma ordem pra o crente (Ef 5.18, o verbo é um imperativo)
2) A plenitude é passível de repetição (At 2.4; 4.31)
3) A plenitude do Espírito produz semelhança a Cristo ( Gl 5.22,23)

C) Condições para Estar Cheio do Espírito:
1) Uma vida dedicada (consagrada): A submissão ao controle do Espírito, embora ordenada, é voluntária e exige atos de dedicação. Isto inclui dois aspectos: Dedicação Inicial (Rm 12.1,2) e a Dedicação Continua da Vida (Rm 8.14).
2) Uma Vida Vitoriosa: Vitória diária sobre o pecado no cotidiano é uma necessidade para esse controle do Espírito (Ef 4.30). Isto significa reagir corretamente à luz da Palavra à medida que esta é revelada (1Jo 1.7)
3) Uma Vida de Dependência: Este é o significado de “andar no Espírito” (Gl 5.16).

D) Conseqüências:
Ser cheio o controlado pelo Espírito significa:
1) Um caráter semelhante ao de Cristo ( Gl 5.22,23)
2) Adoração e Louvor (Ef 5.18-20)
3) Submissão (Ef 5.21)
4) Serviço (Jo 7.37-39)
XI. OUTROS MINISTÉRIOS DO ESPÍRITO

Ensino: Jo 16.12-15
Orientação: Rm 8.14
Convicção: Rm 8.16
Intercessão: Rm 8.26; Ef 6.18

Fonte: “A Bíblia Anotada”

SERMÃO: INTIMIDADE COM DEUS

Intimidade com Deus
Gn.18.17-21.

Introdução: Não basta ouvir falar sobre Deus (Jó 42.5), adorar sem conhecer (João 4.22), crer sem se comprometer (João 12.42-43). Através de muitas experiências, Abraão foi conhecendo o Senhor cada vez mais.

1- Obediência e relacionamento.
Abraão não apenas obedecia a Deus, mas buscava o Senhor para conhecê-lo (Gn.12.8; 13.4; 21.33).

Um filho distante do pai pode ser informado sobre sua vontade e pode obedecê-lo, mas Deus quer intimidade conosco (Salmo 25.14).

2- Abraão é o único a quem a bíblia chama de "amigo de Deus" (Tg.2.23).
Além de servos ou filhos, o Senhor deseja que sejamos seus amigos (João 15.14-15).

3- Abraão é o primeiro a quem a bíblia chama de "profeta" (Gn.20.7).
A intimidade com Deus é importante para todos os seus filhos, mas é condição imprescindível para o ministério profético. Abraão ficou sabendo com antecedência sobre a destruição de Sodoma e assim pôde interceder por Ló.

Conclusão: Precisamos reconhecer que o que conhecemos de Deus é bem pouco.
Precisamos investir na busca de intimidade com Deus. Isto inclui conhecimento da palavra, obediência, oração, jejum, etc. Assim avançaremos no conhecimento do próprio Deus e nos tornaremos aptos para o ministério.

Pastor Edivaldo Pereira

domingo, 28 de agosto de 2011

UMA FÉ CHAMADA ATEISMO

UMA FÉ CHAMADA ATEISMO

Dos artigos que escrevi nenhum foi mais debochado, agredido e atacado do que um texto sobre ateísmo. “A insensatez dos que não crêem espalhou-se pela internet”, inclusive em sites ateus e não evangélicos. Os comentários deixados por alguns ateus não poderiam ser publicados aqui. Palavrões e termos pejorativos não faltaram, xingamentos dos mais variados. Infelizmente, até blasfêmias foram escritas. E em meio a tudo isso, alguém debochou da expressão “ateu militante”, como se isso fosse um absurdo. O fato é que o ateísmo está se tornando cada vez mais militante.
Uma afirmação comum dos ateus é dizer que a religião produziu muitas guerras e muitas mortes. Minha resposta usual é que o ateísmo comunista produziu ainda mais guerras e mortes. Sistemas políticos como o nazismo e o fascismo também produziram as maiores carnificinas da história e nem por isso se fala em acabar com a política. A resposta dos ateus para isso é que o fascismo e o comunismo em vez de serem críticos à religião, na realidade, eram parecidos demais com elas.
A verdade é que o ateísmo atual vai pouco a pouco se tornando uma religião ou pelo menos uma versão quase idêntica, com exceção de não prometer nenhuma “religação” (lat. religare) com Deus. A militância ateísta tem atingido patamares nunca existentes. Mesmo o ateísmo marxista era um acessório, enquanto o ateísmo atual possui uma finalidade em si mesmo.
O ateísmo já conta com grandes “evangelistas” como Richard Dawkins, que realiza uma verdadeira “cruzada” em sua defesa. Escrever livros sobre o tema, criar organizações ateístas para angariar fundos para sua causa, tornar-se palestrante mundial sobre o assunto e fixar mensagens ateístas em ônibus não parece diferir muito da ação dos movimentos religiosos. Isto é o que Dawkins tem feito. Afirmar que “Deus é um delírio: um ‘delinqüente psicóticos’ inventados por pessoas loucas e iludidos” não difere muito de uma confissão de fé. Além disso, ele diz ter quase certeza de que Deus não existe e que um mundo sem fé em Deus seria muito melhor. Esse é seu evangelho e sua escatologia.
E não para por aí de forma alguma. Com uma pequena busca na internet você descobrirá que já existem igrejas ateístas. Mais um pouco de pesquisa e encontrará acampamento para ateus, além da “bíblia do ateu” e, por fim, ficará sabendo que existe até uma cerimônia ateísta chamada de “desbatismo”.
“Um líder ateísta ‘desbatizou’ dezenas de seguidores não crentes usando no ritual um secador de cabelo. Com o aparelho, simbolicamente, ele retirou toda a água lançada na cabeça durante o batismo tradicional. A cerimônia ‘desreligiosa’ foi exibida no popular programa Nightline, da rede ABC, nos EUA.”
“Edwin Kagin, responsável pelo ‘desbatismo’, disse acreditar que os pais cometem um grande erro ao deixar as crianças serem batizadas sem que elas tenham idade para entender o que está se passando. O líder ateísta, criado em família presbiteriana, chega a afirmar que alguns casos de educação religiosa deveriam ser punidos por ‘abuso infantil’”. Ele classifica a sua ‘anticruzada’ como uma ‘guerra civil religiosa americana’. “Formado em Direito, ele percorre os EUA defendendo suas idéias.” (Globo.com, 24/08/2010).
Também há ateus proclamando sua mensagem com o texto “conhecereis a verdade e a verdade vos libertará”. Neste caso, a verdade seria o ateísmo que estaria libertando o ser humano dos males da religião. Muitos sites ateístas também têm procurado divulgar pesquisas e estatísticas apresentando a diminuição da crença religiosa no mundo, principalmente nos países mais desenvolvidos. Independente da análise que possamos fazer dessas pesquisas, a questão é que os ateus estão mais e mais preocupados com assuntos até pouco tempo presentes apenas nas crenças religiosas.
Essas atitudes demonstram que o ateísmo está se tornando cada vez mais parecido com uma religião. Há uma preocupação dos ateus em fazer apologética de suas afirmações, em “fortalecer sua fé”, se assim podemos dizer. Essa atitude confirma a afirmação de Phillip Johnson, de que “aquele que afirma ser cético em relação a um conjunto específico de crenças é, na verdade, um verdadeiro crente em outro conjunto de crenças.” Não é difícil aplicar isso ao atual ateísmo militante. Ele não está interessado apenas em não crer em Deus, mas em justificar porque não crê e em convencer a outros que a vida será melhor se as pessoas também não crerem. E isso muitas vezes com mais convicção e fervor que muitos chamados crentes.
Não é minha intenção aqui refutar o ateísmo, apenas tentar revelar um pouco de sua natureza. Se Dawkins e outros grandes líderes do ateísmo militante acreditam que sua mensagem não oferece qualquer perigo, ou estão enganados ou são enganadores. Eles não podem oferecer qualquer garantia de que seu movimento será sempre pacífico e coerente. Marx e Nietzsche talvez ficassem horrorizados com as conseqüências de seu pensamento inflexível. Ambos acreditavam no bem supremo que derivaria de suas idéias, mas não foi bem isso que aconteceu.
“Dawkins nega o lado mais sombrio do ateísmo, o que o torna um crítico da religião menos confiável. Possui uma fé fervorosa e inquestionável na bondade universal do ateísmo, que ele recusa a sujeitar a um exame crítico. (…) A verdade dos fatos é que os seres humanos são capazes tanto de violência quanto de excelência moral – e que ambos podem ser provocados por visões de mundo, religiosas ou não

Leia mais: FaeteSF - http://www.saberefe.com/blog/uma-fe-chamada-ateismo/#ixzz1WNsQZw8K
Pastor: Edivaldo Pereira

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

ARAMAICO: O DIALETO BÍBLICO FALADO NA ERA CRISTÃ

ARAMAICO: O DIALETO BÍBLICO FALADO NA ERA CRISTÃ




Aramaico é a designação que recebem os diferentes dialetos de um idioma com alfabeto próprio e com uma história de mais de três mil anos, utilizado por povos que habitavam o Oriente Médio. Foi a língua administrativa e religiosa de diversos impérios da Antiguidade, além de ser o idioma original de muitas partes dos livros bíblicos de Daniel e Esdras, assim como do Talmude.

Pertencendo à família de línguas afro-asiáticas, é classificada no subgrupo das línguas semíticas, à qual também pertencem o árabe e o hebraico.
O aramaico foi, possivelmente, a língua falada por Jesus e ainda hoje é a língua materna de algumas pequenas comunidades no Oriente Médio, especialmente no interior da Síria; e sua longevidade se deve ao fato de ser escrito e falado pelos aldeões cristãos que durante milênios habitavam as cidades ao norte de Damasco, capital da Síria, entre elas reconhecidamente os vilarejos de Maalula e Yabrud, esse último "onde Jesus Cristo hospedou-se por 3 dias" além dessas outras aldeias da Mesopotâmia reconhecidamente católicas por onde Cristo passou, como Tur'Abdin ao sul da Turquia, fizeram com que o aramaico chegasse intacto até os dias de hoje.
No início do século passado, devido a perseguições políticas e religiosas, milhares desses cristãos fugiram para o ocidente onde ainda hoje restam poucas centenas, vivendo nos Estados Unidos da América, na Europa e na América do Sul e que curiosamente falam e escrevem fluentemente o idioma falado por Jesus Cristo.

DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA

Durante o século XII a.C., os arameus, os originais falantes do aramaico, começaram a se estabelecer em grande número nas regiões onde atualmente situam-se a Síria, o Iraque e a Turquia oriental. Adquirindo importância, passou a ser falado por toda a costa Mediterrânea do Levante. A partir do século VII, o aramaico, que era utilizado como língua franca no Oriente Médio foi substituído pela Língua árabe. Entretanto, o aramaico continua sendo usado, literária e liturgicamente, entre os judeus e alguns cristãos. Guerras e dissenções políticas nos dois últimos séculos ocasionaram a dispersão de inúmeros indivíduos que se utilizam do aramaico como língua materna pelo mundo.

DATAS IMPORTANTES

A história do aramaico pode ser dividida em três períodos:
• Arcaico 1100 a.C.–200 D.C.), incluindo:
o O aramaico bíblico, do hebraico.
o O aramaico de Jesus.
o O aramaico dos Targum.
• Aramaico Médio (200–1200), incluindo:
o Língua siríaca literária.
o O aramaico do Talmude e dos Midrashim.
• Aramaico moderno (1200–presente)
(Classificação baseada na de Klaus Beyer Referências bibliográficas: Beyer*).
O aramaico nabateu é a língua do reino árabe de Petra. O reino (c. 200 a.C. – 106 d.C.) compreendia a área entre a margem leste do rio Jordão, a península do Sinai e o norte da Arábia. Talvez por causa da importância do comércio das caravanas, os nabateus começaram a preferir a usar o aramaico ao árabe setentrional antigo. O dialeto é baseado no aquemênida, com um pouco de influência do árabe: o 'l' freqüentemente se transforma em 'n' e há algumas poucas palavras tomadas do Árabe. Algumas inscrições Aramaicas Nabateanas existem dos dias mais antigos desse reino, mas a maioria é dos primeiros quatro séculos d.C. A língua é grafada em escrita cursiva, que é a precursora do Alfabeto Árabe moderno. O número de palavras emprestadas do árabe aumentou através dos séculos, até que, no século IV, o Nabateano se fundiu definitivamente com o Árabe.
O aramaico palmireno é o dialeto que se usava na cidade de Palmira no Deserto Sírio, de 44 a.C. até 274 d.C. Era grafada em escrita arredondada, que mais tarde originou a escrita cursiva. Como o Nabateano, o Palmireno foi influenciado pelo Árabe, mas em um grau menor.
O aramaico arsácida era a língua oficial do Império Parto (247 a.C.–224d.C.). Ela, mais que qualquer outro dialeto pós-Aquemênido, continua a tradição de Dario I. Naquele tempo, no entanto, ela ficou sob a influência do aramaico contemporâneo falado, do georgiano, do persa. Após a conquista dos partos sobre os sassânidas, que falavam o persa, os arsácidas externaram uma influência considerável sobre a nova língua oficial.

O ARAMAICO RECENTE DO ORIENTE ANTIGO

Os dialetos mencionados na última seção descenderam todos do Aramaico Imperial Aquemênido. Contudo, os diversos dialetos regionais do Aramaico Antigo mais recente continuaram junto com essas, freqüentemente como simples línguas faladas. Evidências antigas dessas línguas faladas só são conhecidas por suas influências em palavras e nomes num dialeto mais padrão. Porém, esses dialetos regionais se tornaram línguas escritas no século II a.C. Os mesmos refletem um tipo de Aramaico que não depende o Aramaico Imperial e mostra uma divisão clara entre as regiões da Mesopotâmia, Babilônia e o leste, e Palestina e oeste.
No leste, os dialetos do aramaico palmireno e arsácida se uniram com línguas regionais para criar línguas com um pé no Imperial e um pé no Aramaico. Muito mais tarde, o Arsácido se tornou a linguagem litúrgica da religião mandeísta, a língua mandéia.
No reino de Osroena, centrado em Edessa e fundado em 132 a.C., o dialeto regional se tornou a língua oficial: o antigo siríaco, na margem superior do rio Tigre, o aramaico mesopotâmico oriental floresceu, com evidências em Hatra, Assur e Tur Abdin. Tatian, o autor do evangelho harmônico Diatessaron veio da Assíria e talvez tenha escrito seu trabalho (172 a.C.) no dialeto mesopotâmico oriental, em vez de siríaco ou grego. Na Babilônia, o dialeto regional foi usado pela comunidade judaica, o Velho Judeu Babilônico (c. 70a.C.). Essa língua do cotidiano cresceu sob a influência do Aramaico Bíblico e do Targúmico Babilônico.

O ARAMAICO MANTIGO OCIDENTAL RECENTE

Os dialetos regionais do oeste de Aramaico seguiram um curso similar àqueles do leste. Eles são muito diferentes dos dialetos do leste e do Aramaico Imperial. As línguas semitas da Palestina rumaram ao Aramaico durante o século IV a.C. A língua fenícia, contudo, seguiu até o século I a.C.
A forma do aramaico antigo ocidental recente usado pela comunidade judaica é mais bem atestada e geralmente chamada de antigo palestino judaico. Sua forma mais antiga é o antigo jordaniano oriental, que provavelmente vem da região da cidade de Cesaréia de Filipo. Essa é a língua do manuscrito mais antigo de Enoque, da Bíblia (c. 170 a.C.). A próxima fase distinta da língua é chamada de Velho Judaico (no segundo século d.C.). Literaturas do Velho Judaico podem ser encontradas em várias inscrições e cartas pessoais, citações preservadas no Talmude e recibos de Qumran. A primeira edição de Guerra Judaica do historiador Josephus foi escrita em Velho Judaico.
O antigo jordaniano oriental continuou a ser usado no primeiro século antes de Cristo pelas comunidades pagãs que viviam ao leste do Jordão. Seu dialeto é freqüentemente chamado, então, de antigo palestino pagão, e era escrito de forma cursiva de certa forma similar ao siríaco antigo. Um dialeto antigo palestino cristão pode ter nascido do pagão, e esse dialeto pode estar por detrás de algumas das tendências do aramaico ocidental encontradas nos evangelhos orientais no siríaco antigo.

O DIALETO FALADO NA ÉPOCA DE JESUS

Sete dialetos do Aramaico Ocidental eram falados na época de Jesus. Eles eram provavelmente distintos ainda que mutuamente inteligíveis. O Velho Judaico era o dialeto proeminente de Jerusalém e da Judéia. A região de Ein Gedi-Engedi tinha o Judaico do Sudeste. A Samaria tinha seu Aramaico Samaritano distinto, onde as consoantes 'he', 'heth' e '`ayin' todas se tornaram pronunciadas como 'aleph'. O Aramaico Galileu, a língua da região natal de Jesus só é conhecida de alguns poucos lugares, das influências no Targúmico Galileu, de alguma literatura dos rabinos e algumas poucas cartas privadas. Ela parece ter um número de características distintas, como: ditongos nunca são simplificados a "monotongos". A leste do Jordão, os vários dialetos de Jordaniano Oriental eram falados. Na região de Damasco e no Líbano, o Aramaico Damasceno era falado (deduzido na sua maioria do Aramaico Ocidental Moderno. Finalmente, bem ao norte, como em Aleppo, o dialeto do Aramaico de Orontes era falado.
Além desses dialetos de aramaico, o grego era usado extensivamente nos centros urbanos. Há pouca evidência do uso do hebraico durante esse período. Algumas palavras em hebraico continuaram como parte do vocabulário aramaico judeu (em sua maior parte palavras religiosas, mas também algumas do cotidiano, como `ēṣ, árvore) e a língua escrita do Tanakh era lida e entendida pelas classes cultas. Contudo, o Hebraico deixou de ser a língua do dia a dia. Em adição, as várias palavras no contexto Grego do Novo Testamento que não são traduzidas, são claramente Aramaico ao invés de Hebraico. Tirando da pouca evidência que existe, esse aramaico não é o aramaico da Galiléia, mas o antigo aramaico da Judéia. Isso sugere que as palavras de Jesus foram transmitidas no dialeto da Judéia e Jerusalém ao invés do de sua cidade natal.
O filme A Paixão de Cristo (2004) é notável pelo seu uso de diálogos em aramaico especialmente reconstruído por apenas um professor, William Fulco. Contudo, falantes modernos da língua consideraram a linguagem usada pouco familiar.

ARAMAICO MÉDIO

O século III d.C. é tido como o limiar entre o aramaico antigo e o médio. Durante aquele século, a natureza das várias línguas aramaicas começaram a mudar. As descendentes do aramaico imperial deixaram de existir como línguas vivas e as línguas regionais do leste e oeste começaram a formar literaturas novas e vitais. Diferente de muitos dos dialetos do antigo aramaico, muito se sabe do vocabulário e gramática do aramaico médio.
Aramaico médio oriental
Somente dois dos idiomas do aramaico oriental antigo continuaram nesse período. No norte da região, o antigo siríaco evoluiu para o siríaco médio. No sul, o antigo judeo-babilônico se tornou o judeo-babilônico médio. O dialeto pós-aquemênida, arsácida, se tornou o fundo da nova língua mandéia.

SIRÍACO MÉDIO

O siríaco médio é, até hoje, a linguagem clássica, literária e litúrgica dos cristãos siríacos. Sua época de ouro foi do século IV ao século VI d.C.. Esse período começou com a tradução da Bíblia nessa língua: a Peshitta, e a prosa e poesia de Éfrem, dito "o Sírio". O siríaco médio, diferentemente de seu ancestral, é uma língua completamente cristã, embora no tempo ela tenha se tornado a língua daqueles que se opuseram à liderança bizantina da Igreja no leste. A atividade missionária levou a espalhar o siríaco pela Pérsia, até a Índia e China.

O ARAMAICO JUDEO-BABILÔNICO

O aramaico médio judeo-babilônico é a língua do Talmude babilônico (que foi completado no século VII). Apesar de ser a principal língua do Talmude, em seu conjunto, vários trabalhos em hebraico (reconstruído) e dialetos mais antigos de aramaico são cuidadosamente dispostos. O aramaico médio judeo-babilônico é também a língua por trás do sistema babilônico de apontamento (marcando as vogais em um texto que seria primordialmente feito somente com consoantes) da Bíblia Hebraica e o seu Targum.

MANDEU

O mandeu é um dialeto muito próximo do aramaico judeo-babilônico,embora linguisticamente e culturalmente diferente. O mandaico clássico é a língua no qual a literatura religiosa dos mandeus foi composta. Caracteriza-se por uma ortografia altamente fonética.

ARAMAICO DO ORIENTE MÉDIO

Os dialetos do aramaico do Velho Ocidente continuaram com o dialeto judeu da Média Palestina (em hebraico, no alfabeto hebraico dito "de escrita quadrada"), o dialeto aramaico samaritano (no alfabeto fenício, antiga escrita hebraica) e o dialeto cristão-palestino (em siríaco cursivo, no alfabeto siríaco). Destes três, somente o dialeto judeu da Média Palestina continuou como uma língua escrita.

ARAMAICO JUDEO-PALESTINO MÉDIO

Em 135, depois da revolta de Bar Kokhba, vários líderes judeus, expulsos de Jerusalém, se mudaram para a Galiléia. O dialeto galileano então saiu da obscuridade para se tornar o padrão entre judeus no ocidente. Este dialeto era falado não somente na Galiléia, mas também nos arredores. Constituiu o pano de fundo lingüístico para o Talmude de Jerusalém (completado no século V), do targumim palestino (versões em aramaico das escrituras judaicas) e do midrashim (comentários e ensinamentos bíblicos). O padrão moderno para a pontuação de vogais na Bíblia Hebraica, o sistema Tiberiano do século VII, foi desenvolvido a partir do dialeto Galileano do aramaico judeo-palestino médio. A vocalização do hebraico clássico, portanto, ao representar o hebraico deste período, provavelmente reflete a pronúncia contemporânea deste dialeto aramaico.
O judeiano médio, descendente do judeiano antigo, não é mais o dialeto dominante e foi usado apenas na Judéia do Sul (o dialeto engedi, continuou por todo este período). Da mesma forma, o jordaniano médio-oriental continuou como um dialeto menor do velho jordaniano oriental. As inscrições na sinagoga em Dura-Europos estão tanto em jordaniano médio-oriental quanto em judeano médio.

O ARAMAICO SAMARITANO

O dialeto aramaico da comunidade dos samaritanos foi comprovado anteriormente por uma tradição documentária que pode ser datada do século IV. Sua pronúncia moderna é baseada na forma usada no século X.

ARAMAICO CRISTÃO-PALESTINO

A língua dos cristãos que falavam o aramaico do ocidente é evidenciada como sendo do século VI, mas provavelmente existia desde dois séculos mais cedo. A língua por si vem do velho palestino cristão, mas suas convenções de escrita foram baseadas no antigo siríaco médio e foi fortemente influenciada pelo grego. O nome Jesus, apesar de Yešû` em aramaico, é escrito Yesûs no palestino cristão.

ARAMAICO MODERNO

Mais de quatrocentas mil pessoas falam algum dialeto do aramaico moderno (ou neo-aramaico) hoje em dia como língua nativa. São judeus, cristãos, muçulmanos e mandeanos, vivendo em áreas remotas e preservando suas tradições com impressos e agora com mídia eletrônica. As línguas neo-aramaicas estão agora mais distantes em termos de compreensão entre si do que já estiveram antes. Os últimos duzentos anos não foram bons para os falantes do Aramaico; a instabilidade no Oriente Médio levou a uma diáspora mundial de falantes de aramaico. O ano de 1915 é especialmente relevante para os cristãos que falavam aramaico: chamado de Sayfo ou Shaypā (a espada em siríaco), todos os grupos cristãos do leste da Turquia (assírios, armênios e outros) foram submetidos ao genocídio que marcou o fim do Império Otomano. Para os judeus que falavam aramaico, 1950 é um ano da mudança: a fundação do Estado de Israel e a consequente expulsão dos judeus dos países árabes, como o Iraque, levou a maioria dos judeus que falavam aramaico a migrar para lá. Contudo, a mudança para Israel levou o neo-aramaico judeu a ser substituído pelo hebraico moderno entre os filhos dos imigrantes. Na prática, a extinção de muitos dialetos judeus parece iminente.

ARAMAICO MODERNO ORIENTAL

O aramaico moderno oriental existe em uma ampla variedade de dialetos e línguas. Há uma diferença significante entre o aramaico falado por judeus, cristãos e mandeanos.
As línguas cristãs são chamadas frequentemente de siríaco moderno (ou neo-siríaco, especialmente no que se refere à sua literatura), sendo fortemente influenciado pela língua literária e litúrgica do siríaco médio. Entretanto, elas têm suas raízes em diversos dialetos aramaicos locais, que não foram escritos, e não são exclusivamente as descendentes diretas da língua de Efraim o Sírio.
O siríaco ocidental moderno (também chamado de neo-aramaico, estando entre o neo-aramaico ocidental e o neo-siríaco oriental) é representado geralmente pelo idioma turoyo, a língua de Tur Abdin. Um idioma aparentado, Mlahsô se extinguiu recentemente.
As línguas orientais cristãs (siríaco moderno oriental ou neo-aramaico oriental) são chamadas frequentemente de Sureth ou Suret, a partir de um nome nativo. São também chamadas às vezes de assírias ou caldéias, porém estes nomes não são aceitos por todos os nativos. Os dialetos não são todos mutuamente inteligíveis. As comunidades siríacos orientais geralmente são membros ou da Igreja Católica Caldéia ou da Igreja Assíria do Oriente.
As línguas judeo-aramaicas modernas são faladas principalmente em Israel hoje em dia, e a maioria delas estão entrando em extinção (os falantes mais antigos não estão passando a língua às gerações mais jovens). Os dialetos judeus que vieram de comunidades que viviam entre o lago Urmia e Mosul não são todos inteligíveis entre si. Em alguns lugares, como Urmia, cristãos e judeus falam dialetos incompreensíveis entre si do aramaico moderno oriental, embora habitem os mesmos lugares. Em outros, como nas planícies próximas a Mosul, por exemplo, os dialetos das duas comunidades são similares o bastante para permitir a interação.
Alguns poucos mandeanos que vivem na província do Khuzistão, no Irã, falam o mandaico moderno. É bem diferente de qualquer outro dialeto aramaico.
Aramaico ocidental moderno
Resta muito pouco do aramaico ocidental. Ele ainda é falado na vila cristã de Maalula, na Síria, e na vilas muçulmanas de Baca e Jubadin, no lado sírio do Anti-Líbano, assim como por algumas pessoas que migraram destas vilas para Damasco e outras grandes cidades da Síria. Todos os falantes de aramaico ocidental moderno são fluentes em árabe, que já se tornou o principal idioma nestas vilas.

Extraido do blog: http://culturahebraica.blogspot.com
A Vantagem de Ser Amigo e o Privilégio de ser Filho
Luc.11:5ª13
Introdução: Na parábola do Amigo Importuno, Jesus apresenta duas situações que nos mostram a forma do Pai atender os seus. Na verdade esta parábola nos mostra dois grupos que pedem a Deus suas bênçãos. O primeiro vai do versículo 5ª10 e é chamado de amigos. O segundo vai dos versículos 10ª13 e são chamados de filhos, pois estão dentro de casa com o Pai. Os amigos tem vantagens, mas os filhos tem privilégios. Vejamos:
A Vantagem de ser Amigo
1) Amigos não tem o privilégio de estar dentro de casa com os filhos, por isso são importunos. Ficam de fora pedindo por eles e por outros amigos (vs. 5e6)
2) Procuram usufruir juntos das bênçãos que pediram: Veja que ele pede três pães. Uma pergunta, por que três se o socorro é apenas para um? No mínino iria usufruir também do alimento emprestado. Vivem de carona naquilo que as vezes intercede por outros. Te dou mas quero o troco. Vou orar, mas se Deus te der, lembre-se de mim.
3) Amigos às vezes recebem coisas que Deus não quer dar. Vencem pela importunação. Ele não respeitou a vontade do amigo de naquele momento não querer levantar-se para atendê-lo (vs.8). Precisamos aprender a entender a vontade de Deus, de em determinado momento nos dizer não (Is.55:8)
4) Amigo quando acaba de pedir, e recebe, volta para sua casa sem interessar-se mais pelo doador. Vai atender seus interesses e seguir sua vida normal, até a próxima importunação.
5) Pode ser até vantajoso ser amigo de Deus, pois as vezes são atendidos até primeiro que os filhos (Os filhos só foram atendidos depois pelo Pai). Mas isso não significa privilégio, pois até Judas foi chamado de amigo por Jesus (Mat.26:50)
O Privilégio de ser Filho
Ser filho demanda um alto privilégio, pois trata-se de usufruir de um direito que o amigo não tem:
1) Vive dentro da casa com o Pai, sentindo sua real presença e vivendo e gozando de sua intimidade. Ouve sua voz, senta-se a mesa com Ele, etc.
2) Os filhos nem sempre são atendidos primeiro, pois estão no repouso descansando com o Pai (Sal.37:7) e sabem que não necessitam de muito esforço nem importunação fora de hora para serem atendidos.
3) Recebem do Pai exatamente como pedem, sem alterar uma vírgula da resposta de Deus:
a) Ao invés de pedra, pão (nutritivo e macio)
b) Ao invés de serpente peixe (saboroso e sem veneno)
c) Ao invés de escorpião, ovo (produtivo sem ser traidor)
4) Podem até andar distante, mas quando voltam o acesso é livre, pois nunca deixam de ser filhos (Luc.15:24).

O Reino Milenar de Jesus Cristo

O Reino Milenar de Jesus Cristo

Pr. Edivaldo Pereira

Este pequeno estudo não pretende cobrir tudo que é tratado na Palavra de Deus sobre o milênio. Visa, tão-somente, dar instrução clara e objetiva de alguns pormenores deste maravilhoso tema.

Infelizmente, os cristãos de hoje, em nossas Igrejas, sabem pouco sobre o Reino Milenar de Cristo nesta terra. Uma era futura, onde se cumprirá as promessas de Deus referente as alianças firmadas por Ele no decorrer da história bíblica.

Vamos analisar os aspectos mais essenciais da doutrina:

O Reino Milenar é o cumprimento das Alianças Divinas
O estabelecimento do reino milenar de Cristo se torna indispensável, porque somente assim, haverá o cumprimento de todas as alianças feitas por Deus com Israel. Uma aliança é um pacto, um acordo. E Deus fez vários pactos, acordos com a nação de Israel, nas quais, Ele próprio Se obrigou a cumpri-los, independente do homem obedecer a Deus ou não.

Quatro são as alianças incondicionais de Deus para com a nação de Israel:
Aliança Abraâmica (Gênesis 12.1-3) – nesta aliança Deus promete fazer de Abraão uma grande nação; esta nação teria a posse da terra; receberiam as bênçãos universais de Deus e através deles, se estenderiam a toda a nação esta mesma bênção por intermédio de Jesus Cristo.
Aliança Palestiniana (Deuteronômio 30.3-10) – uma extensão da Aliança Abraâmica, onde Deus cita mais detalhes sobre a ocupação da Terra Prometida e as bênçãos concernentes a esta ocupação. Através desta aliança a restauração final e a conversão de Israel são garantidas.
Aliança Davídica (2Samuel 7.4-17; 1Crônicas 173-15) – nesta Aliança, Deus prometeu que Israel sempre teria um rei da linhagem de Davi, portanto, o trono seria de possessão perpétua da família Davídica, descendentes da tribo de Judá, sendo que este rei reinaria sobre a nação como um todo.
Nova Aliança (Jeremias 31.27-40; Hebreus 8.7-13) – estabelece um novo coração para Israel, uma conversão genuína e autêntica. É estabelecida sobre o sacrifício vicário de Cristo e, por causa disso, garante bênção eterna para todo aquele que crê.

Nota-se que o devido cumprimento total destas alianças de Deus com Israel será plenamente estabelecido no Reino Milenar.

Três escolas principais de interpretação:
1) Pré-Milenistas: entendem a base da interpretação literal das profecias, a Vinda de Jesus Cristo precederá o Seu reinado de mil anos em companhia de Seus remidos.
2) Pós-Milenistas: acreditam que a Segunda Vinda de Jesus Cristo será precedida da vitória final do Evangelho no período do milênio.
3) Amilenistas: entendem que a descrição de Apocalipse 20 é puramente simbólica.

Para quem será o Milênio?
1) Jesus Cristo, como Rei Supremo (Zacarias 14.9);
2) Para os Salvos (1Tessalonicenses 4.16-17);
3) Para o remanescente (nações) da Grande Tribulação (Mateus 25.31-46);
4) Para os judeus sobreviventes (Deuteronômio 28.13; Isaías 60.10-15; Zacarias 8.20,23).

O Lugar do Reino: será na Terra, refletindo não somente o aspecto espiritual, mas também o terreal (Isaías 65.21; Mateus 5.25-26; Apocalipse 5.9-10).

A Capital do Reino: será Jerusalém (Salmo 48.1-3). Biblicamente, a Palestina é o centro geográfico da Terra. Será o centro de adoração para todos os povos.

A Universalidade do Reino: o reino do Messias será universal abrangendo o mundo inteiro (Ezequiel 43.1-7; Mateus 25.31; Zacarias 14.9; Salmo 72).

Israel no Reino: tendo Cristo como Seu Messias e Cabeça, Israel se tornará a nação líder do mundo, não mais a “cauda” (Deuteronômio 28.13-44; Isaías 60.10-15; Zacarias 8.20-23).

A Igreja no Reino: a posição da Igreja será de esposa ao lado do Esposo, e a Rainha ao lado do Rei. A Igreja reinará com Jesus Cristo (Apocalipse 19 e 20).

A Hierarquia no Reino
Encontraremos um sistema hierárquico sólido no reino milenar. Jesus Cristo será o Rei. Abaixo dEle estará o grande Rei Davi, como sendo o regente, o príncipe. Depois outros reinarão sob suas autoridades.

Provas de que Davi é o regente no milênio (Oséias 3.5; Ezequiel 37.24-25; 34.23-24; Isaías 55.3-4; Jeremias 30.9; 33.15-21).

Muitos são contra a idéia de que o Davi histórico reinará literalmente no milênio. Alegam que este Davi é o Senhor Jesus Cristo. A estes quero deixar três importantes versos da Palavra de Deus que demonstram que realmente é o Davi histórico, o segundo rei de Israel.
1) Ezequiel 45.22 – O príncipe nesta passagem oferece a si mesmo oferta pelo pecado. Cristo não pode oferecer sacrifício por seu próprio pecado, pois Ele nunca cometeu pecado.
2) Ezequiel 46.2 – O príncipe está comprometido em atos de adoração. O Senhor Jesus Cristo recebe adoração no milênio, mas não está envolvido com atos de adoração, ou seja, Cristo não se envolve com adoração.
3) Ezequiel 46.16 – O príncipe tem filhos e divide sua herança com eles. Isso nunca poderia acontecer com Jesus Cristo.
Portanto, para aqueles que argumentam que o príncipe citado em Ezequiel é o próprio Jesus Cristo, estas passagens se tornam um grande embaraço em suas doutrinas.

Por que devemos afirmar que realmente será o próprio Davi histórico que irá reinar?
1) Porque é muito mais coerente com a interpretação literal das Escrituras.
2) Somente Davi poderia ser regente no milênio sem violar as profecias concernentes ao reinado de Cristo.
3) Os santos ressurretos terão posições de responsabilidade no milênio como recompensa (Mateus 19.28; Lucas 19.12-27). Davi pode ser designado para assumir tal responsabilidade já que era ‘homem segundo o coração de Deus’.
4) Davi será nomeado regente sobre a Palestina e governará a terra como príncipe, ministrando sob a autoridade de Jesus Cristo, o Rei.

Note também que nobres e governadores reinarão sob Davi (Jeremias 30.21; Isaías 32.1; Ezequiel 45.8-9; Mateus 19.28). Da mesma forma, muitas outras autoridades menores também reinarão (Lucas 19.12-27). E os juízes serão novamente levantados (Zacarias 3.7; Isaías 1.26).

Propósito do Templo Milenar
Na era milenar haverá um novo templo, onde os judeus estabelecerão como centro da adoração no milênio. Este Novo Templo será diferente dos demais, já destruídos, com dimensões diferentes, móveis diferentes dos templos anteriores (Ezequiel 40 a 47).
1) Servirá para demonstrar a santidade de Deus.
2) Servirá para prover uma habitação para a glória de Deus.
3) Servirá para perpetuar o memorial do sacrifício.
4) Servirá para prover o centro do governo divino.
5) Servirá para prover a vitória sobre a maldição.

Sacrifícios serão novamente estabelecidos, no entanto, não serão meritórios, ou seja, para perdoar os pecados. Estes sacrifícios serão estabelecidos em caráter memorial. Assim como a ceia é para nós hoje uma lembrança de que Cristo morreu e ressuscitou, os sacrifícios no milênio mostrarão ou apontarão para tal fato.

A Atuação do Espírito Santo no Milênio:
O Espírito Santo será derramado sobre toda carne para habitar, encher e ensinar (Jeremias 31.33-34; Joel 2.28-32; Ezequiel 36.25-31). Notamos que a profecia de Joel será finalmente cumprida literalmente, pois apenas uma parte fora cumprida no Dia de Pentecostes.

A obra do Espírito Santo será mais abundante e terá uma manifestação muito maior na era milenar do que em qualquer outra época. Portanto a plenitude do Espírito Santo será comum nesta era (Isaías 32.15; 44.3; Ezequiel 39.29; Joel 2.28-29).

O cristão será, portanto, habitado pelo Espírito Santo da mesma forma como este é hoje (Ezequiel 36.27; 37.14; Jeremias 31.33).

Características gerais do Milênio:
1) Um reino material com duração de mil anos, tendo Jesus Cristo como Rei (Apocalipse 20.5-6);
2) Satanás será preso (Apocalipse 20.1-3);
3) Jesus Cristo reinará com cetro de ferro (Salmo 2.8-9; Apocalipse 12.5; 19.15; Gênesis 49.10; Números 24.17);
4) Vida longa (Isaías 65.19-20);
5) Real, concreto e visível (Apocalipse 20);
6) Paz universal entre os povos e as nações (Isaías 9.6; Miquéias 4.3-4; Lucas 2.13-14);
7) A terra da Palestina será aumentada (Isaías 26.15);
8) A topografia será alterada (Zacarias 14.4);
9) As chuvas cairão trazendo bênçãos (Isaías 41.18; Ezequiel 34.26; Joel 2.23);
10) As fontes e mananciais de águas serão abundantes (Ezequiel 47.1-11; Zacarias 14.8);
11) A terra produzirá abundantemente (Isaías 32.15; 35.1; Ezequiel 47.12; Amós 9.13);
12) Haverá paz e justiça em plenitude (Isaías 32.16-17);
13) Haverá paz até na criação de modo geral (Isaías 11.6-9; 65.25; Romanos 8.19-21);
14) O Evangelho será pregado em todo o mundo (Isaías 11.6-9; 14.1-2; 49.22-23; 60.14; Zacarias 8.20-23);
15) Ainda haverá pecado (Isaías 65.18-20; Lucas 19.11-27);
16) Novo Templo e sacrifícios memoriais (Isaías 56.6-7; Ezequiel 40.1 a 44.31);
17) Os salvos estarão em glória com Seu Salvador (Colossenses 3.4);
18) Trabalho. O período do milênio não será caracterizado por inatividade, mas haverá um sistema econômico perfeito, no qual as necessidades do homem serão abundantemente providas por seu trabalho nesse sistema. Haverá uma sociedade plenamente produtiva, suprindo as necessidades dos súditos do Rei (Isaías 62.8-9; 65.21-23; Jeremias 31.5; Ezequiel 48.18-19). A agricultura, bem como a manufatura proverá empregos.
19) Haverá um aumento da luz solar e lunar, isto será a causa do aumento da produtividade na terra (Isaías 4.5; 30.26; 60.19-20; Zacarias 2.5).
20) A língua será unificada, as barreiras lingüísticas serão desfeitas (Sofonias 3.9).
21) Haverá uma transformação no corpo das pessoas que tem deformidades físicas (Isaías 29.17-19; 35.3-6; 61.1-2; Miquéias 4.6-7; Sofonias 3.19).
22) As águas do Mar morto ficarão saudáveis e peixes serão encontrados ali (Ezequiel 47.8).

Como será o fim do Milênio?
1) Satanás será solto (Apocalipse 20.7);
2) Enganará multidões (Apocalipse 20.8);
3) Promoverá uma rebelião (Apocalipse 20.9);
4) Os rebeldes serão mortos queimados (Apocalipse 20.9);
5) Satanás será destruído com um assopro da boca de Cristo (2Tessalonicenses 2.8);
6) Satanás será lançado no Lago de Fogo e Enxofre (Apocalipse 20.10);
7) O último inimigo – a morte – é derrotado (Apocalipse 20.14; 1Coríntios 14.26);
8) O Reino é entregue ao Pai (1Coríntios 15.24-25,28; Apocalipse 22.1).

OBRAS CONSULTADAS:
Bíblia Anotada – Charles Caldwell Ryrie – Editora Mundo Cristão
Bíblia Scofield – C. I. Scofield – Imprensa Batista Regular do Brasil
Exposição das Grandes Doutrinas da Bíblia – William Evans – Editora Batista Regular
Manual de Escatologia – J. Dwight Pentecost – Editora Vida.
Todas as Profecias da Bíblia – John F. Walvoord – Editora Vida
Um Estudo Sistemático de Doutrina Bíblica – Thomas Paul Simmons – Challenge Press

O Testemunho de Randal Os A nos C ríticos 1975 – 1997 Sociedade Torre de Vigia de Bíblias e Tratados

O Testemunho de Randal sobre:

Os A nos C ríticos 1975 – 1997
Sociedade Torre de Vigia de Bíblias e Tratados
por Randall Watters
Várias descobertas independentes acerca da cronologia incorreta de 607 AC–1914 DC, que é a própria base de grande parte da doutrina da Sociedade Torre de Vigia referente à sua própria autoridade, foram abafadas pelo Corpo Governante no fim da década de 70. Quando toda a informação chegou ao conhecimento de muitos membros da família de Betel em 1979–1980, e alguns falaram a outros sobre o assunto, começou uma monumental caça às bruxas com o objectivo de calar os que falavam do encobrimento.
Charles Taze Russell teria um choque bem grande se pudesse ver como é hoje a organização que fundou em 1879. Tendo tido um começo modesto, a Watchtower Bible & Tract Society [Sociedade Torre de Vigia de Bíblias e Tratados] tem crescido rapidamente, especialmente desde o início da década de 1970. Tendo antes de 1900 uma circulação de 6000 cópias, a revista The Watchtower [A Sentinela] tem atualmente uma circulação superior a 20 milhões por edição e a revista Awake! [Despertai!] tem 19 milhões. Qual tem sido a razão para este rápido aumento?
Por um lado, as Testemunhas de Jeová têm um conjunto de ofertas atrativas. Elas oferecem ao morador vida eterna numa terra paradísica e talvez citem as Escrituras para o provar. Elas oferecem-se para estudar a Bíblia com pessoas interessadas e usam uma das publicações da Watchtower Society [Sociedade Torre de Vigia], como por exemplo Knowledge That Leads To Everlasting Life [O Conhecimento Que Conduz à Vida Eterna]. Como a Bíblia é apresentada de forma simples, o morador é levado a encontrar respostas a perguntas a que as igrejas parecem não conseguir responder. A nova pessoa interessada está agora pronta para desafiar os seus amigos e parentes a respeito das crenças religiosas tradicionais deles, e mal pode conter o que está aprendendo. Os seus amigos e parentes tornam-se defensivos, pois os seus sistemas de crença estão sendo ameaçados. O novo convertido é avisado que mesmo a sua família pode persegui-lo e falar mal dele, segundo 1 Pedro 4:4. Subitamente, o Natal e a Páscoa tornam-se feriados pagãos cuja celebração é proibida. Saudar a bandeira é idolatria e as transfusões de sangue são contra as regras, mesmo em situações de vida-ou-morte. Em apenas seis meses, a vida da pessoa pode ser radicalmente transformada de tal forma que fica irreconhecível para aqueles que antes eram seus amigos.
Não era assim no início. C. T. Russell era contra organizar a sua própria religião, ou pelo menos ele disse isso (veja The Watchtower [A Sentinela], 1895, p. 216; veja também 1894, p. 384 e 1893, p. 266). Ele também observou:
“A tentativa de obrigar todos os homens a pensar da mesma maneira em todos os assuntos culminou na grande apostasia e no desenvolvimento do grande sistema papal, e assim o evangelho, a própria fé que Paulo e os outros apóstolos estabeleceram, foi perdida — enterrada sob o monte de decretos não inspirados de papas e de concílios. A unidade da igreja primitiva, baseada simplesmente no evangelho e mantida unida apenas pelo amor, deu lugar à servidão à igreja de Roma... Cada novo movimento reformista (como o Protestantismo) falhou ao tentar tornar um credo suficientemente amplo para que lá coubessem os seus fundadores.” — Watchtower (A Sentinela), Setembro 1893, p. 1572.
A respeito da razão porque as organizações não funcionam:
“...nós sublinhámos repetidamente a tendência das pessoas Cristãs para a união, mostrando também que tal união está predita nas escrituras; mas que os seus resultados, embora se pretendam bons, serão realmente maus; e isto porque será uma união mecânica em vez de uma união de coração.” — Watchtower (A Sentinela), Março de 1893, p. 1504.
Os “Estudantes da Bíblia,” como eram chamados no princípio, podiam ir a outras igrejas e celebrar o Natal. No entanto, cinco presidentes e noventa anos depois, a Watchtower Bible & Tract Society [Sociedade Torre de Vigia de Bíblias e Tratados] está virtualmente irreconhecível em relação às suas origens. Jactando-se de ter mais de cinco milhões de membros ativos e numerosas empresas, a Watchtower é uma grande indústria que mantém um controle apertado sobre os seus registos financeiros bem como sobre as suas políticas internas.
Em meados dos anos 70, alguns membros da Sociedade começaram a questionar o seu sistema de datação, nomeadamente os seus cálculos dos “Tempos dos Gentios.” Os problemas começaram quando alguns homens foram encarregados de escrever o livro Ajuda ao Entendimento da Bíblia (Aid To Bible Understanding), um dicionário de termos bíblicos para as Testemunhas. Ao cronológico de datas para os “últimos dias,” as investigações históricas pesquisaram o seu sistema e se provaram sem margem para a data de 1914, (supostamente o regresso invisível de Cristo) acrescentando mais dúvidas que a sua data era esta e que eles tinham chegado a esta data através de uma série de cálculos sem relação entre si, da Guerra Mundial. Tinha-se contando 2520 anos Jerusalém em 607 AC até ao ano 1914 DC. Mas o que estragou os cálculos foi desde a destruição foi a seguinte: Segundo históricos, Jerusalém foi destruída em 587–586 AC, uns bons 20 anos depois da data de todos os registos das Testemunhas. Também não se encontrou nenhuma base na Bíblia para “Tempos dos Gentios” com a duração de 2520 anos. Tinha-se conceitos de Russell que eram baseados em história inexata. Era inevitável uma onda desconfiança nas datas e choque dentro da organização por mais apertada que fosse a segurança, mais cedo ou mais tarde a onda iria rebentar. Começou por ‘gotejar’ nos anos 70 e a “barragem” rebentou em 1980.
A maioria das Testemunhas de Jeová não se apercebe da importância fundamental que a data 1914 tem para toda a sua estrutura organizacional e para a sua doutrina. Embora originalmente se tenha dito que o retorno de Cristo foi em 1874 e que 1914 seria o fim do mundo, as Testemunhas atuais passaram a aceitar 1914 como o retorno de Cristo (embora uma declaração oficial neste sentido não tenha sido feita até 1929). O Corpo Governante tem explicado às Testemunhas que quando Cristo voltou em 1914, houve uma “purificação da organização” durante 3 anos e meio, culminando no julgamento da organização por Cristo e finalmente na escolha dela em 1918 como o seu “escravo fiel e discreto” para instruir a humanidade a respeito das verdades de Deus nestes últimos dias. Este também foi o ano do “arrebatamento” invisível, em que Testemunhas falecidas (supostamente incluindo os primitivos Cristãos) foram ressuscitados e ascenderam ao céu. Todo o conceito da “única organização verdadeira de Deus” está cronologicamente dependente da exatidão da data 1914.
Mas isto não é tudo. A escolha de outra “classe” de Cristãos, aqueles que viveriam na terra mas não nasceriam de novo nem seriam ungidos pelo Espírito Santo, também era baseada nesta data chave de 1914. Desde então até 1935, o Presidente Joseph Rutherford procurava uma explicação para o fato de tantos estarem entrano na organização, apesar de a Bíblia (acreditava ele) falar de apenas 144.000 que vão para o céu e reinariam com Cristo. Ele começou a procurar uma resposta no livro de Revelação, e viu claramente que podia usar Rev. 7:13–17. Isto foi providencial, já que parecia resolver também outro dos seus grandes problemas — como obter mais controle sobre as congregações locais. Até aquele tempo, os superintendentes das congregações (chamados anciãos) tinham sido elegidos para o cargo, e muitos tinham controle total sobre as congregações, para grande desgosto de Rutherford. Agora, uma interpretação dupla desta passagem iria “matar dois coelhos de uma só cajadada.” Primeiro, os “anciãos” do versículo 13 foram identificados como sendo estes 144.000 especiais (representados pelo Corpo de Diretores [da Watch Tower Society]), e não os superintendentes congregacionais. Assim, o termo “ancião” foi abandonado, e todos os superintendentes congregacionais perderam as suas posições de responsabilidade. Aqueles que foram reconduzidos no cargo seriam agora chamados por um novo nome, “servos de companhia.” É claro que simultaneamente foi instituído um novo método de escolha destes homens chave — eram escolhidos pelo Corpo de Diretores! Isto teve como consequência muitos dos anteriores “anciãos” não serem reconduzidos no cargo e Rutherford assumiu controle completo sobre quem seriam os líderes. Muitos dos anteriores “anciãos” ficaram repugnados com este procedimento e deixaram a organização, levando alguns com eles.
Segundo Rutherford, as distinções de classe entre os “144.000” (os ungidos) e a “Grande Multidão” estavam agora claramente identificadas por esta reinterpretação de Rev. 7:13, 14. Rutherford raciocinou assim sobre esta passagem: como os anciãos fazem a pergunta, “Quem são estes da grande multidão?” e o anjo responde, “Vós sois quem sabe,” os anciãos (144.000 representados por Rutherford e os seus diretores) podem aparentemente decidir quem são os da “grande multidão”! Então Rutherford declara que eles são uma classe terrestre de crentes que embora não “nascem de novo,” viverão eternemente sob a direção dos 144.000 “ungidos,” apenas ganhando pleno direito à vida depois de serem testados e de o seu pensamento ser purificado durante 1.000 anos. A necessidade de um Corpo Governante representativo foi enfatizada pelo raciocínio adicional segundo o qual: visto que (1) a Bíblia foi escrita para Cristãos “ungidos” que irão para o céu para estar com Cristo e que estão cheios do espírito santo (1 João 2:20, 27), e (2) os desta recentemente designada “grande multidão” não poderiam estar no novo pacto nem ter Cristo como mediador (compare com A Sentinela, 1 de Abril, 1979, p. 31), somos levados a concluir que a Bíblia não foi escrita para eles, e eles estarão para sempre sujeitos a acreditar nas interpretações do Corpo Governante como “nova luz” e “alimento no tempo próprio” (compare com A Sentinela, 1 de Outubro, 1967, p. 587). Não se poderia aplicar a eles a passagem em 1 João 2:27, que diz, “A unção que recebesteis d’ Ele permanece convosco, e não tendes necessidade que nenhum homem vos ensine, pois a unção da parte d’ Ele (o Espírito Santo) vos está ensinando todas as coisas.” A possibilidade de um relacionamento com Deus e a operação íntima do Espírito Santo sobre as suas vidas (João 14:15–27) foi-lhes negada. O Corpo Governante era claramente a classe ‘clerical’ e eles eram o ‘laicado.’ Portanto a verdade vem de Brooklyn, não vem do Espírito Santo.
Estamos agora em condições de ver a verdadeira importância da data 1914. Se está errada, Cristo não voltou invisivelmente. Se a data 1918 está errada, Cristo não designou a Sociedade como seu profeta especial. Se a data 1935 está errada, não existem distinções de classe — todos os Cristãos são iguais, todos têm de nascer de novo (1 João 3:3, 5, 7), todos têm de tomar o pão e o vinho (João 6:53, 54) e todos têm de ter Cristo, e não uma organização feita pelo homem, como seu mediador (1 Tim. 2:5).
“Acaso estou liderando uma rebelião, para virdes com espadas e paus? Estive convosco dia a dia nos pátios do templo, e não me tocaram. Mas esta é a vossa hora — quando a escuridão reina.” — Lucas 22:52, 53.
A gota que fez transbordar o balde começou-se a formar em 1965. Já há algum tempo, o terceiro Presidente da Watchtower, N. H. Knorr, queria editar um dicionário Bíblico, mais tarde conhecido e publicado com o nome Ajuda ao Entendimento da Bíblia [Aid To Bible Understanding]. Originalmente Raymond Franz, o sobrinho de Fred Franz (quarto presidente da WT), foi incumbido de reunir material para este trabalho. Mais tarde, foi necessário acrescentar mais quatro homens a este projecto, fazendo uma comissão de cinco. Dois destes, Ray Franz e Lyman Swingle, tornaram-se mais tarde membros do Corpo Governante. Edward Dunlap, secretário da Escola de Gileade, também pesquisou material para este projeto.
No seu livro Crisis of Conscience (Crise de Consciência, p. 20–27) Raymond Franz conta a investigação que fez a respeito do sistema de datação, que é baseado na data fundamental de 1914 como sendo o fim dos “Tempos dos Gentios,” um período que supostamente se prolonga durante 2.520 anos a começar em 607 AC. Franz conta como enviou o seu secretário pessoal (Charles Ploeger) visitar as bibliotecas da cidade de Nova Iorque para tentar fundamentar esta data como sendo a da destruição de Jerusalém. Não se encontrou a informação pretendida. Em vez disso, foi reforçada a data 587–586 AC. Mais tarde, em 1977, uma Testemunha Sueca, um ancião, enviou uma grande quantidade de documentação baseada nas tábuas cuneiformes (mais de 10.000) encontradas na área da Mesopotânia, que remontavam ao tempo da antiga Babilónia, e que indicavam para data da destruição de Jerusalém, não 607 AC, mas 20 anos mais tarde. Como Franz declara no seu livro, “A maior parte do tempo e espaço (sob o cabeçalho ‘Cronologia’ no livro Aid [Ajuda] foi gasto a tentar enfraquecer a credibilidade da evidência arqueológica e histórica que tornaria errada a nossa data 607 AC e daria um ponto de partida diferente para os nossos cálculos e consequentemente uma data para o fim dos “Tempos dos Gentios” diferente de 1914.” Franz e o seu secretário até fizeram uma viagem à Brown University em Rhode Island para entrevistar o Prof. Abraham Sachs, um especialista em antigos textos cuneiformes, numa tentativa de encontrar um ponto fraco ou falha na evidência histórica. Não havia nenhuma possibilidade de essa evidência estar errada. Apesar disso, Franz sentiu-se obrigado a escrever um artigo no livro Aid [Ajuda] sem revelar todos os fatos, pois os outros membros do Corpo Governante recusaram-se a reconsiderar o assunto.
Um ancião que era Testemunha, na Suécia, foi desassociado por falar a outros das suas descobertas a respeito da cronologia incorreta da Sociedade e da sua ênfase na data 1914. Mais tarde, ele escreveu um livro baseado nas suas cartas para a Sociedade e nas suas descobertas desconcertantes.
Conforme foi mencionado anteriormente, muitas das doutrinas chave das Testemunhas de Jeová são baseadas em 1914, como por exemplo a escolha da organização em 1918 como o “escravo fiel e discreto” e a separação da organização em duas classes em 1935. Destruir a credibilidade do regresso invisível de Cristo teria efeitos verdadeiramente devastadores sobre toda a estrutura de autoridade do Corpo Governante. Não se poderia dizer que eles são o “canal designado” de comunicação (de fato, o mediador) entre Deus e o homem não regenerado. Os leitores da Bíblia dentro da organização seriam então obrigados a concluir que todos os verdadeiros Cristãos estarão com Cristo e têm de nascer de novo, como Jesus disse (João 3:3, 7). Eles não teriam necessidade de nenhum homem nem organização para os ensinar pois, como diz 1 João 2:27, o Espírito Santo ensiná-los-ía, como Jesus prometeu em João 14:16–26. A “gota de água” da evidência histórica fatual tinha começado a fazer transbordar o balde.
Embora por uns anos parecesse que nada acontecia, estavam para vir muitos problemas. Mudanças na estrutura organizacional colocaram mais poder nas mãos de alguns homens chave do Corpo Governante, que não estavam dispostos a permitir que a sua estrutura de poder fosse minada por tal evidência destrutiva. Foi oficialmente colocado um ponto final sobre qualquer discussão destas matérias, no entanto indivíduos dentro da organização fizeram perguntas, especialmente em Betel, o nome que as Testemunhas dão à sua sede. Eram poucos os que tinham conhecimento destes assuntos naquele tempo, no entanto estes tornavam-no conhecido a outros que perguntavam.
Por volta de 1979, a evidência chegou ao conhecimento de várias pessoas da comunidade Espanhola das Testemunhas de Jeová na cidade de Nova Iorque e o Corpo Governante soube-o na altura do Memorial de 1980. Os que “falavam” eram arrastados à presença de comissões especiais estabelecidas fora de horas em partes isoladas da fábrica em Adams Street 117. Cris e Norma Sanchez, que ajudaram a traduzir a New World Translation [Tradução do Novo Mundo] de Inglês para Espanhol, e que tinham vivido em Betel por muitos anos como sevos fiéis, foram acusados de “conspirar contra a organização” e foram-lhes chamados nomes diante dos outros presentes, até mesmo por um membro do Corpo Governante, Dan Sydlik. Condenados como sanguessugas, um cancro e vermes, foram-lhes dadas poucas horas para reunirem os seus pertences sob silêncio absoluto e para deixarem a sede — eles estavam agora desassociados. Eles apelaram da decisão da sua desassociação mas o apelo foi imediatamente recusado.
A presença deles em Brooklyn era demasiado perigosa — outros podiam descobrir os segredos que eles sabiam e expor a organização inteira à vista de todos. Outros companheiros foram também implicados no caso e desassociados, como os tradutores Nestor Kuilan e a sua esposa, bem como Rene Vasquez. Os anciãos locais que a princípio acreditaram no testemunho destes foram mais tarde exonerados por os terem mencionado ao Departamento de Serviço, o “braço direito” do Corpo Governante. Os membros da família de Betel estavam de uma forma geral no desconhecimento de todo o caso, e a maioria continua assim até hoje, simplesmente acreditando nas explicações que o Corpo Governante dá, segundo as quais se tratou de uma conspiração planejada contra a organização de Jeová, e que estes homens e mulheres eram apóstatas e “fornicadores espirituais,” sendo “doentes mentais” e “corruptos.” Mal eles sabiam que os verdadeiros problemas mal tinham começado.
A reacção do Corpo Governante contra os estudos da Bíblia privados e a descoberta do significado de Romanos e Gálatas foi: (1) perseguir todos os que questionavam a interpretação da Sociedade, (2) impedir que outras Testemunhas os escutassem, e (3) reforçar as suas crenças peculiares segundo as quais existem duas classes de Cristãos, sendo que o “novo nascimento” se aplica a alguns (os “ungidos”) e os restantes têm de confiar nas interpretações erroneas da Sociedade. (Imagem de Karl Klein, da Watchtower [A Sentinela], 1 de Março, 1980, p. 9.)

“Se tiver começado a persistir no seu coração um pingo de dúvida sobre Jeová, sua Palavra ou sua organização, adote rapidamente medidas para eliminá-la, antes que se desenvolva algo que possa destruir a sua fé... não hesite em pedir ajuda de amorosos superintendentes na congregação. Eles o ajudarão a achar a origem das suas dúvidas, que talvez se devam a orgulho ou a pensamentos errados.”
“... aja depressa para eliminar da mente qualquer tendência de queixa, de dessatisfação com o modo em que as coisas são feitas na congregação cristã. Corte fora tudo o que promova tais dúvidas.” — A Sentinela (Watchtower), 1 de Fevereiro, 1996, p. 23, 24.
Naturalmente, muitos da família de Betel estavam preocupados e choraram quando ouviram ao pequeno almoço o que tinha acontecido aos irmãos Espanhóis. Entretanto, o Departamento de Serviço estava ocupado reunindo toda a evidência que podia para desassociar Raymond Franz, já que eles suspeitavam que ele e Edward Dunlap estavam a conspirar contra a organização. Lee Waters do Departamento de Serviço até afirmou que “Eles (os ‘apóstatas’) tinham estado a construir há muitos anos uma plataforma (a partir da qual atacar).” Quando Lyman Swingle defendeu Ray Franz e impediu que ele fosse desassociado naquela altura (Lyman estava ao corrente de todos os factos a respeito de 1914), Franz foi espiado e mais tarde desassociado por tomar uma refeição com o seu patrão, uma ex-Testemunha (veja a Time Magazine de 22 de Fevereiro de 1982, p. 66). Edward Dunlap foi desassociado depois de membros do Corpo Governante lhe terem pedido que ignorasse os fatos e mantivesse o entendimento corrente por uma questão de unidade. Dezenas de outros deixaram a família de Betel ou foram desassociados nos meses seguintes, já que aparentemente “sabiam demais.” Embora os membros da família de Betel ouvissem regularmente denúncias dos “apóstatas,” poucos sabiam o que tinha acontecido.
Entretanto, dezenas de membros da família de Betel continuavam regularmente a fazer estudos da Bíblia todas as Segundas-feiras à noite depois do estudo da A Sentinela (Watchtower) feito pela família. Eram usadas várias traduções da Bíblia diferentes, bem como vários comentários Bíblicos. As cartas de Paulo aos Romanos e aos Gálatas eram particularmente fascinantes, pois apontavam para um entendimento da vida e um relacionamento com Cristo muito melhor e superior do aquele que era permitido às Testemunhas. Mas o receio de serem descobertos e desassociados impediu muitos de falarem a outros das suas descobertas. Nas Segundas-feiras à noite eles levavam exemplares da Sentinela para os estudos, para o caso de um “espião” tocar à porta.
Albert Schroeder (um porta-voz proeminente do Corpo Governante), durante um reunião dos anciãos da família de Betel em 29 de Maio de 1980 (referindo-se àqueles que tinham questionado a autoridade absoluta do Corpo Governante), disse: “Todas as coisas que eles estão ensinando ignoram toda a estrutura que estamos desenvolvendo há tantos anos.”
Muitas Testemunhas na sede também estavam começando a compreender que o Cristianismo não é uma religião baseada em decretos e regulamentos (como a Lei Mosaica), mas que o Cristianismo é um relacionamento com Jesus Cristo e que os Cristãos andam pelo Espírito Santo. O Apóstolo Paulo disse em Gálatas 2:20, 21:
“Estou pregado na estaca junto com Cristo. Quem vive não sou mais eu, mas é Cristo quem está vivendo em união comigo... se a justiça é por intermédio da lei, Cristo realmente morreu em vão.”
“Ademais, se estais sendo conduzidos por espírito, não estais debaixo de lei.” (Gálatas 5:18)
É conveniente notar que sempre que a palavra “lei” não está em letra maiúscula na New World Translation [Tradução do Novo Mundo] (ou em qualquer outra Bíblia), não se refere necessariamente à Lei Mosaica mas sim a Sistemas de Leis Ou Regras Impostos Aos Cristãos. Esta é a mensagem chave do evangelho que faz desmoronar a Sociedade: Somos nós salvos pela fé em Jesus Cristo, ou tal como os “Judaízantes” no primeiro século, temos de seguir as regras e normas de uma organização? (Gálatas 5:1–4)
O surgir desta questão era mais do que o Corpo Governante das Testemunhas de Jeová podia suportar. Foram dadas respostas exaltadas à família de Betel como esta, de Albert Schroeder, falando a anciãos da família de Betel em 29 de Maio de 1980:
“Nós não servimos apenas Jeová Deus mas estamos sob a nossa ‘mãe.’ A nossa ‘mãe’ tem o direito de fazer regras e regulamentos para nós... Este livro, intitulado Branch Organization Procedure [Procedimentos Organizacionais da Filial], contém 28 assuntos, e as suas sub-secções envolvem regulamentos e administração. Contém 1.177 políticas e regulamentos... esta é uma organização melhorada, bem sintonizada, e espera-se que sigamos as suas políticas. Se há alguém que sente que não se consegue sujeitar às regras e regulamentos agora em vigor, essas pessoas têm a obrigação de sair e de não estarem aqui envolvidas no trabalho progressivo adicional.”
“Alguns abandonaram a organização, MAS NÃO A BÍBLIA, dizendo que não há necessidade de ESTAR DEBAIXO DE LEI... Este grande programa de procedimentos organizacionais está ajuntando as coisas do céu e da terra.”
Que tratamento iria esta “bem sintonizada” organização infligir àqueles que acreditam que não são salvos por seguirem as leis organizacionais, mas pela fé em Jesus Cristo?

O Arranjo de Jeová para as Suas “Ovelhas”
Durante o auge da paranóia do Corpo Governante por causa das dissidências, eles publicaram um artigo reforçando a sua idéia de duas classes de Cristãos, e até colocaram os “três rebeldes” (aparentemente Ray Franz, Ed Dunlap e Reinhard Lengtat, co-autores do livro Ajuda ao Entendimento da Bíblia, conforme se pode ver no número 6 da figura acima, identificando-os como “o estranho,” “ladrão,” “o homem contratado”: Apóstatas e falsos profetas. (Imagem da A Sentinela de 15 de Julho de 1980, p. 26)
Enquanto Ray Franz estava fora, em licença, foi formada uma comissão especial para extrair confissões dos seus amigos próximos e conhecidos, para saber tudo o que ele tinha dito em privado que pudesse ser usado contra ele no que diz respeito aos assuntos acima mencionados. Durante duas semanas estas comissões intimidaram muitos membros da família de Betel e gravaram as suas confissões. Em seguida, Ray foi chamado de volta a Betel e foram-lhe dadas a ouvir estas gravações na presença do Corpo Governante. Raymond Franz foi expulso e foram-lhe retirados os seus privilégios. Ele tinha servido em todas as posições responsáveis durante décadas e tinha viajado por todo o mundo visitando as filiais, mas isto pouca diferença fez.
Outros foram sujeitos a longas horas de intenso interrogatório, tendo as “comissões da Watchtower” redigido um conjunto de dez “perguntas especiais” para fazer a qualquer pessoa suspeita de falar sobre o que se estava se passando no Corpo Governante. Muitos foram desassociados da organização simplesmente porque não podiam acreditar e ensinar conscienciosamente certas doutrinas das Testemunhas. Tais pessoas passaram a ser vistas desde então como “espiritualmente mortos” pelos outros e estes nem sequer são autorizados a falar com eles. Muitos outros sairam sob pretextos inventados só para escaparem sem serem desassociados.
Nas semanas e meses seguintes notei que os membros do Corpo Governante não pouparam palavras ao caluniar e chamar nomes a tais indivíduos. Chamaram-lhes “fornicadores espirituais,” “doentes mentais” e “loucos.” Disse-se que eles estavam a seguir “ensinos de demónios.” Numa reunião com uma comissão em que um casal (marido e mulher) que tinha servido fielmente durante décadas foi desassociado, um membro do Corpo Governante chamou-lhes “chupistas” e “mentirosos.” Um Betelita, Randy Mangles, teve as suas chamadas telefónicas sob escuta pelo Departamento de Serviço para espiarem os seus contatos com o exterior. Membros da família entregaram até mesmo os seus próprios amigos por suspeita de apostasia. É importante que se diga que poucos membros da família sabiam o que realmente estava se passando; o Corpo Governante encobriu tudo muito bem e respondeu difamando as pessoas envolvidas.
Conforme mencionado anteriormente, alguns membros da família estavam fazendo os seus próprios estudos da Bíblia para os ajudar a compreender as escrituras independentemente do dogma da Watchtower. Passado pouco tempo estes grupos foram descobertos e foi-lhes ordenado que parassem, ou então que usassem as publicações da Sociedade [Torre de Vigia] por referência. Em 30 de Abril de 1980, Karl Klein, do Corpo Governante, disse a toda a família:
“Se tem uma tendência para ‘apostasia,’ arranje um passatempo e mantenha-se ocupado para manter a sua mente fora dela. Afaste-se de estudos Bíblicos profundos com o objetivo de determinar os significados das escrituras.”
Outro membro do Corpo Governante, Lloyd Barry, disse em 29 de Maio de 1980 dirigindo-se aos anciãos da família de Betel:
“Quando falamos de lei, falamos de organização. De todo o nosso coração precisamos de buscar essa lei. Jeová não dá interpretação a indivíduos. Precisamos de um guia, e este guia é o ‘escravo fiel e discreto.’ Nós não nos deviamos reunir em grupinhos para discutir pontos de vista contrários aos do ‘escravo fiel e discreto.’ Temos de reconhecer a fonte da nossa instrução. Temos de ser como um burro, humildes, e ficar na manjedoura, e não apanharemos nenhum veneno.”
Estas são algumas das muitas coisas chocantes que podiam ser vistas e ouvidas na sede. Imagine-se a si mesmo como um destes anciãos de Betel que tinham acabado de descobrir há pouco tempo o que é afinal o verdadeiro Cristianismo, e imagine-se ouvindo estas declarações blasfemas que contradizem claramente toda a mensagem das cartas aos Romanos e aos Gálatas, bem como as palavras do nosso Senhor Jesus Cristo que disse: “Conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará.”

Extraido do site: www.vigiandoatorre.com

DISCURSO PÚBLICO de Charles Taze Russel "O Templo de Deus", em 1913

DISCURSO PÚBLICO de Charles Taze Russel
"O Templo de Deus", em 1913


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Prezados amigos,

Venho com esta "novidade" traduzida para o português e que deve fomentar a discussão sobre a participação ou não de Russel com a Maçonaria. Vou me eximir de dar uma opinião sobre se ele era maçom ou não, e vou deixar a cargo do leitor tirar as próprias conclusões. Mas a transcrição do discurso "O Templo de Deus", proferido por ele em 1913 em uma loja maçom é de fato muito interessante. É um resgate do passado da Watchtower, que pode ser útil tanto para TJ's como para qualquer pessoa interessada no assunto.

Agradeço a colaboração de Romilda Galiardi, que traduziu e me enviou o texto para publicação.

OBS: Os originais da transcrição em inglês de um relatório da convenção especial de 1913 podem ser vistos aqui: P.120 P.121 P.122 P.123 P.124 P.125 (P.126 era uma figura) P.127

Que Deus abençoe a todos e uma boa leitura,

O Irmão Brasileiro


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Traduzido e gentilmente cedido Por:

Romilda Galiardi

Meu tópico esta tarde, caros amigos tem fundamento nas palavras do apóstolo: “Porque o templo de Deus, que sois vós, é santo (I Cor. 3:17). Como pessoas cristãs, estudantes da bíblia de todas as denominações, parece que temos algo em nossa fé que está em simpatia e harmonia, em cada denominação do mundo todo. Nossos amigos presbiterianos falam de eleição ? Nós mais ainda. Nossos amigos metodistas tem a doutrina da graça gratuita ? Nós mais ainda. Nossos amigos Batistas entendem a extensão da importância do batismo. Nós mais ainda. Nossos amigos de denominações cristãs e nossos amigos congregacionais prezam o grande privilégio da individualidade no governo da igreja? Nós mais. Nossos amigos maçônicos entendem sobre algo a respeito do templo, sendo cavaleiros templários e assim por diante? Nós mais ainda. Nossos amigos católicos e igreja da Inglaterra acreditam em uma igreja universal? Nós mais ainda. Em outras palavras parece que a mensagem da palavra de Deus foi mais ou menos subdividida, e cada denominação se apropriou de uma parte da verdade, e ao redor desse pouco de verdade juntaram um outro tanto que achamos errôneo. Mas estamos contentes que eles têm aquela pequena parcela da verdade. Se não tivessem alguma verdade não teriam tido uma existência. Então alguém teve uma certa verdade e rodeou-a com teorias e fez uma igreja separada. Deus nunca disse que deveriam fazer uma igreja separada. Deus nunca disse para fazer uma igreja Batista, ou prebiteriana, ou metodista, etc. Deus quis uma só igreja e esta igreja não teria simplesmente um pouco de verdade, mas toda a verdade.

Não estamos apontando falhas em nossos amigos e vizinhos- de forma alguma; porque lembramos que também tivemos idéias muito similares e não faz muito tempo , mas sem apontar nenhuma falha em ninguém, estamos felizes que estamos nos aproximando de uma maneira mais razoável e harmônica, e , abandonando todas as crenças e barreiras das igrejas que por tanto tempo tem separado as pessoas de Deus, estamos juntos sob a plataforma da bíblia e tudo que está na bíblia apenas. Não é uma felicidade para nós? Não é isto que nos trás tanta benção em estudar a palavra de Deus, como estudantes internacionais da bíblia? Sim. Fico feliz de me dirigir a delegados, especialmente aqui nestas cidades de enseadas, incluindo também trinta e cinco estados representados na excursão. Fico feliz dessa oportunidade especial de dizer uma palavra a respeito do que concordamos com nossos amigos maçônicos, porque estamos falando de um prédio dedicado a maçonaria, e também somos maçônicos. Sou um maçônico livre. Sou admitido maçônico livre, se posso assim dizer, porque é assim que nossos amigos gostam de dizer, que eles são maçônicos admitidos e livres. É assim que colocam a questão. Agora sou um admitido maçônico livre. Acho que todos somos. Mas não apenas da forma de nossos irmãos maçônicos. Não temos nenhuma discussão com eles. Não vou dizer nenhuma palavra contra maçons livres. De fato, alguns de meus melhores amigos são maçons e folgo em saber que existem certas verdades preciosas que meus amigos maçons possuem. Converso com eles as vezes e dizem:” como você sabe todas essas coisas?” Pensávamos que ninguém soubesse dessas coisas exceto aqueles que tiveram acesso à nosso mais alto raciocínio. Disse-lhe que estive em conferencia com o Grande Mestre, o artífice, o próprio Senhor e tenho informação secreta através do Espírito Santo e direcionamento a respeito do que a Bíblia diz, e que contém toda a verdade. Acredito em cada assunto. E se falamos a nossos amigos maçônicos sobre o templo e seu significado e sobre sendo bons maçons, e sobre a grande pirâmide que é o emblema que usam e o que a grande pirâmide significa, nossos amigos maçônicos ficam atônitos. Uma pessoa que foi maçônica por longo tempo, comprou recentemente um monte de livros que tinha a grande pirâmide em discussão, e enviou tais livros, tenho certeza, para uns mil maçons. Pagou por esses livros e enviou por sua conta. Queria que os maçons vissem alguma coisa sobre a grande pirâmide. Sabia que eles estavam muito interessados nisso. Mas não vamos discutir a grande pirâmide, esta tarde. Vamos discutir a franca e livre maçonaria - a bíblia da maçonaria, meus caros amigos.

O apóstolo Paulo e o apóstolo Pedro são a nossa autoridade em dizer que somos o templo de Deus e que o templo de Deus é sagrado. O que o Senhor quer dizer com isso? Quer dizer: Que Deus que condenou o mundo inteiro como pecador e declarou que não teria nenhum relacionamento com pecadores, proveu um meio que os pecadores pudessem voltar a ter harmonia com Ele. E podem voltar somente através do arranjo. Fez isso com respeito ao seu grande Templo. Bem, você diz, onde está o templo pelo qual o mundo pode voltar a Deus? Respondo: o templo que Deus propõe não está construído ainda.

-Deve ser um grande templo, irmão Russel - todos esses séculos e ainda não está construído?

É assim. O grande artífice e mestre de nossa Alta Ordem dos maçônicos aceitos e livres, o Senhor Jesus Cristo assentou a fundação conforme diz a bíblia, nenhuma outra fundação senão aquela feita por Jesus. Ele assentou a fundação para a alta e aceitável maçonaria e tudo isso lhe pertence. E o que está acontecendo desde os dias de Jesus? São Pedro diz que Deus está selecionando pedras vivas para ser parte do grande Templo que pretende construir. Nós somos as pedras vivas, e o que isto quer dizer? Você pode ser uma pedra viva e eu posso ser uma; São Paulo, São Pedro, São João e São Tiago e todos os santos de Deus daqueles tempos, foram convidados a virem e serem pedras vivas do grande templo que Deus está erigindo. E este grande templo teve sua figura lá atrás nos dias de Salomão. O templo que Salomão ergueu era uma figura, uma ilustração do maior templo que Deus está construindo. A construção do templo de Salomão teve suas peculiaridades. Uma peculiaridade especial era que as pedras grandes eram tiradas de debaixo do local. Estive naquele local uma vez, e eu mesmo vi, algumas pedras que haviam sido parcialmente preparadas e aparentemente abandonadas. Mas o templo foi construído com aquelas pedras trazidas de perto da construção. E o templo de Salomão tinha a peculiaridade que as nossas construções de hoje tem, que cada pedra quando numerada é feita para se ajustar exatamente no local para a qual foi determinada. Então é marcada definitivamente para aquele local que o construtor assinalou e quando a construção é executada, uma pedra vai sobre a outra, e tudo se ergue suavemente e ordeiramente sem nenhuma confusão. Assim foi na construção daquele templo, que é a primeira construção na história do mundo ao longo de nossa linha da maçonaria moderna. O grande templo de Salomão foi construído, cada pedra em seu lugar apropriado, sem nenhum som de martelo. Não precisaram de formão ou qualquer coisa do gênero. Não havia nenhuma partícula fora do lugar. O que isso representa? Representa eu e você. Somos pedras vivas diz o apóstolo. E o que dizer a respeito da nossa escultura, polimento e marcação a fogo indicando nosso lugar na construção? Meus caros irmãos, vocês podem ver isso. Não preciso me aprofundar nisto. As provas e dificuldades da vida estão nos moldando para nos tornarmos naquelas pedras que Deus está lidando. A mina é o mundo em geral. Somos tirados do mundo, separados do mundo, mas somos moldados na mina. Ficamos prontos para nossa posição e então levados a ocupar esse lugar. E por quanto tempo isto está em andamento?Este trabalho de moldagem e preparação esta sendo feito por 1800 anos e continuará por mais anos.

-Irmão Russel, você não quer dizer há mais anos?

-Não, meu caro irmão.

-Não havia pedras vivas antes disso?

-Não, Jesus foi a pedra de alicerce. Não havia nenhuma pedra moldada antes dele. Ninguém poderia ser aceito antes disso. Ele fez o grande trabalho de fundação, desta grande ordem a qual pertencemos . A ordem admitida da maçonaria livre. Ele é o grande mestre e não reconhecemos nenhum outro. Podemos reconhecer assistentes e superintendentes aqui divididos , neste trabalho na mina , na construção, etc.,mas há um único Grande Mestre que tem a supervisão de tudo. Ele é nosso Senhor e todos somos irmãos; Um é o seu Mestre, Cristo.

Você conhece as experiências que teve ao se separar do mundo. Primeiro de tudo, foi difícil bloquear o seu caráter e se colocar no lugar onde estaria separado de tudo que o rodeia, neste mundo atual. Foi mais difícil ainda, talvez, no que diz respeito à moldagem: golpes após golpes, experiências após experiências, provações após provações, de forma que pudesse estar moldado e preparado a ocupar o seu lugar na construção do Glorioso Templo, ainda em construção. O processo de polimento está ainda em andamento. O polimento é o que vem por último, eu suponho. Acredito que está sendo polido agora. Você sabe, conseguimos a maior parte de nosso polimento uns com os outros. Você pode me polir um pouco e eu posso te polir um pouco, conforme diz as Escrituras: A noiva se prepara, é um processo de polimento. E aqui temos uma lição, como seguidores do Senhor: apesar das dificuldades virem de várias formas de provações e testes no mundo, o mais fino polimento vem quando estamos em contato com nossos irmãos. Portanto, se aprendemos a amar nossos irmãos e tolerar suas diversas fraquezas e imperfeições, que eles como seres imperfeitos nos impõem e nós da mesma maneira impomos a eles e se nos exercitamos neste trabalho de fricção alcançamos o mais fino polimento, aquele que o Senhor descreve, vocês se lembram, que são os frutos do Espírito Santo que se manifesta: bondade, brandura, paciência, longanimidade, autodomínio, amor (Gálatas 5:22). Se esses frutos abundar e te polirem, não seremos estéreis ou infrutíferos no conhecimento do Senhor. Este é um caminho que abundará no Reino do nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo.

-Bem, e a respeito do Templo, irmão Russel?

Acreditamos que o Templo está em construção, agora.

E não esteve em processo de construção ao longo dos anos?
Não, apenas a fundação foi feita. E acho que agora temos uma ilustração real da pirâmide.
A fundação foi feita no céu, e esta é a pedra do topo, conforme diz o apóstolo. Parece um pouco estranho, mas devemos nos lembrar que todas essas ilustrações não são naturais. São ilustrações celestiais. A pedra do topo, Jesus, foi primeiramente colocado lá e todas as pedras devem se encaixar para cima até Ele. O apóstolo diz que você e eu devemos ser construídos para cima até Ele, de acordo com as leis de nosso Grande Mestre. Você sabe, o topo da Pirâmide é a pirâmide perfeita em si e todas as pedras embaixo simplesmente se alinham com o topo, e essa pedra do topo é o que a bíblia declara: Jesus é principal pedra de esquina, a fundação, e nós somos construídos para cima em vez de sermos construídos para baixo. Como é possível? O apóstolo diz que todos seremos mudados, e a gravidade será de outra maneira- mudada num momento, num abrir e fechar de olhos, porque carne e sangue não pode herdar o Reino dos céus. Você jamais gravitaria para cima a menos que fosse mudado. Mas, mudado em ser espiritual, como o Senhor, você será construído e completado com Ele no plano celestial, muito acima dos anjos, principados e potestades.

-Quando este Templo estará completo? Conforme nosso entendimento, no final desta era, estará completo. Assim como no templo de Salomão, primeiro se preparava todas as pedras e todo o material, antes da construção. E, então é que se começava a construção propriamente dita. Entendemos que o Grande Mestre e Artífice, o Capitão da nossa salvação está preparando estas pedras vivas, supervisionando o assunto sob regras estritas e regulamentos quanto ao formato, tamanho, qualidade- A construção do templo não começa, até que todas as pedras estejam completas e acabadas.

-Como será a construção?

-A construção do Templo será quando a ressurreição mudar a natureza terrestre para a natureza celeste.

Mas, irmão Russel, talvez, todas as pedras já estivessem prontas quando Salomão começou a construção?
Presumo que todas estivessem praticamente prontas, mas não sei dizer, se havia um último polimento antes de se começar a construção. Assumo que, atualmente a construção já começou. E as Escrituras são claras em dizer que os mortos em Cristo ressuscitarão primeiro, e então nós os que ficarmos vivos seremos arrebatados com eles e com o nosso Senhor. Então nós os que estivermos vivos, ainda não arrebatados, estamos no lugar de polimento e preparação. O trabalho de Deus está em andamento em nossas vidas, nos preparando para a nossa mudança. O templo não se completará até que todas as pedras vivas estejam lá.
E depois?
E o próximo passo, é o que nossos amigos maçônicos frisam e nós também frisamos muito, a saber, a glorificação do templo. Essa é a grande obra – a obra final, na maçonaria. Eles ilustram, como Salomão, o sábio- prefigurou Jesus- ofereceu o sacrifício, e como Deus aceitou o sacrifício; a glória de Deus entrou no templo. A Igreja em glória, não será o Templo de Deus a menos que o próprio Pai Celestial reconheça a Igreja. Este será o trabalho do Senhor Jesus, de construir a Igreja, com estas pedras vivas, moldá-las, poli-las, e finalmente passá-las na condição gloriosa através da mudança, pela ressurreição, e então, tudo transformado, o templo construído, nenhuma pedra pode ser adicionada e nenhuma pedra faltando, então a Igreja esperará a ação do Pai.
E como será isso? Ilustrativamente Ele nos mostra como. A glória do Senhor virá sobre este Templo vivo, do qual esperamos sermos as pedras vivas, além de toda a imaginação – seres espirituais. Você se lembra, isto foi representado de várias maneiras. Uma das maneiras está nos Salmos 91, onde o Senhor Jesus é representado como apresentando a noiva e como ela será trazida em finas vestimentas de alta costura, em ouro, na presença do pai. A classe da noiva é uma ilustração, a classe do templo é outra ilustração. Mas desta ilustração da Noiva vindo, achamos que Jesus deve primeiro, como grande advogado da Igreja apresentar-nos sem culpa e irrepreensíveis diante do Pai, com amor. Então o pai nos aceita. Ele já tinha aceitado estas pedras vivas, quando estes receberam o Espírito do Senhor. A criação pelo Espírito Santo, como diz o apostolo é a certeza de nossa herança. E a herança é a gloriosa plenitude do favor e do amor do Pai, além de toda a imaginação. O que temos agora é apenas um tira-gosto, apenas uma pequena amostra. E se assim já é tão bom, como não será a plenitude, quando formos feitos como Ele, e cheios do Espírito e Divino poder do Pai, para sermos eternamente agentes de Deus, o Templo de Deus, através do qual ele se manifestará aos anjos e aos homens!
Qual será o uso deste templo após estar completo? E para que é este Templo?
O uso deste Templo foi ilustrado lá atrás, na Lei da Dispensação. Foi para ser a casa de orações para todas as nações. Assim era o templo de Jerusalém, particularmente. Você se lembra dos compartimentos diferentes que tinha. Primeiro era o Santíssimo, o Santo, então o compartimento onde os judeus poderiam ficar, depois o compartimento das mulheres, o compartimento dos gentios e várias divisões, representando diferentes classes. Então, durante o milênio, após o templo ter sido glorificado, Deus estará na Igreja, o poder divino operando nela e todas as nações serão atraídas a Deus e para que isso aconteça, elas serão atraídas para o Templo, porque a glória de Deus estará neste Templo. E este é o nome que deveremos ter - A retidão de Jeová – Esse será o nome da Igreja.

-Seremos retos, então?

-Claro, ninguém exceto aqueles absolutamente retos, estarão lá.

Todas as nações, pagãos e todas as classes, judeus e gentios, virão ao pai, através deste templo. Quem serão os sacerdotes, é outra ilustração. Os sacerdotes neste novo Templo, futuro, será primeiramente Jesus, o sumo sacerdote – Rei e Sumo sacerdote em seu trono conforme a ordem de Melquisedeque. Ele não está no trono, ainda. Está esperando. Onde está ele esperando? Oh, a bíblia diz que ele está esperando à destra de Deus. O que significa à destra? Este é um lugar favorecido, junto ao pai. O pai disse: Assenta-te a minha direita até que eu ponha teus inimigos como escabelo para teus pés. Por enquanto ainda não é o tempo, apenas espere um pouco. E este tempo de espera é o tempo para a preparação daquelas pedras vivas para o Templo. O tempo em que esperamos, também representa a preparação do sacerdócio real. Mas não somos sacerdotes reais, ainda. Não disse S.Pedro: Somos sacerdotes reais? Sim, mas ele estava falando profeticamente. Você será um sacerdote real. Mas existe a chance de não ser. Apenas aqueles que forem declarados justos para se assentar com Ele em seu trono é que serão os sacerdotes reais. Abençoado e Santo serão todos aqueles que tiverem parte na primeira ressurreição, sobre os quais não tem poder a segunda morte. Serão divinos. Serão sacerdotes de Deus e do Messias e reinarão com ele por mil anos. Um milênio de gloria sobre a terra. Sim, um milênio de bênçãos no mundo através do Grande Templo que Deus está preparando. Um milênio de bênçãos que estes cavaleiros templários espalharão sobre todas as famílias da terra. Não usamos nossa roupagem branca agora, mas todos teremos uma roupagem branca então; “Devem andar com Ele de branco, porque são justos”.

Levanta-se a questão agora: Como nos tornamos membros dessa Ordem? Gostaria de se tornar um dos cavaleiros templários nesse plano celestial? Não estou falando nada contra os cavaleiros templários terrestres. Use seu próprio julgamento. Nunca disse de uma forma ou de outra sobre o que devemos comer, beber ou vestir. Simplesmente digo como estar em harmonia com Deus conforme diz a Bíblia e cada homem e mulher deve usar seu próprio critério com respeito da vontade de Deus. Se você acha que é a vontade de Deus ser sócio de uma ordem beneficente e não se sente suficientemente beneficente para se tornar um seguidor do Senhor, vá e se junte a essa ordem beneficente. Se você acha que deve se tornar um membro da ordem admitida e livre da maçonaria e não se sente um maçônico livre o suficiente como um seguidor de Cristo, Deus te abençoe, use seu julgamento. É você quem decide, não eu. Mas estou falando agora desta grande obra da maçonaria, em que Jesus é o Grande Mestre. O ingresso nessa Ordem é de uma maneira peculiar. Há certas condições - o portão estreito, o caminho difícil. Embora nunca tenha sido maçom, ouvi dizer que na maçonaria eles têm algo que ilustra bem isto. É cavalgar em um bode, etc. E a bíblia fala de bode, você sabe. A bíblia diz que o bode que você tem que montar, mais ou menos todo o dia, é a sua própria carne. Nossos amigos maçônicos explicam isto muito bem. Me admiro como eles descobriram este segredo de nossa mais Alta Ordem aceita de Maçonaria.

Quando você se torna um membro do Sacerdócio Real, uma pedra viva, um membro do Artífice da Maçonaria, do ponto de vista de Deus, para se amoldar e moldar outros, e ajudam uns aos outros nesta moldagem para o Reino, um lugar no Templo Real – daquele momento em diante é necessário entrar pela porta estreita e difícil. Jesus descreveu isto dizendo: Se alguém quiser ser meu seguidor – isto quer dizer, se alguém há de ser membro desta mais alta e aceita maçonaria - negue a si próprio pegue sua cruz e siga-me.

E me foi dito que os maçons têm outra ilustração que representa isto - cada alfinete da roupa deve ser removida, e nada, absolutamente nada nas mãos eu trago. Desta forma também entendemos nós. A mais alta Ordem da Maçonaria, não te deixa uma única coisa, quando você entra. Deixa tudo para Deus - tudo mesmo, inclusive você. Esta é a condição. É a mais estrita condição em qualquer ordem secreta do mundo.

Você quer dizer que a Igreja de Deus é uma Ordem secreta?
Sim, certamente que é. É a Ordem secreta mais maravilhosa que o mundo já viu. O mistério de Deus não foi dado ainda, a bíblia diz - O mistério que Deus tem mantido em segredo desde a fundação do mundo - não terá acabado até o soar da sétima trombeta. A bíblia diz que a Igreja é um mistério – o mistério está representado na igreja. Então podemos andar pelo mundo e o mundo não nos conhece, assim como não conheceu ELE.

O mundo reconheceu o Grande Mestre, quando aqui esteve?
NÃO
O mundo assassinou o Grande Mestre?
SIM
E a maçonaria também teve o seu grande mestre assassinado. É a mesma ilustração. Os maçons admitem que o primeiro maçom foi morto porque ele tinha o segredo. Na teoria maçônica o primeiro maçom (arquiteto) tinha o segredo da planta do templo e que quando ele foi morto, mais ou menos, o mistério relacionado com o templo ficou perdido, e que certas características não se completarão até a ressurreição dele. Então os maçônicos como um corpo, declaram, hipoteticamente, que estão esperando o retorno daquele primeiro mestre maçom, que perdeu a sua vida lá atrás nos dias de Salomão, por causa do segredo do templo. Então você e eu como sub-maçons estamos esperando o retorno de nosso Mestre Maçom que deu a sua vida em relação a construção do Templo, a Igreja.

Podemos encontrar outras analogias, mas esta é cheia de significado para o assunto principal. A única maneira da pessoa entrar nesta Alta Ordem de Maçonaria Divina é negando a si próprio, se render – e por montar no seu bode até a morte. O bode representa sua natureza humana. Se sofremos com Ele, reinaremos com Ele, se morrermos com Ele, está é a condição em que devemos viver com Ele.

É interessante saber algo a respeito dos graus na maçonaria, também. Alguns são iniciantes e nunca chegam à perfeição. O primeiro passo ou grau é reconhecer e ter fé que Jesus é o nosso Salvador. Isso nos dá o direito de ir para mais altos graus. Então se você se tornar um daqueles que tem o direito de conhecer os segredos do Senhor e saber sobre os mistérios que pertence a mais Alta e aceita Maçonaria, galgaremos degraus maiores, porque os que estão no primeiro degrau, sabem praticamente muito pouco. O apóstolo nos diz que a homem natural, as coisas do mundo não entendem as coisas do Espírito de Deus, nem pode conhecê-los, porque as coisas de Deus se discernem espiritualmente. Pois então, desde que os mistérios desta Ordem devem ser discernidos espiritualmente, há segredos que ninguém na terra pode descobrir.

Mais do que isso, nossos amigos maçônicos tem um grande problema em manter seus segredos, em impedir que vazem, mas Deus na sua grande sociedade secreta, fixou o segredo de forma que você pode falar a vontade e outro homem não pode entender a menos que tenha a senha, a chave. Jesus orou no mundo, orou em público e milhares o ouviram, mas bem poucos entenderam. E você e eu podemos contar as boas novas e a bíblia diz que nenhum dos perversos entenderão. Por quê? Porque eles precisam pertencer a esta Ordem antes que tenham ouvidos para ouvir. Felizes os ouvidos dos que ouvem. Felizes os olhos que vêem. Feliz são os seus olhos porque vêem. Nem todos tem ouvidos para ouvir e olhos para ver. Apenas aqueles que vieram para esta Divina Maçonaria tem visão espiritual, e essa direção espiritual e sabem as coisas que gratuitamente nos é dado. É algo gratuitamente dado a uma determinada classe e não se pretende dar a ninguém mais. Porque não para todos? Porque Deus não está lidando com o mundo. Ele lidará com o mundo depois que construir o Templo. Mas eles nunca serão sacerdote, ou membros do Templo. Serão grandemente abençoados com a restituição da perfeição humana. Será maravilhoso para o mundo, mas a eles não será permitido conhecer os segredos que este Grande Arquiteto está executando porque eles interfeririam com os planos de Deus. Por exemplo, se todos os judeus tivessem entendido a respeito do nosso Senhor Jesus, tivessem entendido suas parábolas e dizeres obscuros, eles não o teriam crucificado. Então como se cumpririam as Escrituras? Como teria sido executado o plano de Deus? São Pedro disse a alguns judeus “Eu soube disto enquanto estava na ignorância, porque se seus velhos tivessem o conhecimento não teriam crucificado o Agente da Vida. Quão sábio é da parte de Deus manter uma pequena parte deste segredo, a parte do mundo e não deixá-los saber muito. Além do mais, à medida que o mundo adquire conhecimento, aumenta a responsabilidade. Quanto mais conhecimento adquiro de Deus e de suas Escrituras, mais aprecio seu amor, sabedoria e misericórdia, não apenas para os da classe de Sacerdócio Real, esta classe do Templo mas também para aqueles que finalmente são abençoados por de Jesus através de seu Templo.

Novamente repito o que Jesus disse sobre os termos dos associados. Não sei se todos somos membros desta Ordem ou não. Você sabe, esta Ordem é tão secreta que não é sempre que nos conhecemos. Não é maravilhoso? Acho que é assim também com os Maçons. Muitos maçons apertam minhas mãos e me dão seu apoio, mas não como maçom. Alguma coisa que faço parece o mesmo que eles fazem, não sei o que. Várias vezes, eles tem me dado todo tipo de apoio, e eu também. Digo que não sei nada a respeito dos segredos deles , exceto poucas coisas que me vem naturalmente. Mas Deus arranjou tudo de uma tal maneira que não podemos saber quem são os Maçons aprovados. Somente Ele sabe. Somente ele sabe quão leais e verdadeiros somos no coração. Podemos colocar uniforme e usar vestimentas especiais - e acho também que há muitos Maçons que assim desfilam, os quais não atendem os mais altos padrões da maçonaria e que envergonham a muitos de seus irmãos maçônicos. Portando muitos se filiam e tem mais ou menos a mesma aparência de serem cristãos, mas não o são realmente no coração. Quisera saber quanto de nós aqui presentes tomaram o primeiro passo, o primeiro grau! Quantos tomaram o segundo e o terceiro passo? Quantos se tornaram cavaleiros, posso dizer – cavaleiros templários! Isto significa, simplesmente, estar na posição mais destacada relacionado aos serviços do Templo, como por exemplo ser líder da Igreja. Quer dizer alcançando degraus mais elevados para ser líder na Igreja de Cristo. Ser Cavaleiro Templário, estar entre aqueles que são funcionários especiais em qualquer assunto de interesse do Templo e que sabe o máximo sobre as coisas do Templo.

Vocês sabem que nessas Ordens da Maçonaria, conforme progridem, de um passo para outro, aprendem mais e mais e há maçônicos trigésimo segundo grau que sabem muito mais coisas que os maçons do décimo quarto ou décimo sexto plano. E aqueles do décimo quarto plano sabem muito mais dos que estão abaixo no terceiro grau. É um conhecimento graduado. Assim acontece no Templo Espiritual. O apóstolo nos admoesta a galgarmos graus mais elevados. Nos fala em crescimento na graça e conhecimento e em todas as características pertencentes ao nosso Senhor, e se tornar cada vez mais parecido com o nosso Grande Comandante, o Sumo Sacerdote de nossa fé , o grande Templário de todos os templários, aquele que morreu por nós e nos deixou o exemplo. Que não somente nos redimiu, mas nos deu a oportunidade de nos tornarmos membros de uma fraternidade mais elevada e nos deu exemplo de como devemos caminhar.

Um maçônico nos falará com grande orgulho - nós maçônicos tentamos viver nos mais altos padrões. Tenho certeza que sim. Digo meus caros amigos, nós os pertencentes à Ordem Maçônica aceita e livre sob o comando de nosso Senhor Jesus Cristo, temos os mais altos padrões e a nossa cruz não é aquela no topo da espada, mas a nossa é a cruz de Cristo, com a qual devemos ser marcados dia após dia. E nossas marcas não são uniformes e roupagem branca, mas nosso comandante nos dá diversas marcas se pertencermos ao seu alto comando. Um dos mais altos desta Ordem, equivalente a um décimo segundo grau espiritual da maçonaria, eu diria é São Paulo. São Paulo em uma de suas epístolas se exultou a respeito de suas marcas. Disse: “suportei em meu corpo as marcas do nosso Senhor Jesus Cristo. Sou um deles. O que isto significava? Ora não eram marcas que o mundo apreciaria. Eram marcas como aquelas que nosso Salvador tinha e tais quais todo elevado maçom espiritual deve Ter.

Onde eram essas marcas, pastor Russel?
São Paulo continua sua narrativa: assim como Jesus tinha marcas de ter sido golpeado e condenado, batido e crucificado, essas eram suas marcas da fé em Deus, na verdade e na justiça. São Paulo disse que muitas vezes ele havia sofrido naufrágios, muitas vezes recebeu trinta e nove chicotadas e com sal esfregado nas costas para que a dor fosse aguda e deixasse marcas. E disse que mesmo assim ele glorificava a Deus. Essas são as marcas que os da fraternidade maçônica não conhecem muito. Geralmente são marcas notáveis entre os homens. Nossa Sociedade tem suas marcas próprias, e há um que conhece todas essas marcas. Se a Seu serviço você recebe todas essas marcas Ele lhe diz que lhe é fiel e que o fará. Fará o que? Oh! Ele nos dará abundantemente muito mais do que poderíamos pedir ou pensar e todas essas aflições leves e que são temporárias e transitórias trabalhará em nós para a glória eterna que excede todas as coisas. Onde? Além de toda a imaginação, no Templo que está preste a ser construído no Sacerdócio Real que está prestes a ser estabelecido, do qual Jesus é o cabeça.

Já tomou o primeiro passo de humildade em reconhecer seus pecados? Já reconheceu que não tem nada nas mãos para oferecer a Deus para que Ele o considere justo e aceitável? Já reconheceu que confia no precioso sangue de Jesus? Já galgou esses degraus? Já disse “ Em Sua cruz me agarro ? Já tomou esses passos?

Já disse: Senhor, me entrego a tí. E já teve a iniciação neste elevado grau em que possa ser chamado de um sacerdote, um santo de Deus, um membro desse Sacerdócio Real? Espero que sim.

Está você indo de graça após graça, de conhecimento após conhecimento, de um grau a outro grau? Está deixando as coisas da vida de forma que possa trabalhar e praticar mais e mais nas coisas que pertencem a nossa ordem da maçonaria livre e aceita. Esta é mais esplêndida Maçonaria de todas. Este o mais esplêndido Templo de todos. Todos os outros templos das outras sociedades, são apenas sombras e ilustrações Deste que é o maior de todos. Não importa de onde venha, quem tenha sido, quando vem para Jesus para ser um dos membros de sua Ordem, tem direitos a regalias e tudo que pertence à Ordem. E não tem a liberdade de voltar aquilo que estava atado anteriormente. Há apenas uma maneira de o aceito por Deus, concedido um grau do Espírito Santo sair. E uma vez que esteja dentro, há apenas uma maneira de colocá-lo fora e isto é feito de acordo com os arranjos de Deus porque há um escrito secreto dos nomes, mesmo na nossa ordem. O nome deles está escrito nos céus. Ninguém sabe quem são seus membros.

O que significa Maçonaria livre e aceita?

Meus caros irmãos , nós somos livres, mas não livres para pecar, graças a Deus!

Nosso desejo de estar em relação com Deus significa que não amamos o pecado, e que estamos livre disto, livres da dominação do pecado, livres do medo da morte, livre da condição do pecado e morte que uma vez estivemos quando éramos filhos da ira como os outros. As algemas caíram. Se o Filho nos torna livres, então somos livres de fato. E desta forma, todo homem liberto pelo Senhor Jesus Cristo, pelo mérito de seu sacrifício , aquele que apresentou seu corpo como sacrifício vivo, recebido por Deus, que nos induziu a esta fraternidade maçônica na sua maçonaria da mais elevada ordem, dentro do sacerdócio real- tal homem liberto, fica feliz na sua posição porque o espírito da Gloria de Deus repousa nele. E quanto mais entrega sua vida, quanto mais fé tem, mais zeloso fica nas regras da Ordem e mais progresso fará, mais elevada será sua posição. Ascende de estágios em estágio, de grau em grau até alcançar o mais elevado de todos no senso de plenitude do favor do Grande Capitão em comando da nossa salvação.

O Senhor nos dá outra ilustração do Templos através do apóstolo Pedro. É bom ter isto em mente em vista dos tempos. Uma coisa é pensar a respeito da glória e outra é pensar a respeito das dificuldades dos tempos. Não sabeis que seu corpo é o templo do Espírito Santo? Aqueles que receberam o Espírito Santo são Templos do Espírito Santo. Não é o mundo. O mundo não conhece a Deus. O mundo está sob a condenação; o mundo é chamado na bíblia de filhos da ira. Deus ainda não começou a lidar com o mundo nem lhe concede bênçãos ainda. Pretende ainda. Por enquanto está dispensando bênçãos para os da Classe da Igreja, para aqueles que estão na posição de receber o Espírito Santo. Atualmente não recebemos o Espírito Santo na sua plenitude. Explicamos há pouco, que o Espírito Santo será concedido em sua plenitude, alem de qualquer imaginação, quando todas essas pedras vivas do Templo estiver preenchido com a glória de Deus. Esta será a glorificação em sua plenitude. Mas há um sentido quando você recebe o Espírito Santo, quando entrega sua vontade ao Senhor e o Espírito Santo vem a seu coração. Neste sentido da palavra, este seu corpo se torna um Templo. Onde estiver o Espírito Santo, há um Templo.

O apóstolo diz, não sabeis que sois Templo do Espírito Santo e que este habita em vós?

Já recebeu o Espírito Santo, meus caros irmãos? E está Ele habitando em vós? Espero que não estejais contristando-o ou ignorando-o ou vivendo contrário a esse novo espírito no qual fostes criados. Os apóstolos dizem para não contristar o Espírito Santo para o qual fostes chamados deste do dia de sua redenção. Daquele dia em diante a pedra foi escolhida para ser trabalhada. Quando foi selada a preparação começou. Isto é, foi marcada como uma das pedras do Templo. Recebemos o selo, a marca do Espírito Santo. Então o trabalho de moldagem e polimento se processa. O apóstolo diz que temos este tesouro, o Espírito Santo, em vasos terrenos em que a glória possa ser de Deus. O Espírito Santo que você recebe te faz um Templo. Não um templo muito satisfatório, não é? Pois é, se parece mais a um tabernáculo, conforme o Apostolo diz em algum lugar da bíblia. Qual a diferença entre um templo e um tabernáculo? Um templo é uma estrutura permanente e um tabernáculo é uma estrutura temporária. Assim o apóstolo diz da presente condição que estamos na qual o Espírito Santo habita em nossos corações, na condição de tabernáculo, que não dura para sempre mas é para o momento presente. Se formos exercitados corretamente por esse poder de Deus dentro de nós e aprendemos as lições e temos experiências, então estaremos prontos para a condição de Templo. São ilustrações diferentes- ilustrações ligadas. O Templo é uma ilustração e o Tabernáculo é outra. Mas o pensamento é, se o Espírito Santo habita em você, isto quer dizer que deve considerar seu corpo muito sagrado. Em conexão a isso diz o apostolo- Que conexão há entre a luz e as trevas? Que harmonia há entre o Templo de Deus e o templo dos ídolos? Ou entre a pureza que pertence ao Templo de Deus e as impurezas que pertencem à carne, ao mundo e ao diabo? Pode ver a grande distinção? Você foi aceito dentro desta elevada Ordem, para ser Templo do Deus Vivente e Ele colocou o seu Espírito Santo em você. Agora, como Templos de Deus, devemos sermos puros e limpos. Vemos que este poder de santificação de Deus se estende e opera através de todos seus poderes, em suas mentes, assim como em suas línguas, em suas palavras, em suas mãos e onde seus pés possam ir.

Um de nossos hinos diz maravilhosamente:

Tome minha vida

Para que seja aceitável à Ti Senhor

Tome minhas mãos e movimente-as

No impulso de Seu Amor.

Tome meus pés e torne-os

Ligeiros em Suas mensagens

Tome minha voz e deixe-a declarar

Sempre honra ao meu Rei.

Tome meus lábios e deixe-os

Ser movidos com Tuas mensagens

Tome meu ouro e minha prata

Nada , Senhor, reterei para mim.

Todos nós, somos o Seu Templo- o inteiro corpo é o Templo de Deus – e aqui vemos finalmente a ilustração tripla do Corpo de Cristo. Temos o Corpo de Cristo , primeiramente, no sentido que nos tornamos membros dessa companhia espiritual da qual Jesus é a Cabeça. Este é o Corpo de Cristo que você pertence quando faz a consagração. Essa é uma das ilustrações do Corpo de Cristo. Outra ilustração é o Corpo de Cristo além de qualquer imaginação, os eleito de Deus, classe de sacerdotes reais- todo o Corpo de Cristo do qual Ele é a Cabeça. Mas há mais desse Corpo de Cristo criado pelo Espírito Santo. O que será , depois desse Corpo de Cristo – muito mais. Porque? Porque nem todos os que foram chamados, nem todos os que foram aceitos serão achados dignos de serem sacerdotes reais. Muitos deles serão dignos da segunda morte e serão totalmente destruídos, se voltarem para a carne, para o mundo e para o diabo, e viver dessa forma.

Então, há ainda uma outra classe, uma grande classe que não se provarão desleais, mas não serão suficientemente zelosos. Eles não negam a Cristo e sofrem a segunda morte, como aqueles que voltaram as costas à justiça. Mas tendo amor pela justiça e um grande amor a Deus, ainda não são suficientemente zelosos e fervorosos de espírito que os faça dignos de serem contados como membros da classe do Sacerdócio Real. O que será feito com eles? A Bíblia nos diz que estes são os da grande multidão tirados de todas as nações, povos, famílias e línguas, e devem lavar suas vestes. Estes não mantém suas vestimentas sem mancha do mundo, portanto, devem lavá-las e torná-las brancas. Mas como? Será em grande tribulação que as lavarão, mas o poder de limpeza não está na tribulação, o poder da limpeza está no sangue. Devem lavar suas vestes no sangue do Cordeiro. Bem, agora estamos felizes ,de fato, que a grande multidão será trazida, mesmo que através de grande tribulação. Serão os anti -típicos levitas, a classe da grande multidão de Revelação. Quer ser desta classe? Ou quer ser da classe que Deus convidou?

Lembre-se, todos foram chamados em uma só esperança. Apenas um convite foi feito. Houve a mesma criação pelo Espírito Santo em cada caso e a diferença entre o pequeno rebanho do Sacerdócio Real e a grande multidão dos anti- típicos levitas que serão serventes dos Sacerdotes neste glorioso trabalho do futuro é que um é mais zeloso, mais parecidos com Deus e os outros se afastam. Porque? A Bíblia os descreve - medo da morte. Não sabiam que foram consagrados a morrer? Sim. Sabiam, Entregaram suas vidas e voltaram atrás. Os prazeres da vida, da família, riquezas, o que quer que seja os fizeram voltar. Realmente nunca levaram avante o que seus corações mandava. Queriam fazer isto, viram o exemplo de Jesus Cristo nessa carreira. Viram os apóstolos correndo na mesma carreira estreita. Viram os santificados se precipitarem impetuosamente com muita coragem e não pareciam temerosos da morte, mergulhavam nela e pareciam gostar. Estes outros diziam – Aqui estou eu com medo da morte . Oh, como gostaria de estar com eles. E voltaram com medo da morte e amor ao mundo, não quiseram romper o laço. Olhavam de longe e ficaram absortos no mundo e premidos pelas coisas da vida. As vezes olham para trás e algo chama a atenção deles para o caminho estreito. Oh! Sim, gostaria de estar nesta carreira estreita, quase os invejo! Porque não vai?

Bem, você sabe, não posso. Tenho muitas coisas aqui que me prendem mais do que os outros.
Se amar a Deus mais, amará ao mundo menos. Para começar ,todos amamos o mundo. Portanto isto é um teste para mostrar o quanto amamos o Senhor. O Senhor diz para a classe da noiva: aquele que amar mais o pai, a mãe, ou casas ou terras, ou a sí próprio ou qualquer outra coisa mais do que a Mim não é digno de ser meu discípulo. É assim que estabelece.

Então, estes, caros amigos – pessoas boas, honestas, que amam a justiça, que gostam de dar dinheiro para uma boa causa, que apreciam o viver de modo santo, mas se voltam por medo do que isto vai custar; que fizeram a consagração , contudo não pertencerão a esta classe. Entregaram suas vidas a Deus mas não tiveram fé suficiente, talvez. Mais fé ,diríamos. Jesus diz que se deve trabalhar em harmonia deixando de lado todo fardo e pecado costumeiro e tudo que impeça de correr a carreira com paciência. Mais fé, mais zelo, mais amor. Como conseguimos mais amor? Quanto mais pensamos no Senhor, no que fez por nós, e no seu glorioso plano, mais amor temos Nele.

Bem, talvez alguém diga, é assim que tenho sido, irmão Russel, é assim que algumas vezes tenho feito, me conduzindo no amor de Deus e prezando Seu plano divino. Oh, sim! Naturalmente é suficiente. Mas você sabe que é um vaso terreno , que vaza e que não guarda muito. Muitas vezes precisa vir e permanecer o suficiente diante do trono de Deus da Graça Celestial para obter o fluxo das bênçãos de Deus, de maneira que possa se manter cheio. Não espere orar uma vez por semana e ficar cheio do Espírito. Não acho que poderia orar uma vez por dia e se manter cheio do Espírito. Não esperaria que fosse assim. Acredito que precisamos ir frequentemente ao trono da Graça Celestial. Para que? Para obter misericórdia. Para que misericórdia? Pelas suas imperfeições. Porque ninguém é perfeito. E se não tiver consciência disso e não tiver essas imperfeições lavadas dia após dia, suas vestes não estarão sem mácula quando vier na presença do Grande Rei. Está sendo posto à prova para ver se passa. Essa é a idéia que a Bíblia nos dá. Para começar, sabemos que ninguém é digno Quando vimos à presença de Deus , nos é dada uma vestimenta, uma vestimenta branca representando pureza, cobrindo toda as outras vestimentas que temos. Você sabe , nossas vestimentas são farrapos sujos, ninguém é justo. Seria melhor não contar a ninguém tudo que sabe sobre a sua vestimenta natural. Mas Deus fez um arranjo para que todos aqueles que entram por esse portão estreito e fazem a consagração, e que pertencem a essa Ordem elevada de Sacerdócio, lhe seja dada uma nova vestimenta. Oh ! É bom ter algo limpo, bonito, agradável e saber que agora podemos vir na presença de Deus e figurativamente falando Ele não vê nossas imperfeições. Ficaremos lá como um dos Seus, vestidos na justiça de Cristo. É maravilhoso estar no meio do irmãos do nosso Senhor e saber que estamos todos no mesmo nível, parte da Esquina. Sentir que a vestimenta da justiça de Cristo nos torna membros de uma fraternidade. É algo abençoado. Alguém talvez diga: Conheci um homem que era bêbado há dez anos. Não se importe com o que ele foi há dez anos. Ele veio para esta Ordem elevada e aceita da maçonaria espiritual. Se tornou membro do Sacerdócio Real e usa a farda que lhe foi dada por Deus através de Jesus Cristo, a vestimenta da Justiça de Cristo. Não há nenhuma mancha nessa vestimenta. Ninguém pode dizer nada dele. Todo seu passado está sob o sangue de Cristo que o aceitou e o fez membro dessa maçonaria espiritual. Graças a Deus! É assim que devemos ver uns aos outros. Todos esses maçons espirituais devem se conhecer não na forma da carne mas na forma do espírito.

Mas e a respeito dessa vestimenta, irmão Russel? Pode qualquer pessoa usar a vestimenta Dele? Bem a instrução é que se mantenha as suas roupas sem manchas do mundo. Então vigie, assim que se tornar cristão. Oh, você diz “com tanto pecado no mundo, tantas armadilhas e tentações, como posso me manter longe dos enganos e mau passos, estando tão perto de algo que possa manchar minha roupa? O apóstolo diz para andarmos cautelosamente. Isto quer dizer olhar ao redor , a cada passo que andar. Se estiver aqui nesta fazenda, na casa da cidade, onde vá ou o que faça, deve pensar em como isto te afeta como Nova Criatura - não como isso afetará simplesmente a sua carteira. Quando Ló foi viver em Sodoma, fez uma escolha muito má. Se fosse viver em Sodoma para ter muitas vantagens terrenas estaria fazendo uma péssima escolha. Isso acontece com todos nós. Então os que são nascidos do Espírito e tem estas roupagens da justiça de Cristo deve ser muito cauteloso. O que come? Sim.

Não quer dizer isto , quer? Quero sim.
Quer comamos , quer bebamos, quer vendemos, o que quer que façamos, fazei isto para a Gloria de Deus. Isto é o que diz a bíblia. É desta forma que progredirá e manterá suas vestes sem manchas. Se não for cuidadoso vai manchá-las e mesmo sendo cuidadoso também as manchará. Acha que alguém alem de Jesus , pisou neste mundo de pecados e imperfeições sem que tivesse alguma mancha em sua roupa? Ninguém, exceto Ele. Você tem algumas manchas, eu tenho algumas . Todos tem.

Bem, que posso fazer? Como posso andar pelo mundo , sem mancha. Estar apartado, sem manchas , sem rugas, conforme diz a bíblia, se você mesmo diz que é impossível.
A resposta é que Deus proveu um fluido que tira todas essas manchas. São manchas figuradas e este é um fluido figurado. A bíblia nos diz que o sangue de Jesus Cristo nos limpa de todos os pecados. Caso tenha uma mancha em sua roupa é assim que tem que fazer. Quanto mais honesto, quanto mais amor tiver a Deus, quanto mais apreciar o grande prêmio que é o chamado de Deus, mais diligente se mostrará em manter suas roupas limpas.

O que isto quer dizer?
Quer dizer que toda manhã, se dirija a Deus em oração- talvez muitas vezes no dia, mas no mínimo cada manhã e diga: “ Deus, ajude-me a viver hoje de forma que possa caminhar sem manchas do mundo.

É suficiente , irmão Russel?
Bem, é um começo, caro irmão. A seguir deve vigiar.

O Senhor nos diz que devemos orar e vigiar, então se já orou agora vigie e veja o melhor que pode fazer para se manter longe do todo o pecado.

Quer dizer que não podemos fazer nem metade da fortuna que temos.
Melhor não ter qualquer fortuna. Melhor entrar no Reino, quebrado de alguma forma nas coisas terrenas do que ter muitas riquezas que são lançadas fora por que são inadequadas para ocupar um lugar no Reino.

Bem , e se apesar de tudo ainda tivermos manchas?
Esta é a idéia, caros irmãos, terá manchas apesar de tudo. Talvez, no exato momento em que não estiver pensando, este, portanto, é o mais importante momento. Tentar manter o pensamento nisto, vigiar, vigiar, porque mesmo vigiando ainda assim vai manchar e se não vigiar vai se deparar com tudo que mancha.

Já observou aquelas senhoras que usam vestidos brancos nas ruas? Se usualmente se veste de branco, ela olha cuidadosamente onde pisa e quando encontra algo que possa sujar, arregaça a roupa. Está é a idéia.

Você tem uma vestimenta branca e daqui para frente precisa mantê-la longe das manchas do mundo.

E se manchar, o que fazer?
A coisa certa seria pedir desculpas a Deus, no momento em que perceber e dizer: “ Deus me perdoe, cometi um engano aqui, tentarei ser mais cuidadoso. E então no final da tarde ainda terá oportunidade de dizer algo mais a respeito do assunto, mas deve orar antes de se recolher para dormir, e acontecera que ficará tão ansioso de obter o sorriso de Deus, que possivelmente não conseguirá dormir sem ter certeza que não há nenhuma nuvem entre sua alma e Deus. Esta é a única maneira de se manter perto de Deus. A maneira de manter suas vestes. Não há outro caminho, caros irmãos- nenhuma outro caminho real. Este é o caminho real que o Senhor marcou para todos seus seguidores, os que ganharão o prêmio.

Então no próximo dia, talvez seja a mesma coisa, talvez de maneira diferente. Talvez seja tão igual , que talvez se sinta desencorajado desde a primeira vez. É praticamente o mesmo, mas de forma diferente. Antes de me aperceber lá está a mancha de novo. Se sente um pouco envergonhado da mesma mancha. Porque? Porque tinha dito a Deus que seria cuidadoso e que não faria aquilo novamente, embora estivesse em contato com o problema. Oh! Se sente mal. Que fazer? Há apenas uma coisa a fazer , embora seja a sétima vez, é o que o Senhor nos instruiu através do apóstolo: Ir com coragem-

Oh, irmão Russel – tive a coragem na primeira vez.
Bem irmão, só há uma maneira.
Não posso ir – irmão Russel.
Só há uma maneira de ir com coragem ao trono da graça celestial para obter misericórdia e perdão e achar força, graça, para te ajudar no futuro quando em necessidade. É a maneira de Deus.

Mas, irmão Russel não estou entendendo.
Basta entender que é a maneira de Deus. E assim que Deus age. Além do mais há outra coisa: será humilhado , vai se arrastar no pó. E iremos uma segunda vez, uma terceira vez e uma décima vez. Isto devera nos tornar tão humildes, que sentimos que dificilmente podemos levantar nossos olhos a Deus.

Essa é a única maneira.

Quer deixar essas manchas na roupa? Alguns se enganam e antes que possam limpar uma vez, duas vezes e obter perdão, cometem erros e se endurecem e as manchas se multiplicam. Então , dizem alguns: Estou vendo um monte de manchas na sua roupa.
Sim, todos têm, e tentam esconder as manchas ou não se importam muito – muitos tem mais do que eu, dizem.

Este pensamento está errado. Aquela pessoa não pode se chegar a Deus. É isto que impediu a maior parte das famílias e pessoas individuais – manchas na roupa.

Tem que tomar conhecimento dessas manchas ou vai ficar sujo por inteiro. Se seu robe continuar desse jeito e não limpá-lo, tenha certeza que quando o fim chegar e o Senhor inspecionar Ele não dirá que você está apto a caminhar com Ele , de branco, porque você é justo e que seu robe esta branco e sem rugas , ou coisa do gênero.

Se estiver entre os que tem manchas e rugas, então estará incluída naquela classe mencionada em Revelação – a grande multidão. Haverá muitos deles. Começaram bem, e foram bem até que se achou falta neles e não foram humildes o bastante em aceitar o arranjo de Deus para seus pecados, quebraram a comunhão e os pecados tomaram conta deles. Contudo, ainda amavam a retidão, ainda a preferiam – não preferiram o pecado, não preferiram o diabo e seu serviço – mas mesmo assim não estavam adequados para o Reino. Ninguém está adequado à classe da Noiva exceto aquele que usar vestimentas brancas sem manchas e sem vinco ou qualquer coisa.

Puxa, fico feliz que Deus tem algo para esses caros irmãos! Virão a Deus através de muita tribulação- mais tribulação talvez que teriam tido se tivessem caminhado nas pisadas de Jesus.

Não devemos nos esquecer que ele disse que entraríamos no Reino através de muita tribulação. O pequeno rebanho também passa tribulação, mas eles tem o Espírito de Deus tão abundantemente, que não sentem tanto esta tribulação. Veja o que diz Paulo e Silas . Recebeu trinta e nove chicotadas até que verteu sangue, depois foi esfregado sal nas feridas e mesmo assim ainda cantavam orações a Deus , na prisão. Este é o espírito dos que superaram tudo isso. Acha que sofreram quase tanto quanto outros nas mesmas circunstâncias? Te digo: Não.

Assim é para aqueles que sofrem em Cristo. Eles têm espírito de lealdade e zelo e o espírito da glória de Deus que permanece neles. Compensa tanto saber que aquelas são pequenas aflições em comparação com as bênçãos advindas e que trabalham em nós, muito além de tudo que excede a imaginação a respeito da glória eterna, e olhamos não para as coisas presentes, mas para as coisas não vistas - a glória que excede toda a imaginação.

Confiamos que a medida que pensamos na dádiva do arranjo divino que nosso Pai nos concede, ficamos mais e mais determinados pela sua Graça a obtermos o que Ele nos oferece, e é Ele quem mais se agrada de nos dar o que através da sua Graça será – Conquistadores. Sim a grande multidão serão conquistadores. Lemos que ramos de palmeira lhes são dados. Graças a Deus que terão os ramos da vitória. Se não tivessem a vitória jamais estaria no plano espiritual. Ninguém terá vida eterna a menos que tenha a vitória. Mas ganharão sendo empurrados através da grande tribulação, forçados ao ponto de decidir por Deus ou pelo pecado, e finalmente se decidirão por Deus e serão conquistadores. Que felicidade! Conquistadores diante do trono.

Mais que conquistadores são aqueles que estão no trono que avançam de tal maneira ao prêmio, apresentando seus corpos como sacrifício vivos e sagrados, aceitáveis a Deus e que se deleitam no serviço de Deus, e tem prazer em fazer a vontade de Dele ,assim como o Líder fez. Estes são dignos de serem contados como co-herdeiros no Reino.

Vamos , caros irmãos e irmãs , escolher a coisa sábia. Vamos considerar as outras perdas como escórias e nos empenhar em obter aquela pérola que é o Reino. Lembre-se que Jesus disse que uma vez que deitar os olhos naquela pérola vai e vende tudo o que tem e a compra. Você não pode dar muito para conseguir aquela pérola- o prêmio de nossa Chamada em Cristo.

Extraido do site: www.vigiandoatorre.com