terça-feira, 11 de novembro de 2014

TEXTO APOLOGETICO




PENTECOSTALISMO, NEOPENTECOSTALISMO E O TRABALHO 
DO ESPÍRITO SANTO 
por Solano Portela


INTRODUÇÃO
O pentecostalismo se fundamenta em alguns pontos essenciais básicos, tais como: (1) a identificação do mover do Espírito Santo de Deus; (2) a aceitação de uma categoria de crentes especialmente agraciada pela graça divina; e (3) a precedência da experiência sobre a revelação objetiva das Escrituras, para a formulação de doutrinas.
Nossa compreensão desses pontos, segundo um exame da Palavra de Deus, determina onde nos posicionamos no confuso quadro eclesiástico contemporâneo: se com a interpretação dada pelos símbolos da fé reformada (Confissão de Fé de Westminster e seus catecismos) ou com o evangelicalismo contemporâneo, cuja maior característica comum parece ser a aceitação da doutrina pentecostal cruzando linhas denominacionais.

O propósito deste artigo não é realizar, individualmente, um estudo sobre línguas, cura ou profecias, mas tratar os conceitos básicos do pentecostalismo e os seus reflexos na igreja local. A compreensão doutrinária dessas questões, pode determinar a ênfase da nossa mensagem; os nossos objetivos de vida como cristãos e até a prática litúrgica das igrejas.
Do segundo século até o século dezenove, não existe evidência histórica de que os cristãos fiéis, de teologia ortodoxa falassem línguas estranhas, praticassem a “cura divina” em reuniões ou se guiassem por novas profecias. Todas essas coisas, entretanto, caracterizam o pentecostalismo e o chamado “movimento carismático” contemporâneo, incluindo o neopentecostalismo.
Essa busca pelo inusitado e pelo sobrenatural, fora das prescrições das Escrituras, na história da igreja, sempre foi característica de grupos considerados como heréticos, desde os seguidores de Montanus (montanistas), no segundo século até aqueles liderados por Edward Irving, no século 19 da era cristã.
A história do pentecostalismo moderno é normalmente classificada como tendo ocorrido em três ondas distintas:
a. A primeira onda – Pentecostalismo Clássico. Teve início em 1901, quando a sra. Agnes Ozman, nos Estados Unidos, disse ter recebido o batismo do Espírito Santo e falado línguas. A prática foi incorporada ao movimento Holiness. Um outro evento mais conhecido deu-se em 1906, quando se relatou o falar em línguas em uma igreja na rua Azusa (Azusa Street Mission), estado da Califórnia. Desses dois eventos procede a maioria das igrejas pentecostais históricas, como a Assembleia de Deus e a Igreja do Evangelho Quadrangular.

b. A segunda onda – Pentecostalismo recente ou Renovação Carismática. Semelhantemente ao movimento pentecostal anterior, enfatizou os “dons extraordinários”, com grande ênfase ao “dom de línguas”. A grande diferença é que as linhas denominacionais foram quebradas e a visão doutrinária pentecostal atingiu várias igrejas. O ano de 1960 marca o início desta onda, em uma igreja Episcopal da Califórnia, na qual se observou o falar em línguas. A própria imprensa secular deu destaque ao acontecimento. O movimento, nos Estados Unidos, se espalhou pelas universidades, entre organizações para-eclesiásticas, tais como a ABU. Além de atingir denominações tradicionais, como luteranos, presbiterianos e metodistas, penetrou nos católico-romanos, partindo da universidade de Notre Dame, formando o movimento dos “católicos carismáticos”, que perdura até hoje. A maior característica desse período foi a determinação dos persuadidos pelos ensinamentos pentecostais, a permanecerem nas denominações de origem, “renovando-as”.

c. A terceira onda – O movimento de sinais e maravilhas – o Neopentecostalismo. A designação “terceira onda” foi cunhada por Peter Wagner, em 1983, um dos proponentes do movimento de crescimento de igrejas. Ele escreveu que as duas primeiras ondas continuavam, mas agora o Espírito estaria vindo em uma “terceira onda” com sinais e maravilhas. Temos aqui, também, o surgimento do movimento Vineyard, que conseguiu adeptos e transformou-se em uma denominação, propagando o que ficou conhecido como “evangelismo do poder” (power evangelism) – o evangelho é propagado e demonstrado por sinais e maravilhas sobrenaturais. O dom de línguas, neste estágio, recebeu uma ênfase menor do que o de “profecias”, curas e realização de efeitos especiais e sobrenaturais – muitas vezes sem razão ou conexão aparente – tais como: quedas, risos, urros, dentes de ouro, etc.
No Brasil, essas “ondas” foram quase simultâneas. A Congregação Cristã foi a primeira igreja pentecostal estabelecida, em 1910, seguida da Assembleia de Deus, em 1911. Na década de 1960 tivemos o surgimento do movimento carismático e de renovação, em várias denominações, e, atualmente, vivemos a “terceira onda”, com o neopentecostalismo.
O pentecostalismo e seus derivados contemporâneos se coloca como uma posição doutrinária saudável que sabe identificar o “mover do Espírito Santo de Deus”. Será que essa identificação é bíblica? Será que a fé reformada está deixando de reconhecer o trabalho do Espírito Santo nos dias de hoje?
O neopentecostalismo tem em comum com o pentecostalismo, a ênfase na experiência, e muitas das doutrinas relacionadas com os dons extraordinários (operação de milagres, falar em línguas, novas revelações). O neopentecostalismo, entretanto, é caracterizado por cruzar os limites das denominações pentecostais, formando novas denominações com peculiaridades mais intensas e penetrando nas demais denominações.
O grande ponto de dissociação, entretanto, entre o pentecostalismo e o neopentecostalismo se dá na compreensão da doutrina das Escrituras. A ênfase na experiência, do pentecostalismo, nunca chegou a soterrar totalmente a importância da Palavra e pontos de tensão foram resolvidos, em muitas ocasiões, com a primazia da própria Palavra. Nesse sentido, por exemplo, a insistência inicial na total ausência de estudo bíblico formal (seminários, institutos bíblicos), uma vez que a pregação viria “por revelação”, deu lugar à visão mais bíblica e mais sóbria, da necessidade do estudo e na aplicação ao aprendizado; as próprias “cruzadas de milagres”, populares na década de sessenta, no Brasil, foram suplantadas por estruturas denominacionais mais comprometidas com a evangelização aos segmentos mais esquecidos da sociedade, ao discipulado e à formação de um caráter cristão nos congregados. De “denominação de vanguarda” os pentecostais foram se revelando conservadores em inúmeras doutrinas e, em não raras ocasiões, exercitam a disciplina eclesiástica de forma coerente e bíblica.
O neopentecostalismo, entretanto, abraçou várias ensinamentos próprios – esses nem sempre com respaldo ou analogia bíblica. No neopentecostalismo, é básica a adesão ao espetacular e extraordinário, como sendo características inerentes ao próprio exercício da fé cristã, mas existem outras peculiaridades doutrinárias, tais como:
a. O culto à prosperidade e a busca ávida dessa, como norma de vida.

b. A operação de maravilhas que não têm valor intrínseco ou lógico em si (como o riso desenfreado, o cair pela passagem de um paletó, ou o aparecimento de dentes de ouro).

c. A necessidade de identificação das entidades demoníacas que controlam a vida e os afazeres de uma determinada localidade ou setor geográfico, como condição básica para se ganhar a batalha espiritual que resultará no crescimento da igreja.

d. A utilização de formas linguísticas e chavões que implicitamente possuiriam valor espiritual inerente, devendo ser utilizados de maneira declaratória, nos cultos e concentrações públicas, como parte desta batalha espiritual (“eu o amarro!”, “declaro esta cidade liberta!”, etc.), muitas vezes acompanhadas de orações pré-fabricadas, apresentadas como poderosas em si.

 A identificação de doenças e problemas psicológicos como formas veladas de possessão demoníaca. Nessa visão, todo crente é conclamado a ver como fenômeno sobrenatural problemas que a Igreja sempre tratou como consequências naturais do pecado.
O trabalho do Espírito Santo segue diretrizes bíblicas claras e coerentes com as tarefas da Trindade e isso nos dá uma maneira de reconhecer o Espírito de Deus. O ponto chave, que encontramos na Palavra de Deus é que o trabalho do Espírito Santo é revelar o Filho.
Nesse sentido, temos várias declarações explícitas de Jesus Cristo. Em Jo 14.26 Jesus diz: “o Consolador, o Espírito Santo, a quem o Pai enviará em meu nome, esse vos ensinará todas as coisas e vos fará lembrar tudo o que vos tenho dito”. A atividade aqui descrita do Espírito Santo é, portanto, ensinar e fazer lembrar as coisas que Jesus Cristo disse, isto é: testemunhar da pessoa e obra de Cristo.
Em Jo 16.14 lemos: “Ele me glorificará porque há de receber do que é meu, e vo-lo há de anunciar”. A glorificação é à pessoa de Cristo. A anunciação que o Espírito Santo faz é da obra e da mensagem de Cristo. Disso faz parte, também, o trabalho regenerador do Espírito Santo na conversão dos descrentes.
O Espírito Santo não trabalha, portanto, independentemente da obra de Cristo, como pregam todos aqueles que enfatizam o culto ao Espírito Santo e acabam por desviar os olhos dos fiéis da pessoa de Cristo. O Espírito Santo não vem como “uma segunda bênção”, nem vem realizar fenômenos sem sentido ou fora do contexto revelador de Cristo, tais como curas espetaculares, risos santos, quedas, urros, dentes de ouro ou quaisquer outras maravilhas glorificadoras dos homens que as realizam. Ele vem selar o trabalho de Cristo na vida do crente, abrindo-lhe o coração à conversão, batizando-o com a abençoada regeneração, fazendo morada no coração de todos os salvos, promovendo a comunhão cristã, edificando o Corpo de Cristo, iluminando o entendimento e operando o crescimento em santificação.
Semelhantemente às heresias do montanismo, do segundo século, muitas distorções contemporâneas são fruto de ideias de pessoas, querendo “melhorar” o que Deus estabeleceu em sua perfeição e em Sua Palavra. Assim fazendo, elas superenfatizam a terceira pessoa da Trindade, praticamente tornando a pessoa e o trabalho de Cristo secundários às ações do Espírito Santo.

Logicamente, queremos ter muito cuidado, pois nenhum crente deseja atribuir o poder do Espírito Santo em Jesus Cristo a demônios (Mc 3.22-30). Como reconhecer o trabalho do Espírito Santo de Deus? Três critérios nos auxiliarão:
(1) O fim principal do trabalho do Espírito é a glória de Deus. Cristo, cheio e liderado pelo próprio Espírito, assim especificou – Jo 4.34; 5.19; 5.30; 5.43; 6.38; 17.4. No que diz respeito aos demônios, estes procuram a auto-adoração e própria glorificação (Jo 4.24).
(2) A suprema autoridade do Espírito é a Palavra de Deus: Dt 29.29. Demonstrar mais estima e procura por “revelações ocultas” do que pela revelação bíblica, é um insulto ao Deus todo-poderoso, que nos criou em amor para que o adorássemos e o servíssemos.
(3) A mensagem principal do Espírito é o Evangelho de Deus (At 1.2 e 8).

O movimento pentecostal trouxe à cena evangélica o inusitado e o extraordinário como sendo não apenas parte da realidade existencial, histórica e religiosa da Igreja, mas como objeto de anelo e desejo na vida individual de cada crente. Os ensinamentos do pentecostalismo deixaram a expectativa de que sem estas experiências algo estaria a faltar na vida do cristão. Era necessário se atingir um patamar superior, obter-se uma segunda bênção, elevar-se acima do nível do crente comum. Gerou-se assim uma hierarquia de crentes: os batizados vs. os não-batizados pelo Espírito Santo, ou, utilizando uma outra terminologia: os recebedores vs. os “ainda carentes de uma segunda-bênção”.
A questão da cura divina, trazida pelo pentecostalismo, segue ao longo de linhas paralelas. Ela coloca os crentes em uma escala hierárquica, qualificando o seu cristianismo, fazendo uma divisão entre os que atingiram já um patamar de fé que é suficiente a torná-los recebedores de curas milagrosas vs. aqueles cuja fé é insuficiente ao recebimento destas bênçãos, que estariam reservadas aos mais aquinhoados espiritualmente.
O pentecostalismo prega essa hierarquia dos salvos estranha à Palavra de Deus, tanto na questão do batismo pelo Espírito Santo, como na cura divina, como no “falar em línguas” – áreas às quais os fiéis são direcionados a procurarem como marca de uma espiritualidade genuína. Aqueles que não experimentaram tais experiências são levados a avaliar suas vidas como “fria” ou distanciada do “fogo” saudável do Espírito de Deus.
O movimento carismático e de renovação foi propagado como sendo uma reação sadia à ortodoxia morta das igrejas tradicionais. Inegavelmente, muito fervor real foi despertado no meio de denominações que estavam consideravelmente afastadas da Palavra de Deus e de suas confissões e credos originais. Muitas haviam abraçado ideias heréticas e humanistas do racionalismo teológico. Mesmo considerando a existência de uma guinada positiva em denominações liberais, pela promoção do estudo das esquecidas Escrituras, a procura pelas experiências, estendida a denominações fiéis à Palavra de Deus, teve efeito devastador. Divisões, polarizações, discussões infrutíferas, desprezo aos padrões confessionais, têm sido resultados comumente observados em igrejas atingidas pelo abraçar de doutrinas pentecostais.
A divisão das pessoas, encontrada na Palavra de Deus, com relação ao posicionamento perante o Criador, nos mostra que todos estão subdivididos em salvos ou perdidos; crentes ou incrédulos; os que receberam a fé como dom de Deus ou aqueles sem fé que se encontram no caminho da perdição. Os movimentos, dentro da Igreja, que acrescentam uma terceira categoria de pessoas, no que diz respeito ao status espiritual delas perante Deus: os sobrenaturalmente agraciados com um fenômeno fora do comum, que difere e está além do ato soberano de Deus da salvação, não encontra base bíblica e representa uma carga injusta lançada sobre os fiéis.
O apóstolo Paulo nos ensina, em 1 Co 12.13, que “em um só espírito todos nós fomos batizados”. Note que ele se refere: (1) genericamente, a todos os crentes – sem distinguir uma casta específica (todos nós); (2) no passado – todos nós, que cremos, fomos batizados; (3) esse batismo do espírito Santo caracteriza todos que formam “o corpo” – ou seja, a igreja de Cristo – ele não vem como uma “segunda bênção”. Isso está em harmonia com Ef 4.5 – que nos ensina que há “um só batismo” e Rm 8.9 – que diz: “se alguém não tem o Espírito de Cristo, este tal não é dele”. Todos os eleitos de Deus, como salvos, são chamados das trevas para a maravilhosa luz – essa é a divisão encontrada na Palavra de Deus. Não existe uma hierarquia dos salvos e, muito menos, salvos não batizados pelo Espírito Santo de Deus.
Existe um grande interesse na igreja contemporânea nas manifestações sobrenaturais. Na maioria das vezes esse interesse pelos fenômenos sobrenaturais não procede do sério estudo da palavra de Deus, mas de sentimentos carnais presentes na fraca visão do homem natural. Quando Jesus foi pressionado para que realizasse algum sinal sobrenatural fora do contexto e do propósito soberano de sua missão, apenas para atender o desejo pelo extraordinário, presente na multidão (Mt 12.39), Ele dá o seguinte direcionamento aos solicitantes:
a. primeiro, indica que devem examinar as suas vidas (chama os interlocutores de “geração má e adúltera”)

b. depois, manda que eles se dirijam às Escrituras, à história previamente revelada e escriturada, (devem considerar “o sinal do profeta Jonas”) para obtenção do conhecimento teológico e prático que diziam procurar.
O segmento pentecostal e neopentecostal, ao enfatizar um interesse primário pelas manifestações sobrenaturais, tira o foco da doutrina da providência divina no governo soberano de todas as atividades. Vemos a tendência, na realidade, de abraçar o misticismo característico das massas. A Igreja recebe, então, uma visão destorcida das prioridades de vida, que coloca as questões físicas do homem como alvo de maior preocupação, do que os problemas metafísicos existentes entre o homem pecador e o Deus Santo que o criou. além do físico, do visível, do palpável, do perceptível. Estamos utilizando o termo metafísico como descritivo do campo das questões eminentemente espirituais (como a salvação, o andar em justiça e santidade), em contrapartida às questões físicas (doenças, enfermidades) que, mesmo sendo importantes, estão hierarquicamente abaixo das anteriores (Mt 10.28).
Onde impera o ávido desejo pelo inusitado e pelo extraordinário, as Escrituras vão ficando para trás. Na Confissão de Fé de Westminster (Cap. 1) temos uma das formulações mais completas, detalhadas e fiel, sobre as doutrinas das Sagradas Escrituras. Ainda assim, encontramos pastores, oficiais e membros de igrejas que abraçam esta Confissão, ansiosos pela manifestação de fenômenos sobrenaturais, desejosos de diretrizes fornecidas por novas revelações, como se algo estivesse faltando à própria Palavra de Deus para a expressão plena de suas religiosidades.
Não devemos desejar um cristianismo racional no qual o sobrenatural é ignorado, nem gerar um ceticismo às atividades das hostes das trevas. Mas devemos procurar manter o sobrenatural dentro da perspectiva que a própria Palavra nos ensina. A maior ação sobrenatural de Deus é o milagre da salvação: seu Espírito regenerador, criando uma nova vida dentro de nós. O governo soberano de Deus, pelo qual ele cumpre os seus propósitos na história, é o grande alicerce de magnifica espiritualidade e sobrenaturalidade da nossa religião – por que desprezar esse conhecimento e essa convicção (Is 8.16-20)? Por que a busca pelo inusitado, pelas intervenções solicitadas ao nosso serviço e por nossas necessidades?
Na parábola do mendigo Lázaro, (Lc 16.19-31) o rico, após tomar pleno conhecimento das realidades espirituais, entre elas a do fogo eterno, da condenação e das tormentas, pede uma maravilha ao reino dos céus, representado na pessoa de Abraão. Ele quer um fenômeno extraordinário – gostaria que o mendigo Lázaro, agora com Abraão, fosse ressuscitado e pessoalmente voltasse à terra dando testemunho daquelas realidades espirituais aos seus cinco irmãos.
Na sua perspectiva, um depoimento advindo de uma manifestação tão espetacular certamente faria com que seus parentes acreditassem na mensagem da verdade. Abraão responde que eles têm as Escrituras (Moisés e os profetas) e se, com os corações endurecidos, não respondem ao claro e objetivo ensinamento delas, não será o grande fenômeno da ressurreição que gerará a credibilidade necessária à salvação.
Essas palavras eram também proféticas. Deus operou um fenômeno impossível às suas criaturas, ressuscitando Jesus Cristo ao terceiro dia, mas as pessoas submersas em seus pecados continuam a rejeitar a mensagem das Escrituras, mesmo após a ressurreição.
Porque a nossa geração deve retratar a própria atitude, condenada pela parábola – que os fenômenos extra-naturais é que conduzirão as pessoas à Cristo – quando ele próprio nos aponta para as Escrituras (Jo 5.39)? Por que desprezarmos o grande fenômeno, bíblico e historicamente comprovado, da ressurreição de Cristo, procurando manifestações duvidosas contemporâneas?




segunda-feira, 3 de novembro de 2014

ESCLARECENDO A ESCATOLOGIA BÍBLICA

DAS DISPENSAÇÕES A VIDA ETERNA
Introdução
Para esclarecer melhor aqueles que se dedicam ao estudo da Bíblia, a palavra de Deus.
Através deste trabalho que o Deus dos céus me inspirou a escrever eu quero trazer aqui alguns esclarecimentos relacionados a as dispensações e sua trajetória até chegarmos à vida eterna, escrita de uma maneira simples e fácil de assimilar o seu conteúdo escrito, então vai esclarecer um pouco sobre as sete dispensação Tal como: Inocência, Consciência, Governo Humano, Patriarcal, Lei, Graça e o Milênio.
Quero dá mais ênfase as três últimas, pois elas são escatológicas principalmente o milênio.
Dispensação o que significa; é um período de tempo em que o homem é experimentado, em relação a sua obediência a alguma revelação especial da vontade de Deus tanto Permissiva como diretiva.
Veja as sete dispensação:
Dispensação da Inocência
                      Dispensação da Consciência
          Dispensação do Governo Humano
          Dispensação Patriarcal
          Dispensação da Lei
          Dispensação da Graça
          Dispensação do Reino (Milênio)
          Estudaremos cada uma delas, inserido em todo o contexto das dispensações citadas, e terá uma boa parte da escatologia Bíblica.
          O que significa escatologia? Doutrina das últimas coisas, estuda o fim do mundo presente (Escaton) e o mundo vindouro.





          Para falar das dispensação temos que falar um pouco da origem e do caos da terra.
          Antes de entrar no assunto referente à dispensação, quero comentar um pouco o versículo dois do Capitulo 1 do livro do Genesis. Veja o que diz o texto: “A terra era sem forma e vazia; havia trevas sobre a face do abismo; e o espírito se movia sobre a face das águas.”.
          Ouve-se muitas pessoas dizer que o primeiro pecado ocorreu no céu. Isso não é verdade, pois o céu nunca foi profanado ou maculado por nenhum mal que se possa imaginar. O primeiro pecado aconteceu na terra na rebelião de lúcifer, veja o que diz Isaias 14:13” E tu dizias no teu coração: eu subirei ao céu, acima das estrelas de Deus, exaltarei o meu trono, e no monte da congregação me assentarei da banda dos lados do norte.” Se o primeiro a pecar foi lúcifer, então ele pecou quando estava na terra, e não no céu por que quando ele disse “eu subirei” dá-se a entender que ele estava na terra.
          Então se estava na terra, em que parte da terra ele estava e o que fazia lá? É justamente neste ponto onde queremos chegar. Veja o que diz Ezequiel Ezequiel. 28:14” Tu eras querubim ungido para proteger, e te estabeleci, no monte santo de Deus estavas, nomeio das pedras afogueadas andavas.” Mas no versículo 13 veja o que diz o profeta: “Estavas no Éden, jardim de Deus, veja que depois de analisarmos os textos de Ezequiel”. 28:13-14 e Isaias. 14:13-16 tiramos a conclusão que em Ezequiel 28 o rei de Tiro é o alvo da profecia, e que lúcifer está sendo personificado neste rei profano e orgulhoso.
          Pelo que depredemos da Bíblia o Éden do capitulo 28 e verso 13 de Ezequiel, é o mesmo Éden de Adão no capitulo 2 e verso 8 de Genesis veja o que diz “E plantou o Senhor Deus um jardim no Éden, da banda do oriente: e, pois ali o homem que tinha formado.” O Éden referido por Ezequiel é o anterior ao de Adão.
          “Em Genesis está escrito” Ora, e plantou o Senhor Deus um jardim no Éden. Se Moises disse no Éden então o Éden já existia.
          O jardim de Ezequiel 28:13 é um reino mineral, onde há todas as pedras preciosas. Com o pecado de lúcifer, não somente este reino, mas toda a terra tornou-se um caos, ficando sem forma e vazia como é apresentada em Genesis 1:2. É difícil saber quanto tempo a terra ficou nessa situação.
          Um dia Deus reforçou a terra, e naquele jardim onde antes era a habitação de Lúcifer, o Senhor Deus plantou um jardim que ao invés de ser adornado de pedras, ele criou um verdadeiro pomar. Um dia Lúcifer ao passar por ali, viu que sua antiga morada está sendo de outro.


          Observe que o pecado de Lúcifer se deu no momento e que ele se orgulhou de ser o era, conforme está escrita em Ezequiel 28:17 e ai a consequência desse orgulho está escrito em Isaias 14:14. Ele quis ser igual ao Altíssimo ao perceber o seu resplendor, e foi abatido ao mais profundo abismo.
AS DISPENSAÇÕES
          A dispensação da Inocência
          Seu início foi na criação e se estendeu até a queda de adão. Adão e Eva sua esposa eram como crianças, no que diz respeito a malicia e a maldade, ou seja, não tinha malicia. Esta dispensação terminou com o julgamento e expulsão do casal do Jardim do Éden Gn. 3:7, 24.
          Lugar de suplicio:
          A morte entra na raça humana após o pecado do homem. Ai temos que falarmos um pouco sobre o Hades que é citado no Antigo Testamento e no Novo Testamento, antes de falarmos sobre a segunda dispensação.
          No presente texto iremos focalizar algumas similaridades da palavra “Hades” e seus equivalentes, tais como: Inferno, Sheol, Geena, abismo, Queber, Abadom, Tártaro, poço do Abismo, Lago de Fogo, etc. Alguns desses termos são sinônimos, que traz uma clareza maior e um vislumbre para o significado geral.
Definição Geral
          “A palavra “Hades” se deriva do “iden”, para se ter um significado temos que ver o prefixo do negativo “a –” e, assim significa o invisível, seu sentido primário, segundo os lexinlinguisticos semíticos, leva o sentido de o “além” ou o” reino dos mortos. Nos escritos de Homero (poeta cego da mitologia grega) Hades, ocorre (na forma de Aides) como nome próprio de deus de outro mundo. No conceito bíblico porem, especialmente no AT, Hades ocorre mais de 100 vezes, na maioria das vezes para traduzir o hebraico “Sheol”, o mundo subterrâneo que recebe os mortos.
          É uma terra de trevas, onde não há lembrança de Deus conf. (João 10:21, 22 Salmos. 6:5; 30:9; Provérbios. 1:12; Isaias. 5:14).
          No NT Hades ocorre dez vezes, e isto somente em Mateus, Lucas, Atos e Apocalipse. Nos demais escritos ocorrem outros termos, tais como Abismo, Inferno, Geena, Lago de Fogo, etc.
          No conceito bíblico da compreensão cristã, Hades jaz “dentro da terra”, de tal forma que há uma descida para chegar até ele. (Mateus 11:3; Lucas. 10:15; I Pedro. 3:19). O coração da terra.
          Quando se aplica restritamente esta palavra Hades, nunca se refere a “sepultura”, como outros termos fazem em algum sentido especial; Hades é tomado sempre para descrever o lugar sombrio dos mortos (sem cristo), entre a morte e a ressurreição.
          Tem o sentido de escondido apalavra encontra-se em Mateus. 11:23; 16:18; Lucas. 16:23; Atos.2:27, 31; Apocalipse.1:18; 6:87 esses textos tratam o Hades equivalente ao “Sheol” no AT.
          Antes da Ascenção de Cristo, as escrituras dão a entender que Hades consistia de duas partes: o lugar dos salvos e dos perdidos. A primeira parte chamada “paraíso” e o seio de Abraão, ambas as expressões vem do Talmude dos Judeus, mais foram empregado por cristo e Paulo, em Lucas. 16:22;23;43; II Corintios.12:1-4, respectivamente.
          Os mortos benditos estavam com Abraão, eram conscientes e eram consolados Lucas. 16:25. Um homem que representava os perdidos no Hades era o rico de Lucas. Lucas. 16:23. Ele estava consciente, senhor de todas as faculdades mentais, e em tormentos, etc.
          No que tange a sua mudança dissera C. I. Scofield declara o que segue: Hades depois da acessão de Cristo; no que diz respeito aos não salvos, escrituras não revela nenhuma mudança no seu lugar ou estado. No julgamento do grande trono branco, o Hades comparecerá julgado e passarão ao lago de fogo e de enxofre. (Apocalipse. 20:13, 15).
INFERNO
          A palavra em foco como termo designativo aparece 30 vezes na Bíblia dez no AT e vinte no NT. Entretendo, temos de dizer que a palavra inferno na bíblia é uma tradução de no mínimo três palavras. Sempre          que a palavra aparece no AT, trata-se sem exceção de sheol, descrevendo, o lugar onde os mortos permanecem até a ressurreição final. No NT, a palavra “inferno” aparece 20 vezes, mas no mínimo sete delas trata-se da tradução da palavra Hades, lá não somente será escuro, mas quem domina é as trevas mais profundas. Não haverá lugar que esteja tão distante de Deus, e nem mesmo o menor raio de luz chega até esse lugar, lá não tem nenhuma centelha de esperança, mas vivará em eterna separação de Deus, no lugar onde o salvador diz “ali haverá pranto e ranger de dentes”. Esse lugar é uma prisão tenebrosa veja o que diz em I Pe. 3:19 é como uma cidade que tem ferrolhos, Mateus. 16:18; Apocalipse. 1:18, tanto no AT como no NT, nunca tomam estas palavras: Inferno, Sheol e seus equivalentes, como detenção final dos perdidos, porem o Novo Testamento traz o segundo sentido que é Geena e Lago de Fogo.




Como termo teológico, este vocábulo descreve o estado de uma existência longe de Deus e da Bem-aventurança eterna.
          Veja os termos:
1º Fogo Eterno Mateus. 25:41
2º Trevas Exteriores Mateus. 8:12
3º Tormento Apocalipse. 14:10,11
4º Castigo Eterno Mateus. 25:46
5º Ira de Deus Romanos. 2:5
6º Segundo Morte Apocalipse. 21:8
7º Eterna destruição, banido da face do Senhor II Tessalonicenses. 1:9
8º Inferno Lucas. 16:23
          Alguém uma vez falando do inferno disse: “O inferno é uma necessidade moral universal. Sem ele os ímpios não se corrigiam e os justos não se arrependiam”.
O SHEOL
          As escrituras usa também a presente expressão para denotar a parte do Hades onde ficavam ou para denotar aonde iam às almas dos falecidos.
          Antes da ressurreição de Cristo, todos os justos após a morte desciam ao paraíso, que naquele tempo constituía um compartimento do sheol. Entende-se que Efésios. 4:8-10, indica a ocasião de mudança: subindo ao alto, levou cativo o cativeiro. Acrescenta-se imediatamente que Cristo, tinham primeiro, descido as partes mais baixas da terra, isto é a parte do Sheol que era o paraíso. Algumas versões equiparam sheol (mundo invisível) com Queber (sepultura), mas devemos ter em mente que não é a mesma coisa; Sheol vem sempre citando no singular, ao passo que Queber vem sem no plural. De acordo com os Rabinos, no AT, “Sheol” era o lugar para onde iam os mortos. Por isso muitas vezes vem a ser o equivalente apenas de tumulo ou sepultura, onde toca a atividade cessa; o termo para onde toda a vida humana caminha Genesis. 42:38; Jô 14:13; Salmos. 88:3. Para o homem natural que, necessariamente julga por aparência, Sheol não aparece ser mais que um tumulo, o fim e cessarão total, não somente das atividades da vida, mas a própria existência Conf. Eclesiastes 9:5,10.
          As escrituras porem vai mais além e revelam ser Sheol não apenas um lugar, mais, sobretudo um lugar de pena II Samuel. 22:6; Salmos. 18;5; 116;3, onde os iníquos são lançados Salmos. 9;17 e onde estão conscientes Isaias. 14:9-17; Ezequiel. 32:21 assim concluo dizendo que o Sheol no Antigo Testamento é o Hades do Novo Testamento.
QUEBEC
A palavra QUEBER (hebraica) que comumente é usada no Antigo Testamento é corretamente traduzida por sepultura ou cova, e tumulo. Assim podemos deduzir que, a palavra Sheol aparece sempre no singular.
A bíblia não se ocupa de Sheoles, mas de Sheol. Por outro lado, a palavra hebraica para designar sepultura ou sepulcro e mesmo Quebec. Não há um único exemplo de uma alma descesse ao Quebec ou de um cadáver fosse ao Sheol.
O Quebec é o lugar do sepultamento de um corpo sem vida; o Sheol (é agora para os maus) o receptáculo do espírito que tem deixado o corpo. Quebec abriga ou recebe cadáveres vemos isso 37 vezes (I Reis. 13: 30), enquanto que o Sheol jamais recebe corpos (com exceções de Coré e seu grupo, a besta e seu consorte).
As escrituras nos deixa a entender que há um Quebec (sepultura) para cada indivíduo, 44 vezes (II Samuel 3: 32; II Coríntios. 16: 14). O Sheol é sempre o lugar onde há muita gente. O homem coloca o corpo no Quebec 33 vezes (II Samuel 21: 14), mas somente Deus envia o homem ao Sheol (Lucas. 16: 22,23).
O homem escava o Quebec (Sepultura), seis vezes, mas jamais apalpa o Sheol.
O homem apalpa o Quebec (sepultura). Cinco vezes, mas jamais apalpa o Sheol. (Genesis 50: 5).
Concluímos, portanto que o uso da palavra Quebec prova que ela significa sepultura, que acolhe o cadáver, enquanto que Sheol acolhe a alma do homem sem Deus, após sua morte.
O Abismo – poço do Abismo – Tártaro.
Assim como na terra e no mar, existe também no mundo invisível a “região abissal”. Este “abyssos” é realmente um adjetivo, com significado de “sem fundo”, “insondável”. Empregado isoladamente com o substantivo “gê” “terra” subentendendo, significa “lugar sem fundo”, e, portanto um Abismo. No grego da Septuaginta, a palavra representava as “profundezas primevas”, “oceanos primevos”, ou o reino dos mortos, ou ainda o mundo inferior. Ocorre 25 vezes na septuaginta, mormente para traduzir o hebraico “tehom”, isto é “o oceano primevo” (Gn. 1: 20) “aguas profundas”, Salmos. (42: 7), o “reino dos mortos” (Salmos 71:20).
O Judaísmo e até escritores helenistas conservaram o significado de “diluvio primevo” para Tehom. Esta palavra, no entanto, também representa o “interior da terra”.
O novo Testamento, esta expressão é equivalente a “Hades, Sheol” e outros termos que são traduzidos dentro do mesmo conceito. São palavra usada tanto pelos escritores do Antigo Testamento como do Novo Testamento.
Não só há alusão ao “Abismo”. Nas de um modo singular e específico, há também alusão ao “Poço do Abismo” (Ap. 9: 2). Alguns estudiosos traduzem a presente expressão por “Fenda do Abismo”, isto é, porque o termo grego (phear) tem esses sentidos.
Já entre os gregos o “Abismo ou Abyssaus” (grego) ou poço do Abismo, ou Tártaro e a escuridão onde está localizada a prisão dos espíritos maus (Judas. 6). A passagem de Apocalipse 9: 2, não se referem apenas ao Abismo, mas ao poço do Abismo, isto é o mais interior da cova (Ezequiel 32: 23); ali, pois por expressa ordem de Deus, estão aprisionados os poderosos que zombaram de Deus na “terra dos viventes”.
Ezequiel diz que sete nações desceram ali e que “seus sepulcros foram postos no mais interior da cova”. (Ezequiel 32: 18,21).
Nas epistolas de Pedro e Judas, encontramos anjos ali aprisionados (II Pedro 2: 4 e Judas 6) no conceito Teológico, bíblico, esse é um lugar chamado “região tenebrosa e melancólica, onde se passa uma existência consciente, porem triste e inativa”.
LAGO DE FOGO – SEGUNDA MORTE
O lago de fogo (Apocalipse. 20:14) e seu equivalente da segunda morte devem ser tomados como sinônimo de “Geena”. É este o lugar onde o bicho não morre e o fogo nunca se apagam (Mc. 9: 46).
A palavre hebraica primitiva que descreve esse lugar o Antigo Testamento é “tofete” (Isaias 30: 33; Jeremias 7: 31,32). Mas a palavra grega é “Geena” este lugar tenebroso tem vários sinônimos ou equivalentes:
O fogo eterno Mateus 18:8; 25:41.
O fogo inextinguível Mateus 3: 12; Marcos 9: 44-48
O fogo e o verme Marcos 9:48
A fornalha ardente Mateus 13:42
O lago de fogo Apocalipse 20:14
Fogo e enxofre Apocalipse 14:10; 19:20; 20:10. De acordo com Genesis 19:14; Salmos 11:6; Ezequiel 38:22, este foi o castigo de Sodoma e Gomorra.
Nos elementos doutrinários; as trevas exteriores (Mateus 8:12; 22:13; 25:30); o a castigo eterno (Mateus 25:46) etc.
Jesus empregou o termo Geena 11 vezes, sempre no sentido literal. Ali sempre havia fogo aceso, servindo dessa maneira para figurar o Lago de Fogo que arde eternamente. A palavra encontra-se em Mateus 5:22,29, 30; 10:28; 23:15,33; Marcos 9:43,45,47; Lucas 12:5; Tiago 3:6.
Em cada caso com exceção do último, a palavra sai dos lábios de Jesus em solene aviso das consequências do pecado. Ali era o lugar onde era jogado o lixo. Isso corresponde a um lugar com mau cheiro, fumaça e odores de putrefação que se encontra fora das cidades. O significado do pensamento combina com as palavras de Jesus, quando descreve esse lugar (“onde o seu bicho não morre, e o fogo nunca se apaga”).
VOLTEMOS AS DISPENSAÇÕES.
Dispensação da Consciência
Esse dispensação começou no Genesis, e durou cerca de 0 a 1.656 anos A.C compreende desde a queda do homem até o diluvio. (Genesis 7:21-22). Pela desobediência o homem chegou agora a ter um conhecimento pessoal e experimental o bem e do mal. Expulso do Éden, e posto sob a segunda Aliança, a Adâmica, o homem era responsável para fazer todo o bem que conhecia e se abster de todo mal que lhe cercava, e de aproximar-se de Deus mediante o sacrifício.




O resultado da segunda dispensação é declarada em Genesis 6: 5 está terminou com julgamento do diluvio, sobre o mundo dos Ímpios.
Dispensação do governo humano:
Esta dispensação começou em Genesis 8:20 e perdurou cerca de 427 anos. Desde o tempo do diluvio até a dispensação dos homens sobre a superfície da terra, sendo consolidada com a chamada de Abraão (Genesis 10:25; 11:10-19; 12:1). Noé era o pai do século pós-diluviano, do mundo presente.
Dispensação Patriarcal ou Promessa:
Esta dispensação teve início com a Aliança de Deus com Abraão cerca de 1.963 A.C, ou seja, 427 anos depois do diluvio. Sua duração foi 430 anos. Essa dispensação se estende de Genesis 12:1 até Êxodo 19:8. Era exclusivamente Israelita.
Dispensação da Lei
Esta dispensação cerca de 1.430 anos. Do Êxodo do Egito até a Crucificação do Cristo. Ela teve início em Ex. 19:8 confirmado em João. 1:17 que diz “A lei foi dada por Moises” aqui começou a dispensação da lei; inicia-se no Sinai e termina no Calvário – do Êxodo a Cruz! (Romanos. 10:4; Cl 3:24-25). Israel sempre violou a lei tendo como resultado o cativeiro e exílios, mas a dispensação.
Dispensação da Graça:
Esta dispensação começou com a morte e ressurreição de nosso Senhor Jesus Cristo, tal qual Moises foi mediador da Aliança mosaica, assim Também foi o mediador da nova Aliança. (Hebreus 8:6; 9:15; 12:24). Com a vinda do Senhor a antiga Aliança terminou com Paulo afirmando e Romanos 10:4; Colossenses 3:9. A Graça do Senhor nosso Deus em Jesus Cristo encontra os pecadores e os justifica, Perdão dos pecados Justificação e redenção Colossenses 2:13
Quero lembrar que a Graça não anulou a Lei antes cumpriu –a.
Os mandamentos como exceção do 4° (o Sábado) foram repetidos na nova Aliança.
A dispensação da Graça foi denominada indiretamente por Paulo como a plenitude dos Gentios Romano 11:25.
O MILENIO – A RESTAURAÇÃO DE ISRAEL E A IGREJA
Antes de abordarmos a sétima dispensação o (Milênio), abriremos aqui um intervalo para fazer um minucioso estudo sobre vários pontos, que as escrituras relatam, e são raramente comentados, mas são de grande importância.
Na dispensação da lei, encontra-se a representação do Templo, e é citado Daniel 9:24-26.
É a partir deste ponto é que vamos fazer nosso comentário.
Daniel tratando disso fala de “70 semanas”: “setenta semanas estão determinadas sobre o teu povo, e sobre a tua santa cidade, para extinguir a transgressão, e do fim aos pecados, e para expiar a iniquidade, e trazer a justiça eterna, e selar a visão e a profecia, e para ungir o Santo dos Santos. Sabe e entende: desde a saída da ordem para restaura e para edificar Jerusalém, até o Messias, o príncipe, sete semanas e sessenta e duas semanas: as ruas e as tranqueiras se reedificarão, mas em tempos angustiosos. Depois das sessenta e duas semanas será tirado o Messias, e não será mais; e o povo do príncipe que há de vir destruirá a cidade e o santuário, e o seu fim será com uma inundação; e até ao fim haverá guerra: estão determinadas assolações”. Daniel 9:24-26.
No ano de 445 a.C Artaxexes, entregou a Neemias a ordem de reconstruir Jerusalém. Ora calculando estas semanas, ou uma semana com sete anos, verificamos que o primeiro período de 49 anos nos levará ao ano de 396 a.C. (as sete semanas 445-396=49 anos).
As setenta e duas semanas, ou seja 434 anos, contando desde o ano 396 a.C. Nos levam ao ano 32 d. C. sendo essa mais ou menos a data que segundo historiadores, nosso Senhor se apresentou aos chefes de Jerusalém no “domingo de ramos”, e foi rejeitado e crucificado aquela semana. Cumprindo – se em Lucas. 23: 67-71(as sessenta e duas semanas. 396-434 -38+5= 33 (5 anos de diferença de calendário.) passando-se sete semanas mais sessenta e duas semanas, seria tirado o Messias.
O Messias foi tirado quando Jesus morreu, ressuscitou e subiu aos céus. Cumprindo-se esta parte. Faltou uma semana. Quando Jesus rejeitado pelo seu povo. Veio para o que era seu, seus não o receberam” João. 1:11, parou a contagem do tempo da profecia.
O relógio de Deus é o povo Judeu. Quando a nação israelita está fora de seu plano, o relógio para.
Jesus disse: “o relógio de Deus vos será tirado, e será dado a uma nação que de seus frutos” Mateus 21:43. Apareceu a igreja para todos os povos, como um parêntese na história, que não foi vista pelos Profetas. Com a saída da igreja o relógio de Deus começa a trabalhar.

A última semana de Daniel é o intervalo entre as duas fases da vinda de Cristo; e é o tempo do governo do anticristo.
A prova de que Daniel fala de sete anos, é que a mesma profecia vem noutras passagens, empregando outras palavras que indicam anos em (Daniel. 9:26) “o príncipe que há de vir” faz um concerto por uma semana, e na metade da semana quebra o concerto, e é nessa ocasião que o anticristo persegue os Judeus.
A vinda de Cristo
1ª fase da segunda vinda
O arrebatamento da igreja
A vinda de Cristo Jesus tem uma Tríplice relação: a Igreja (para o arrebatamento) a Israel (para seu preparo em receber o Messias sete anos depois) e as nações (para o Milênio). A tríplice divisão natural é depreendida de (I Tessalonicenses 4:16) que expressa o significado do argumento quando diz:
O alarido (a Igreja)
A Voz do arcanjo (a Israel)
A trombeta de Deus (as Nações)
Em relação à Igreja. Para com a igreja, a descida do Senhor aos ares para ressuscitar os que dormem e transformar os crentes vivos é apresentada como constante expectação e esperança (I Coríntios. 15:51-52; Fl. 3:20; I Tessalonicenses. 4:14-17; I Timóteo. 6:14; Tito. 2:13; Apocalipse 22:20).
Para Israel. Para o povo escolhido, a vinda do Senhor é predicada para cumprir as profecias que dizem respeito ao surgimento nacional, a sua conversão, e estabelecimento em paz e poder sob o pacto Dravídico (Amós 9:11-12; Atos 15:14-17).
Para as Nações. No caso das Nações a volta do Senhor e predicada para consumar a destruição do presente sistema político universal (Daniel 2:44-45; Apocalipse 19:11). Sendo, porem que os dois últimos acontecimentos relacionados como Israel e as Nações só terão lugar sete anos depois do arrebatamento da Igreja por Jesus Cristo.


DESENVOLVENDO O ARGUMENTO
A volta do Senhor, que diz respeito à sua primeira vinda (fase), se destinará apenas a sua igreja, e é chamada de encontro veja I Tessalonicenses. 4:17. A palavra arrebatamento não se encontra graficamente falando, nas passagens que descrevem o momento do arrebatamento da igreja, mas a ideia do termo está em frase inserida.  Isto é, no contexto que diz: “... seremos arrebatados”.
A presente expressão obedece a seguinte sentença: “tirar”, “arrancar”, “levar”, “afastar”,” tirar com força” ou por violência”, “impelir”, “suprimir”, “elidir”, etc. Todas estas expressões designam, fundamentalmente, o translado de um coisa de um lado para outro ou de uma dimensão inferior para outra superior.
Encontramos no Novo Testamento cinco termos técnicos da língua grega que descrevem a manifestação de Cristo em suas duas fases futuras: Arrebatamento e Parousia e cada uma delas exemplificadas com passagens bíblicas:
Optomai (aparecer).  “Assim também Cristo, oferecendo-se uma vez para tirar os pecados de muitos, aparecerá a segunda vez, sem pecado, aos que esperam para salvação Hebreus 9:28.
Ercomai (vir) “E, se eu for, e vos prepara lugar, virei outra vez, e vos levarei para mim mesmo, para que onde eu estiver estejais vós também” João 14:3.
Epphanos (aparição). “Que guardes este mandamento sem macula e repreensão, até a aparição de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo” I Timóteo 6:14.
Apokalypsis (revelação, desvendamento) de maneira que nenhum dom vos falta, esperando a manifestação de nosso Senhor Jesus Cristo I Coríntios 1:7.
Parousia (presença ou vinda). “E então será revelado o iniquo, a quem o Senhor desfará pelo sopro de sua boca, e aniquilara pelo esplendor da sua vinda” II Tessalonicenses 2:8.
Aqui veremos a ocasião da parousia de Cristo. Será no fim da grande tribulação, e efetivamente, terminara esse período de aflição.
O aparecimento do Rei será acompanhado de sinais que não deixarão ninguém em dúvida sobre o que vai acontecer Mateus 24:29. Isto significa que a volta do Senhor, portanto terá efeitos opostos e resultados positivos: (para os santos) e negativo: (para os incrédulos). Os efeitos serão sentidos sobre amigos Mateus 24:31, e sobre os inimigos Mateus 24:30 tristeza e alegria, gemidos e adoração, medo e delicias. Ele não virá como veio da primeira vez, em fraqueza (a fraqueza de Deus) e humildade, mas em gloria e poder Ap1:7; 19:11-21.
O encontro.
Em (I Tessalonicenses 4:17), a palavra “arrebatamento” tem o mesmo sentido no grego que “nosso encontro” em (Atos 28:15) onde lemos: “... ouvindo os irmãos novas de nós, nos saíram ao encontro a praça de Apio e as três vendas. E Paulo vendo-os deu graças a Deus, e tomou animo”.
A palavra encontro, neste sentido, significa literalmente “sair” a fim de voltar com alguém. Somente duas passagens focalizam essas palavras com tal sentido, a saber: no trecho de (Genesis 24:63-67 e Mateus 25:1,6).
Na passagem de Genesis descreve-se o encontro de Rebeca com Isaque e na passagem de Mateus ilustra o encontro da Igreja com nosso Senhor Jesus Cristo.
Para Israel. A volta do Senhor no que diz respeito a sua segunda fase (Parousia) se destinara especificamente a Israel, mas as Nações, de certo modo, estão envolvidas no acontecimento.
Prenunciando a volta do Senhor nos ares, Israel é representado na figura que brota. “Aprendei pois esta parábola da figueira: e quando já os seus ramos se tornam tenros e brotam folhas, sabeis que está próximo o verão” (Mateus 24:32). As parábolas foram métodos de ensino muito usado por Jesus. As parábolas são estórias que transmitem instrução, comunicando geralmente um ponto importante.
O ponto enfatizado na parábola da figueira contada por Jesus tem como objetivo ensinar-nos a identificar um “período de tempo geral”.
Quando as folhas da figueira começam a brotar, sabemos que o verão se aproxima. Ainda hoje em Israel a natureza da figueira continua a mesma. Tão somente quando as arvores ali brotam, anunciam a vida da primavera, assim estes sinais anunciarão a volta do Rei em gloria.
A figueira nesta passagem e em outras do mesmo gênero é Israel (Lucas 13:6-9). “A nação judaica é comparada a três arvores nas Escrituras Sagradas:
A vinha (Isaias 5:1-7), este foi o conceito de Isaias e de outros profetas do Antigo Testamento.
A oliveira (Romanos 11:17-20) este foi o conceito de Paulo por amor de seu argumento.
E a figueira (Marcos 13:28), este foi o conceito de Jesus em relação a Israel. Antigamente a nação era como uma “vinha frutífera” depois um figueira estéril, e mais tarde na vinda do Rei uma “oliveira florescente”.
O Senhor Jesus já no entardecer de seu ministério terreno exporta-nos a observar os acontecimentos por virem na vida de Israel e depois acrescenta: “Olhai para a figueira, e para todas as arvores” (Lucas 21:29). Ora, a partir do ano 70 D.C., a figueira secou-se de acordo com as palavras proféticas de Jesus (Lucas 13:8,9), e durante quase dois mil anos que se seguiram, a nação de Israelita se transformou profeticamente falando num montão de ossos secos” (Ezequiel 37:1,2,11). Esses ossos como diz o profeta do Senhor, seria espalhados na face de um grande vale (o mundo), e ali seriam absorvidos pelas sepulturas (as nações) (Ezequiel 37:12).
Mas apesar de tudo, a promessa de Deus é de restauração e em 1948, a figueira começa a brotar, a as sepulturas (as nações) devolvem a Israel não só seus filhos, mas também a sua terra, e de lá para cá, o grande progresso na vida deste povo são os brotos, preditos por nosso Senhor quando falou sobre o futuro (Mateus 24:33).
Mas segundo os ensinos de Jesus, não só a figueira (Israel) seria alvo das profecias, mas todas as arvores haviam também de brotar (Lucas 21:29). As escrituras são proféticas e se combinam entre si em cada detalhe! Todas as nações que margeiam Israel vêm, de uma maneira ou de outra, sentindo um certo progresso. Isto prenuncia a vinda do Senhor, que continua dizendo: “Não passara esta geração...”
A posição de Cristo
No plano mais amplo de seu ministério mediatorial, Cristo está agora assentado no céu “aguardando”. O grego “ekõexouai” transmite o significado de alguém esperando o recebimento de alguma coisa vinda de outro. Isto mostra Cristo agora na atitude de alguém que está esperando; encontra-se revelado em (Hebreus 10:12,13). Ele está entronizado e pacientemente aguarda o tempo certo e a ordem do pai. Mas enquanto isso não acontece, ele está exercendo sua tríplice função:
I.                    Concessor de dons (Efésios 4:7-16), e o diretor do seu exercício (I Coríntios 12:4-11), e conforme tipificado pelos sacerdotes do Antigo Testamento que consagravam os filhos de Levi (Êxodo 29:1-9), Cristo está incessantemente ativo no Céu. Em relação a isto, todo o campo de serviço fica adequadamente apresentado e a que deve ser notada entre a atividade universal tríplice do crente como sacerdote e o seu exercício diário.
II.                 Intercessor, Cristo continua o seu ministério no Céu, o qual começou aqui na terra (João 17:1-26; Romanos 8:34). Este empreendimento estende-se ao seu cuidado pastoral daqueles que Ele salvou. Ele vive para sempre para fazer intercessão por eles, e por causa disto Ele pode salva-los quanto se aproximam de Deus através dele (Hebreus 7:25).
Ele não ora pelo mundo, ora porem, por aqueles que o pai lhe deu (João 17:25). A intercessão de Cristo relaciona-se com a fraqueza, imaturidade e limitações daqueles por quem Ele ora. Sua intercessão garante nossa segurança para sempre (Lucas 22:31,32).
III          Advogado, Cristo é o nosso advogado que nos representa agora no céu (Hebreus. 9:24), Cristo lida com o pecado atual do cristão. Ele e a propiciação pelos nossos pecados (I João 2:2).
Quando acontece um pecado na sua vida, o cristão tem um advogado junto ao pai.
Um advogado é aquele que defende a causa de outra pessoa nos tribunais e há um motivos abundantes para Cristo advogar em benefícios daquele que tão constantemente precisa de ajuda.
O RETONO DE CRISTO EXEMPLIFICADO
Encontramos no Antigo Testamento, especialmente no livro de Levítico Capitulo 23, o ritual de cada festa estabelecida por Deus e observado pelo povo de Israel na Terra Santa. Cada festa destas, de acordo com seu significado especial, aponta para o tempo futuro.
A páscoa (Levítico. 23:4). A primeira delas era a páscoa de nosso Senhor. Era celebrada no mês primeiro aos 14 dias do mês pela tarde, é a páscoa do Senhor. Esta festa e comemorável, e recorda a revelação feita pelo um grande redentor. Em figura ela significa. “...Cristo nossa páscoa..., crucificado por nós” (I Coríntios 5:7).
Os Asmos do Senhor (Levítico. 23:6). Esta era a segunda festa deste calendário. Esta simboliza comunhão com Cristo, e pão sem fermento. A ordem divina aqui é linda: primeiro, redenção, depois um viver Santo (I Coríntios 5:6-8) etc.
As primícias Levítico 23:10. A festa das primícias era figurada da ressurreição, primeiro Cristo, depois os que são de Cristo na sua Vinda (I Coríntios 15;23; I Tessalonicenses 4:14-16) etc.
O pentecostes (Levítico 23:15-22). Esta festa que é a quarta do calendário, era chamada de “Pentecoste”. Segundo a interpretação dada pelo doutor Scofield, ela simbolizava, a descida do Espírito Santo para igreja, conforme aconteceu no Cenáculo em que os discípulos oravam no dia de pentecostes (Atos 2:1 e sós). “Desde seu início até o fim, esta festa é o antítipo da descida do Espírito Santo para formar a igreja do Senhor. Por isso o fermento está presente (Levítico 23:17) por que infelizmente, mesmo em contrário à vontade divina, o mal existe na Igreja (Mateus 13:33; Atos 5;1 e SS; I Coríntios. 11:19).
Notemos que agora fala-se de pães, e não de um molho (feixe) de espigas soltas. Importa numa verdadeira união de partículas, formando um corpo homogêneo. A descida do Espírito Santo no pentecostes uniu os discípulos em um só organismo (I Coríntios 10:16,17; 12:13,20).
Os pães movidos eram oferecidos “cinquenta dias depois que se tinha oferecido o molho da oferta movida” (Levítico 23:15). Isto é precisamente o período entre a ressurreição de Cristo e a formação da igreja no pentecoste, pelo batismo no Espírito Santo (Atos 2:1-4), com o “molho” não havia fermento, por que em Cristo não existe mal.
A das trombetas (Levítico 23:23-25). A quinta festa era chamada a “... das trombetas”. Chegamos aqui, ao tempo do fim, porque esta festa tem um valor completamente profético e se refere a futura restauração no sentido total da nação Israelita. Note que existe um longo período entre o pentecoste e as festa das trombetas, correspondendo a o período entre o pentecoste e a introdução do milênio. Este período, segundo se depreende, corresponde a o longo período do trabalho pentecostal do Espírito Santo sobre a igreja aqui na terra, na atual dispensação (Isaias. 18: 3; 27:13).
Devemos observar que, em relação a festa das trombetas, algo especial a acompanha, que é um testemunho referente à o ajuntamento e arrependimento de Israel depois de terminar o período pentecostal, que é o da igreja. Esta festa é seguida imediatamente pelo dia da expiação. Simbolicamente falando, a festa das trombetas fala do ajuntamento de Israel; profeticamente porem, fala do arrebatamento da igreja “... A grande colheita”, e logo a seguir, vem a penúltima festa.
A festa da expiação (Levítico 23: 26-32). Segundo os rabinos, o dia da expiação é o mesmo descritor em (Levítico 16:29-34), mas aqui a ênfase está sobre a tristeza e arrependimento de Israel. Em outras palavras, seu valor profético é saliente, e isto antecipa o arrependimento de Israel, depois do seu julgamento, quando de Sião vier o Libertador, e expiar a iniquidade do seu povo (Isaias 59:20; Romanos 11:26).
A Festa do Tabernáculo (Levítico 23:34 e SS). A festa do tabernáculo simboliza o estabelecimento do reino milenar de Cristo com poder e grande glória. A festa era tanto memorial como profética, memorial porque lembrava o tempo de peregrinação no Egito (Levítico 23:43); e profética pelo descanso milenar de Israel depois da restauração, quando a festa dos tabernáculos vira a ser outra vez um memorial; e desta vez, não será só para Israel, mas para todas as nações durante o Reino milenar de Cristo (Ezequiel 40 a 48; Zacarias 14:16-21. Esta festa era memorial para Israel como a Santa Ceia do Senhor é para sua igreja: “Fazei isto em memória de mim”.
Para os primeiros Cristãos.
Para os cristãos da igreja primitiva a maior e mais sublime expectação era o retorno de Cristo para os seus Santos. Eles não se conformavam ausentes da “presença do Senhor” e ardentemente almejavam por ela. Paulo, por exemplo, conserva em si uma expectação imediata da presença de Cristo em sua vida.

Veja o que diz Paulo: “Mas se o viver na carne (no corpo) me der fruto da minha obra, não sei então o que deva escolher. – Mas de ambos os lados estou em aperto, tendo o desejo de partir, e estar com Cristo, porque isto é ainda muito melhor” Filipenses. 1:22,23.
Nesta sua expectativa, Paulo deseja estar com Cristo de qualquer maneira: tanto “partir” como esperar na “carne” o retorno de Cristo. Esse deve ser, portanto, o sentido de “viver na carne” para Paulo (Filipenses 1:22). E, evidentemente, ele é inspirado a fazer esta oração em aramaico “MARANATA!” (I Coríntios 16:22). Tal locução proverbial, como produto da Criptologia do filho de Deus na comunidade primitiva, encontra seu correspondente em (Apocalipse. 22:20) “Amem ora vem Senhor Jesus!” No mais, a expectativa imediata de retorno de Cristo para os seus Santos está ancorada numa palavra falada por nosso Senhor e escrita por Paulo, em (Tessalonicenses 4:15) “Dizemos, pois, isto, pela palavra do Senhor: que nos, os que ficarmos vivos para a vinda do Senhor, não precederemos os que dormem”. E na seção seguinte ele exclama: “Porque o mesmo Senhor descera do céu com alarido, e com voz de arcanjo, com a trombeta de Deus...”
Na passagem de Romanos 16:20, encontramos a ardente expectação de Paulo pelo retorno de Cristo, quando diz: “E o Deus de paz esmagara em breve a cabeça de satanás debaixo do vossos pés...” Esta ansiedade de Paulo e dos demais Cristãos no primeiro século vem a torna em vários elementos doutrinários, tais como:
Em I Coríntios 7:29, lemos “Isto, porém, vos digo, irmãos, que o tempo se abrevia; o que resta é que também os que tem mulheres sejam como se as não tivessem”.
Em I Coríntios 10:11, Paulo diz: “Ora tudo isto lhes sobreveio como figura, e estas estão escritas para aviso nosso, para quem já são chegados os fins dos séculos”. Em outras formulações referentes a expectativa imediata dos escritores do Novo Testamento. Quanto ao retorno de Cristo são os verbos e advérbios que deixam bem claro a urgência para tal acontecimento! Vejamos
“E isto digo conhecendo o tempo, que é já hora de despertamos do sono; porque a nossa salvação (plena redenção do corpo) está agora mais perto de nós do que quando aceitamos a fé. (Romanos. 13:11).
“Sedes vós também pacientes, fortalecei os vossos corações; porque já a vinda do Senhor está próxima (Tiago. 5:8)
“O senhor não retardaria a sua promessa (sua vinda) ainda que alguém a têm por tardia (II Pe. 3:9ª).


O conceito errôneo
Para muitos a segunda vinda de Cristo a este mundo é apenas um processo de acontecimentos. Para outros, porem isso significa um estado de morte. Mas segundo se depreende, não é uma coisa nem outra. Razão porque a morte e a penalidade imposta pelo pecado, mas o retorno de Cristo livra do pecado e da penalidade (Romanos. 6:23). Os pensamentos e as experiências relativas a morte são dolorosos; os pensamentos relativos a vinda de Cristo nos são muito caros (João 11:31; Tito. 2:13).
No primeiro caso olhamos para baixo e choramos; no segundo olhamos para cima e nos regozijamos (João 11:35; 16:17-22)
No primeiro caso (morte), o corpo e semeado em corrupção e desonra; no segundo caso será ressuscitado em incorrupção e gloria (I Coríntios. 15:42,43; I Tessalonicenses. 4:16,17).
No primeiro caso, somos despido; no outro, revestido (II Coríntios. 5:4)
No primeiro caso, há triste separação entre amigos; no outro, alegre reunião (Ezequiel. 24:16; I Tessalonicenses. 4:16). Na morte entramos no descanso, mas na vinda de Cristo seremos coroados (I Tessalonicenses 4:13; Apocalipse. 14:13).
A morte vem como nosso grande inimigo; Cristo como nosso grande amigo (Provébios.14:27; I Coríntios 15:26).
A morte é o rei dos terrores (Jó 18:14); Cristo é o rei da gloria (Salmos. 24:7). Satanás tem o poder da morte; Cristo é o príncipe da vida e da vida (Atos. 3:15; Hebreus. 2:14). Por ocasião da morte partimos para esta como Cristo; por ocasião da vinda Cristo virá até nós (João 14:3; Filipenses 1:23). Jesus faz distinção entre a sua vinda e a morte do crente.  Cristo e os apóstolos nunca ordenaram aos santos que aguardassem a morte, mas repetidamente, exortaram-nos a esperar a vinda do Senhor (I Coríntios 15:51,52).
A nova tecnologia ensina que Jesus Cristo nunca voltara a este mundo em forma literal para os seus santos; que Cristo está retornando tão rapidamente quanto lhe é possível entrar neste mundo; que ele veio no pentecoste, na presença do Espírito Santo; que ele veio por ocasião da destruição de Jerusalém, no julgamento contra a qualquer cidade, e que ele vem na ocasião da morte das pessoas.
Com efeito, a vinda de Cristo não deve ser identificada com a destruição de Jerusalém. Em 70 D.C, conforme a interpretação de alguns. O julgamento de Deus contra Jerusalém não é o acontecimento referido na maioria das passagens em que a segunda vinda de Cristo é mencionada. Isto, por vários motivos:
Primeiro por ocasião da destruição de Jerusalém, aqueles que dormiam em Jesus não foram ressuscitados.
Segundo, os crentes vivos não foram arrebatados ao encontro do Senhor nos ares nem seus corpos foram transformados.
Terceiro, anos depois dessa ocorrência, encontramos João ainda aguardando a vinda do Senhor (Apocalipse. 22:20).
Quarto, segundo os ensinamentos dos profetas, dos apóstolos e do próprio Senhor, um reino de justiça e paz deve seguir-se imediatamente a volta de Cristo. Isso, todavia não ocorreu, nem por ocasião, nem depois da destruição de Jerusalém. Portanto, ela ainda está por vir.
Outro ponto de vista da “nova teologia” é que Cristo veio na pessoa do Espírito Santo. Em sentido muito real e importante, de fato, a vinda do Espirito Santo foi um vida de Cristo para os seus (João 14:15-18,21-23). Essa, porém, não foi a vinda de Cristo referida nas passagens que afirma que ele voltara.
Evidentemente, sua vinda é claramente estabelecido e distinta pelo testemunho conjunto dos profetas, de João Batista, dos anjos, dos apóstolos e do próprio Senhor; dele, disseram os anjos; “Esse Jesus, que dentre vos foi recebido em cima no céu, há de vir assim como para o céu vistes ir (Atos. 1:11b).
O TEMPO DE DEUS
As escrituras deixam bem claro que, do ponto de vista divino, Deus jamais se atrasa. Se parece haver demora no retorno de Cristo, é porque devem existir boas e convenientes razões para isso. É verdade que são já decorridos mais de 1.900 anos da época em que a promessa foi feita pela própria boca do Senhor (João. 14:3).
Entretanto, os membros da igreja primitiva em Tessalônica creram que Cristo viriam enquanto estivessem vivos e foram consolados pela expectativa de se reunirem aos seus entes queridos já falecidos. Isso porem, não contradiz, nem enfraquece a promessa de Cristo para seus santos, pois, todos aqueles santos sabiam que Cristo, como se Deus, tem a eternidade na sua mão e pode ligar o hoje do tempo como se fosse amanhã da eternidade II Pe. 3:8,9.
O mundo tem passado de uma crise a outra, mesmo quando parecia oportuno para o regresso de Cristo. Mas o significativo acontecimento não ocorreu.
A razão divina. Por que Cristo ainda não cumpriu sua promessa de vir e receber seu povo para leva-lo consigo? Do ponto de vista da profecia bíblica, tal demora não é inesperada. Há, portanto, razão para tal. Quando Cristo Veio pela primeira vez, era um episódio que havia sido previsto há milhares de anos. Séculos de história haviam preparado o cenário para a primeira vinda de Cristo a terra.
A língua grega se desenvolvera e era de uso comum em todo mundo ocidental. Isso preparou o caminho para que o Novo Testamento, fosse escrito em um idioma preciso e atualizado. Paulo afirma que, quando tudo estava pronto; Deus enviou seu filho, nascido de Mulher, nascido sob a lei (Gálatas. 4:4b).
O império romano conseguira estabelecer relativa paz no Oriente Médio. A vida e culto judaico na Palestina estavam prontos para a vinda do Messias. Apareceu João Batista para anunciar a vinda do Rei e conclamar a nação a o arrependimento Mateus. 3. A paz Romana havia franqueado o comercio internacional e as comunicações, possibilitando que os Cristãos do século I propagassem a mensagem do Evangelho pelo império Romano inteiro e finalmente por todo o mundo. As profecias sobre a primeira vinda de Cristo foram cumpridas num dia cuidadosamente preparado por um Deus soberano. Ele estava velando sobre o tempo (Jeremias.1:12). Assim também as profecias concernentes ao retorno de Cristo para buscar o seu povo e a sua segunda vinda (Parousia) à terra serão cumpridas dessa forma, num perfeito sincronismo do nosso Deus.
A DEMORA
Do ponto de vista humano pode parecer que Cristo esteja retardando a sua vinda. Mas em épocas passadas o cumprimento das profecias bíblicas foi sempre precedidos por séculos de história que transformaram os acontecimentos com suprema precisão, a fim de permitir que os fatos preditos ocorressem conforme a promessa, perfeitos até os últimos detalhes. Todavia, há também uma razão pessoal e afetuosa para justificar por que Cristo ainda não voltou.
O Apostolo Pedro escreveu: “Mas amados, não ignoreis uma coisa: um dia para o Senhor é como mil anos e mil anos como um dia. O Senhor não retarda a sua promessa, ainda que alguém a tenha por tardia; mas é longânimo para convosco, não querendo que alguns se percam, se não que todos venham a arrepender-se (II Pedro. 3:8,9).
Eis ai portanto, a demora do retorno de Cristo para encontrar –se com os seus santos provem de um coração amoroso. Um Deus compassivo ainda está esperando que muitos ouçam o evangelho e a atendam a mensagem crendo.
O TRIBUNAL DE CRISTO
Após o arrebatamento haverá uma reunião com Jesus, em um lugar chamado “tribunal”. Paulo fala disso em vários textos: vou registrar aqui três referencias exclusivas: (Romanos 14:10; I Coríntios 3:13-15 e II Coríntios 5:10).


O que é Tribunal?
Um tribunal (do latim: tribunalis, significando "dos tribunos") é um órgão cuja finalidade é exercer a jurisdição ou seja resolver litígios com eficácia de coisa julgada.
A bíblia fala-nos 6 vezes de tribunal no Novo Testamento:
O tribunal de Pilatos                                             Mateus 27:19.
O tribunal de Herodes                                                Atos dos Apóstolos 12:21.
O tribunal de Gálio                                         Atos dos Apóstolos 18:12-13.
O tribunal de Cezar                                        Atos dos Apóstolos 25:6.
O tribunal de Cristo                                        II Coríntios 5:10.
O tribunal de Deus                                         Romanos 14:10.
Nos dois últimos tribunais (Romanos 14:10 e II Coríntios 5:10), Paulo fala do que acontecerá quando o Redentor congregar os remidos em torno de si diante do seu tribunal. Haverá ali uma avaliação do que fizemos; mas isso não indica que será um momento de temor, mas de confiança; mais ninguém estará ali presente, a não ser os salvos; ali todos amarão o Redentor e confiarão nele.
Os textos e contextos afirmam que cada um receberá o louvor ou censura que merecer. As referências mais explícitas sobre isto são:
Primeiro: Em (II Coríntios. 5:10), onde o que temos feito por meio do corpo será manifestado (Hebreus. 4:13); segundo: em (Romano 14:10), onde nossas relações com nossos irmãos serão examinadas perante o nosso Salvador (Mateus. 18:10).
Terceiro: Em I Cor 3:10-15, onde nosso serviço a Deus é provado pelo fogo. Ap. 22:12.
ONDE SERÁ O TRIBUNAL?
As passagens de (Mateus 9:15 e Apocalipse 22:12), nos levam a entender que o Tribunal não será dentro do Céu.
Jesus disse: E eis que cedo venho, e o meu galardão está comigo (vira comigo), para dar a cada um- no tribunal conforme suas obras. (Apocalipse 22:12). Se essa recompensa fosse feita no céu, não seria necessário Jesus trazer consigo este galardão.
Na antiguidade, os juízes e anciões de uma nação costumavam julgar seus súditos e suas causas na porta da cidade (Genesis. 19:1,9; I Samuel. 4:13,18; II Samuel. 15:2). Boaz, chamado remidor, e mais dez testemunhas da cidade de Belém, julgaram a causa de Rute a moabita na porta da cidade de Belém (Rute. 4:1,2). E ali, diante desse tribunal e La recebeu o galardão do Senhor Deus de Israel, (Rute. 2:12). Muitas coisas nas Escrituras foram escritas “... para o nosso ensino” (Romanos. 15:4), pois algumas delas são “... sombras das coisas celestiais” (Hebreus. 8:5), e outras são “... são figuras das coisas que estão no céu” (Hebreus. 9:23). Se o nosso pensamento é acertado nesta interpretação é evidente, embora pouco provável que o Tribunal de Cristo terá lugar ainda nos ares, especialmente na “porta formosa do céu” (I Tessalonicenses. 4:17).
Diante do Tribunal de Cristo serão reprovadas as obras e não o obreiro (I Coríntios. 3:13), pois todo seu trabalho que tiver feito por meio do corpo será avaliado perante a justiça divina.
A prova pelo “fogo”. No que tange a este fogo muitas interpretações tem surgido! Mas uma coisa é certa: a onisciência de Deus ali deve estar presente. Todo o nosso trabalho passará diante dos olhos da trindade divina (Êxodo. 13:21; Atos. 2:3; Hebreus. 12:29; Apocalipse. 1:14; 2:18; 3:2). A passagem de Apocalipse 4:8 descreve seres viventes como tendo a incerteza da inteligência; são cheios de olhos por diante e por detrás (Apocalipse. 4:6). Porem tanto ver para frente como para traz. O passado e o futuro estão abertos a eles como um livro. Visão interna (olhos por dentro) (visão externa) (olhos por diante) também lhes pertence. A absoluta visão circundante correspondente a uma infinita visão interior, que expressa à concentração contemplativa, a unidade da consciência divina. Ali, pois veremos o valor das nossas obras.
A RECOMPENSA
“... cada um recebe... ou bem, ou mal” (II Coríntios. 5:10).
Ao analisarmos este texto, entendemos que a palavra “MAL” não significa “Pecado”. Diante deste tribunal não haverá nem pecado nem pecador. (Lucas. 20:35-36).
Quando se invoca o sentido profundo da palavra “pecado” no original hebraico é “hattã’th” que no grego é “Hamartia”. Porém, na passagem citada, a palavra “mal”, deve ser conhecer do uso que dela faz o profeta Isaias. O uso “RA” (Isaias. 45:7), onde se diz que Deus cria o “mal”, fica esclarecido o seu uso no tempo e no espaço quando vemos que em mais de 450 vezes que esta palavra se encontra no Antigo Testamento, muito poucas vezes ela se refere a Deus como causa das coisas realizadas, e também veremos que em cada um desses casos o “mal” mencionado não indica pecado, e, sim consiste no castigo justo que Deus impõe sobre aqueles que pecaram. Não se diz que Deus criou o pecado deles, mas diz que ele trouxe a calamidade e o castigo sobre eles. Esta correção divinamente imposta foi à palavra “RA” distintamente declarada como uma experiência do mal vinda de Deus como penalidade, em contraste com o bem que ele concederia em outras situações.
O apostolo Paulo retoma isso em seus elementos doutrinários quando diz: “agora folgo não porque fostes contristados, mas, porque fostes contristados para o arrependimento; pois fostes contristados segundo Deus... porque a tristeza segundo Deus opera o arrependimento para a salvação, da qual ninguém se arrepende...” (II Coríntios. 7:9,10; Hebreus. 12:11). Acreditamos, pois que o mal (Ra) em referência seja apenas uma repreensão da parte do Senhor para aqueles que usaram materiais ou doutrina espúria na sua obra (I Coríntios. 3:13; 9:17). Observamos que Jó entendeu isso muito bem quando disse para sua esposa: recebemos o bem de Deus, e não receberemos o mal? (Ra) (Jó. 2:10).
O GALARDÃO
A palavra galardão tem nas escrituras vários sentidos e métodos de aplicação: para Abraão, o próprio Deus era o “... seu grandíssimo galardão” (Genesis. 15:1). Rute a moabita recebeu “o galardão do Senhor deus de Israel” (Rute. 2:12). No estudo em foco devemos traduzir a palavra galardão (misthapodosia) por recompensa (misthos).
Para alguns esse galardão ou recompensa, trata-se de coroas que recebemos da parte do Senhor. Os atletas do passado recebiam após as competições, suas coroas de louro ou coroas da vitória como sinal de haverem alcançado o prêmio. Paulo fala disso em I Cor. 9:24 e, depois, faz uma exortação: “... correi de tal maneira que o alcanceis”. O argumento de Paulo parte do menor para o maior.  Se os homens dão tão elevados valor as honrarias e coroas, que por si mesmas se revestem de tão pouca importância e valor, quando mais devem os cristãos se esforçar e prezar aquelas coroas espirituais que nunca haverão de perecer, dotadas de valor infinito, que transcendem a tudo quanto é terreno e físico!
Se um homem é capaz de treinar tão diligentemente, de sofrer tantas privações, de agonizar física e mentalmente para um acontecimento que ocupara um único dia, sabemos que a competição será intensa e que as chances de ele sair vencedor não são grandes, quanto mais diz Paulo os cristãos devem dispor-se, deixando de lado todos os prazeres e ocupações inúteis, a fim de alcançarem a “incorruptível coroa de Gloria”.
Na posição de corredor, ele corria com o alvo definido. Na qualidade de lutador, tinha um oponente. Em outras palavras, ele tinha um alvo, uma vitória a conquistar. Então ele passa agora seu exemplo para seus leitores: “sede meus imitadores como também eu de Cristo”.
Coroa de gloria. “E quando aparecer (na sua vinda) o sumo Pastor, alcançareis a incorruptível coroa de gloria” (I Pedro 5:4).
A coroa incorruptível. “E todos aqueles que lutam de tudo se abstém; eles o fazem para alcançar uma coroa corruptível, nós, porem uma incorruptível” (I Coríntios. 9:25).
A coroa de alegria. “Portanto, meus amados e mui queridos irmãos, minha alegria e coroa...” (Filipenses. 4:1; I Tessalonicenses. 2:19,20).
A coroa da justiça. “Desde agora, a coroa da justiça me está guardada, a qual o senhor, justo juiz, me Dara naquele dia (diante do tribunal); e não somente a mim, mas a todos que amarem a sua vinda” (II Timóteo. 4:8).
A coroa da vida. “Bem aventurado o varão que sofre a tentação; porque quando for provado, recebera a coroa da vida, a qual o Senhor tem prometido aos que o amam” (Tiago. 1:12; Apocalipse. 2:10).
Cumpre-se aqui o que diz o profeta Isaias acerca de Jesus: “... o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados” (Isaias. 53:5b). Isso aponta claramente para o calvário onde Jesus suportou por nós uma coroa de espinho (João. 19:2) para nos dar o direito de sermos participantes de uma coroa de gloria. Isso é o supremo sacrifício.
Jesus nosso Senhor morreu com apenas 33 anos de idade! Depois de ter sofrido uma eternidade de dores! Seus inimigos aqui na terra o julgaram digno uma coroa de espinhos. No céu, porém, o quadro se inverte, e ele estará presentemente coroado de gloria Hebreus. 2:9.




AS BODAS DO CORDEIRO
Após a avaliação de Cristo das obras de seus servos diante do tribunal, ele, então, conduzira sua noiva para o palácio real, onde se encontra a sala do banquete (Cantares. 2:4).  Quando então terão início as bodas do cordeiro.
As bodas do cordeiro é uma preciosa revelação com respeito aos filhos de Deus. Os anjos, e os santos do Antigo Pacto ali estarão a cantar: “Regozijemo-nos, e alegremo-nos e demos-lhes gloria, por que vinda são as bodas do cordeiro, e já a sua esposa se aprontou” (Apocalipse. 19:17).
As escrituras, tanto no Antigo como no Novo Testamento, utilizam-se do casamento, ou mesmo de outra ocasião festiva para simbolizar a gloria espiritual final e a alegria dos fiéis servos de Deus. Vejamos como as escrituras são proféticas e se combinam entre sim em cada detalhe! Somente depois que o senhor julgar a grande prostituta, Babilônia, que vem descrita misticamente e literalmente nos Capítulos 17 e 18 do Apocalipse, é que o Senhor apresenta sua esposa uma virgem (II Coríntio. 11:2). No Novo Testamento, isso simboliza, especialmente no Apocalipse, que a Noiva do cordeiro não deve ser confundida, por uma mulher poliandra (mulher que tem mais de um marido).
A interpretação alegórica de Cantares de Salomão retrata Deus como sendo o Noivo e Marido da nação Israelita; e isso tem sido usado pelos interpretes cristãos para contemplar a Igreja como “Noiva de Cristo” na sua gloria futura. O livro de Cantares lembra-nos, sobretudo, do verdadeiro retorno aos primeiros tempos, à juventude da humanidade. Ali aparecem dois nomes que, segundo se diz não expressam a ideia comum apenas de homem, “ish” e aquela que leva seu nome “Isha” (Genesis. 2:23) e sim por Salomão (Shelomo) e Sulamita (Shulamith). O nome que eles trazem prova a necessidade de paz e do perdão divino, para que não haja dureza de coração.
As religiões helenistas como as romanas também empregavam esse simbolismo (O simbolismo das escrituras).  Considerando a união entre seus adeptos e o salvador – deus como uma espécie de matrimonio sagrado.
Os cultos da fertilidade também emprega tal simbolismo. A parábola das virgens loucas e prudentes pinta o reino dos céus como uma espécie de festa de casamento, (Mateus 25:1-13). Enquanto que em (Marcos 2:19-20), Jesus alude a si mesmo como sendo o noivo, e seus discípulos seriam os convidados. Em (João 3:29). João Batista refere-se a Jesus como noivo. Paulo fez uma aplicação mística e escatológica sobre esse simbolismo, dizendo que ele apresenta os crentes de Coríntios, como uma noiva a Cristo (II Coríntios. 11:2). Por ocasião do arrebatamento da igreja por Cristo, essa noiva será pura e preparada para o noivo (Apocalipse. 19:7).
Assim na presente era a igreja e retratada como noiva de Cristo; no período das bodas, porém, como a esposa do cordeiro.
Entre os Judeus, as bodas eram celebradas durante sete dias com grande alegria (Juízes. 14:12,15,17,18). As bodas de Jacó duraram sete dias (Genesis. 29:27,28). Na simbologia profética das escrituras sagradas, isso aponta para as bodas do cordeiro durante sete anos. O senhor Jesus também é Judeu e em termos proféticos um dia equivale há um ano. (Números. 14;34; Ezequiel.4:6; João.4:9).
Apocalipse descreve o tempo em que a noiva se aprontou. O seu vestido é todo bordado e branqueado no sangue do cordeiro, (Salmos 45:14; Apocalipse. 22:14), pois ninguém pode entrar naquela festa com vestidura estranha, (Sofonias. 1:8 e Mateus 22:11).
A ceia das bodas do cordeiro será para cumprimento das palavras de nosso Senhor quando se encontrava no cenáculo mobiliado e preparado. Numa expressão e gesto de quem estava dando um até breve a seus discípulos, ele disse “até aquele dia (isso é as bodas) em que o beba de novo conosco no reino de meu Pai” (Mateus. 26:29). Esta celebração da ceia terá lugar somente no final das bodas isto é (sete anos depois do arrebatamento).
Esta ceia será para lembrar a morte de Cristo: Ela deve ser lembrada aqui e na eternidade, ela (a ceia) teve lugar num cenáculo preparado. Seu início marcou a última noite do ministério terreno do Filho de Deus Mt.26:28,29.
Foi à única coisa que o Senhor Jesus desejou fazer nesta vida (Lucas. 22:15). A páscoa no Antigo pacto e a ceia no Novo Testamento aponta a mesma coisa à morte de Cristo! A primeira estava distante da outra cerca de 1500 anos, e tinha um caráter prospectivo apontava para a cruz de nosso Senhor; a segunda, a santa ceia, tem um caráter retrospectivo apontando também para a morte do Salvador.
A páscoa judaica encontra seu cumprimento e seu fim na vida, morte e ressurreição de Cristo. O cordeiro de Deus substituiu o cordeiro pascal, o livramento do jugo egípcio correspondente à libertação da escravidão do pecado. Doravante o corpo de Cristo nos será dado por nutrição a seu sangue nos guardará contra o malho destruidor do anjo da morte.
Assim Cristo retorna a o passado e o vivifica através de sua morte a memória da páscoa. O passado da morte é dedicado à vida, e a memória são arrebatadas pela esperança, nas palavras solenes: “Cristo nosso Páscoa, foi sacrifício por nós” (I Coríntios. 5:7).
A ceia do Senhor inicia uma nova era e aponta para uma obra já consumada. Podemos observar que duas festas uniram-se na celebração do senhor. E, nossa lembrança nos levará agora para a tarde sombria que antecipava o dia da morte de Cristo; neste cenáculo deu-se um acontecimento notável; a festa pascoal foi solenemente encerrada (Lucas. 22:16-18), e a Santa Ceia instituída com igual solenidade (Lucas. 22:19-21).
Sobre essa mesa terminou um período e começou outro; Cristo era o cumprimento de uma ordenança e a consumação da outra. A páscoa, agora tinha servido a seu propósito, porque o Cordeiro que o sacrifício simbolizava ia ser morto no dia seguinte. Por isso foi substituída por uma nova instituição, apresentando a verdadeira realidade do Cristianismo, como a páscoa tinha apresentado a do judaísmo. Mas nosso Senhor falou também de uma ceia futura, e agora seu cumprimento está em foco!
O livro de Apocalipse encerra sete bem-aventuranças, e cada uma delas com santificação especial:
Bem aventurado aquele que lê, e os que ouvem as palavras desta profecia, e guardam as coisas que nelas estão escritas; por que o tempo está próximo (Apocalipse. 1:3).
Bem aventurado os mortos que desde agora morrem no Senhor. Sim, diz o Espírito para que descasem dos seus trabalhos, e as suas obras os sigam. (Apocalipse. 14:13).
Bem aventurados aquele que vigia, e guarda os seus vestidos, para que não ande nu, e não se vejam as suas vergonhas, (Apocalipse. 16:15).
Bem aventurados aqueles que são chamados à ceia das bodas do cordeiro. E disse-me: estas são as verdadeiras palavras de Deus, (Apocalipse 19:9).
Bem aventurado e santo aquele que tem parte na primeira ressurreição: sobre estes não tem poder a segunda morte; mas serão sacerdotes de Deus e de Cristo, e reinarão com ele mil anos. (Apocalipse 20:6).
Bem aventurados aqueles que guardam as palavras da profecia deste livro, (Apocalipse 22:7).
Bem aventurados aqueles que lavam suas vestiduras no sangue do cordeiro, para que tenha direito a arvore da vida, e possa entrar na cidade pelas portas (Apocalipse. 22:14).
Todas essas Bem aventuranças recairão sobre aqueles que foram arrebatados por Jesus e a quarta, é especifica; para aqueles os chamados a bodas do cordeiro.
Ao encerra a santa ceia naquele cenáculo, nosso Senhor falou de outra com caráter escatológico, quando disse: “digo-vos que não beberei mais do fruto da vide até aquele dia (nas bodas) em que beba de novo convosco no reino do meu pai” (Mateus 26:29).
A ceia do cenáculo marcou a termino da missão terrena de nosso Senhor, isto é enquanto esteve aqui na terra; e deu início a sua missão celestial (João. 17:4,11,13). Após a celebração daquela ceia o Senhor Jesus desceu para o sóbrio vale da batalha de igual modo, também, após a celebração da ceia das bodas, ele descera para o sóbrio vale do Armagedom. (Apocalipse. 19:11 e SS), a fim de terminar com aquela grande guerra e a seguir, estabelecer seu reino milenar. Por isso se faz necessário que a quarta bem aventurança recaia sobre aqueles que levaram o vitupério de Cristo em qualquer tempo ou lugar.
A GRANDE TRIBULAÇÃO
“Porque naqueles dias haverá uma aflição tal, qual nunca houve desde o princípio da criação, que Deus criou, até agora, nem jamais haverá” Mc. 13:19. Logo após o arrebatamento da igreja se desencadeará um período sombrio de sofrimento sobre a humanidade que os escritores tanto do Antigo como do Novo Testamento, denominaram de Grande Tribulação. O vocábulo “Tribulação” ocorre por dezenas de vezes em ambos os testamentos. Mas é no Novo Testamento que encontramos maior luz projetada sobre o problema do sofrimento e da tristeza do homem. O termo grego que traz em si a ideia de pressão, como se houvesse uma grande carga sobre o espírito, é (Thilipsis), que noutras passagens do Novo Testamento, também e traduzida por aflição, angustia etc. O termo em Português deriva do Latim “tribulum”, ou instrumento de destorroar o restolho, mediante o qual o lavrador separava o trigo de sua palha.
A bíblia fala deste período chamando-o de “tempo de angustia para Jacó” (Jeremias. 30:7). Os homens desmaiarão de terror pela expectação das coisas que sobrevirão ao mundo (Lucas. 21:26). O profeta Sofonias fez menção dizendo: “aquele dia é dia de indignação, dia de angustia e de ânsia, dia de alvoroço e de desolação, dia de trevas e de escuridão, dia de nuvens e de densas trevas” (Sofonias. 1:15).
A Grande Tribulação é chamada de a “ira futura” (I Tessalonicenses. 1:10) a ira de Deus sobre toda a impiedade e injustiça dos homens se manifestara de Deus sobre toda impiedade e injustiça dos homens se manifestara desde os céus (Romanos. 1:18). Isto aconteceu nos dias de Noé, quando a ira de Deus se derramou sobre a terra sob forma de um dilúvio, (Genesis. 6:13; 15:16), a bíblia fala da medida de injustiça dos Amorreus que ainda não estava cheia. Compare em (Deuteronômio 9:4,5). Assim também acontecera na Grande Tribulação. Quando a medida dos pecados desse mundo estiver cheia, ele vivera o grande dia da ira do Cordeiro, (Apocalipse. 6:16,17). O Senhor mesmo pisará o lagar do vinho do furor da ira de Deus todo poderoso, (Apocalipse. 19:15).
A grande tribulação é chamada de “o dia da vingança” (Isaias. 63:1-4). Quando Jesus visitou a sinagoga de Nazaré, foi lhe dado o livro do Profeta Isaias para que lesse, (Lucas. 4:14-21) “O Espírito do Senhor Jeová está sobre mim, porque o Senhor me ungiu para pregar boas novas aos mansos; enviou-me a restaurar os contritos de coração, e proclamar liberdade aos cativos, e a abertura de prisão aos presos; e a pregoar o ano aceitável do Senhor...” Jesus interrompeu a leitura, e disse que naquele dia aquela Escritura estava se cumprindo perante as pessoas que o ouviam. Jesus havia deixado de ler o restante do texto, que diz; “e o dia da vingança de nosso Deus” (Isaias. 61:2). Jesus proclamou o ano aceitável do Senhor, que ainda está em vigor. “O dia da vingança do nosso Deus” só se sucederá na Grande Tribulação.
No dia da vingança do nosso Deus, o mundo será entregue ao senhor que ele escolheu, uma vez que os povos rejeitaram a Cristo e a sua palavra. Na Grande Tribulação as Forças de Satanás triunfará sobre o mundo, e resultara na maior catástrofe de todos os tempos.
O GOVERNO MUNDIAL DO ANTICRISTO
A Grande Tribulação será uma ditadura universal e cruel do anticristo. O anticristo será um homem comum, nascido de mulher. Mas será possuído de poder satânico, e terá uma capacitação demoníaca extraordinária, (Apocalipse. 13:2,4) de modo que exercera poderosa influência sobre a humanidade. Ele é chamado de a Besta (Apocalipse. 13:1), o homem do pecado e filho da perdição (II Tessalonicenses. 2:3), assolador, (Daniel. 9:27), designação que bem retrata o seu caráter.
O anticristo terá um auxiliar, o falso profeta, esse também será revestido de poder satânico (Apocalipse.13:12) estará assim formada a trindade satânica. Satanás (o antipai), a Besta (o antifilho ou anticristo), e o falso profeta (antiespirito). O falso profeta ao apelar para o sentimento religioso do povo fará com que os homens adorem o anticristo. Esta adoração se tornara obrigatória. O sinal da besta na mão ou na testa, será a evidencia da aceitação desta adoração. E sem este sinal não será possível comprar ou vender qualquer coisa. Cf. (Apocalipse. 13:16,17; 14:9). Os que não adorarem a besta serão mortos, (Apocalipse. 13:15). A Bíblia das almas debaixo do altar de Deus, dos que foram mortos por amor a palavra e por causa do testemunho que derem, Ap. 6:9. Estes foram os vitoriosos, pois deram suas vidas em prol do evangelho de Cristo (Apocalipse.12:11).
Israel durante a Grande Tribulação. Israel fará um concerto com o anticristo por sete anos, (Daniel. 9:27). Talvez o pacto tenha como objetivo a garantia da liberdade de construir o templo e cultuar a Deus. Os Judeus que rejeitaram a Jesus, (João. 1:11), agora aceitam o anticristo, (João. 5:43).
Depois de três anos e meio, o anticristo rompera o concerto. Ele profanara o Templo, a o assentar-se nele para ser adorado como Deus, (II Tessalonicenses. 2:4). Israel não aceitara a imposição de adorar a outro, senão Jeová. Ele então perseguira duramente os Judeus, os sofrimentos serão tremendos. Jesus, ao falar destes acontecimentos, aconselha os descendentes de Jacó a fugirem para as montanhas (Mateus. 24:16). Esta fuga esta profeticamente descrita em (Apocalipse. 12 e em Isaias. 16:1-4).
A IGREJA PASSARÁ PELA GRANDE TRIBULAÇÃO?
“Como guardaste a palavra da minha paciência, também eu te guardarei da hora da tentação que há de vir sobre todo o mundo, para tentar os que habitam na terra” (Apocalipse 3:10).
A passagem em foco e outras similares tanto do Antigo como no Novo Testamento, indicam que a igreja do Senhor jamais passara pela Grande Tribulação. É evidente que, para aqueles que advogam que a Igreja deve passar por esse período crítico de angustia, fazem sua defesa no significado da preposição “EK”.
Essa posição “EK” leva os interpretes a uma interpretação literal de “sair de dentro”. Refutando, assim, a interpretação Pré-tribulacionista do presente versículo. Para a igreja “emergir de dentro” da hora da tentação, deve (segundo este conceito) ter estado presente durante aquela hora. Mas essa forma de interpretação, não combina com a tese e argumento principal da natureza do pensamento das escrituras, por vários motivos:
Orar usando-se a preposição gramatical de: “ek e apo” (fora de) reforça o conceito geral das demais Escrituras. A referência direta deste versículo qualquer estudioso sabe que se refere à “hora” da Grande Tribulação, que de um certo modo envolvera todo o mundo, e sua fase final, terá como alvo a cidade de Jerusalém e a Terra Santa.
Assim as palavras: “...eu te guardarei da hora da tentação”, indicam que a igreja não passará por aquela aflição sem procedentes na história humana que, cronologicamente falando, terá a duração de sete anos.
A Igreja desaparecera silenciosamente antes, mediante o arrebatamento (I Tessalonicenses. 4:14-17).
Depois virá a Grande Tribulação, para tentar os que habitam sobre a terra. Nas palavras de Jesus a Igreja de Filadélfia e nas de Paulo à Igreja de Tessalônica, fica evidenciado o livramento pra Igreja, da Grande Tribulação.
A palavra “da” significa “para fora de” e em si traz a ideia de ser guardado da tribulação (não meramente conservado através dela, como alguns asseveravam). Ora, se a Igreja estivesse destinada a passar pela Grande Tribulação, uma coisa séria certa; em lugar de ler-se “...eu te guardarei da hora da tentação, ler-se-ia: “...eu te guardarei na hora da tentação” e além do mais, Paulo teria dito “...Jesus, que nos livra na ira futura”, e não da ira futura (I Tessalonicenses 1:10).
Nossa solene convicção, portanto é: A igreja não passara pela Grande Tribulação (Cantares 2:17; Isaias 26:20) – por inferência; (Apocalipse 3:10).
A entrada de Noé na Arca do Diluvio (Genesis 7:1,4,7,10), a saída de Ló de Sodoma (Genesis 19:12, e o paralelismo de Êxodo 14:15; Josué 4:18; Salmos 136:14,15) lustram a confirmação do Argumento apresentado nesta seção.
HAVERÁ SALVAÇÃO DURANTE A GRANDE TRIBULAÇÃO?
Esta pergunta frequentemente é feita pelo povo de Deus. Então haverá possibilidade de salvação durante o período da Grande Tribulação? Sim haverá.
É claro, portanto, que haverá santos de Deus durante o período crítico desse sofrimento, porém, não serão “membros do corpo de Cristo (a Igreja da Graça), pois este é constituído por aquele grupo que pertenceu a Dispensação da Graça. Serão crentes individuais, como nos tempo do Antigo Testamento e, mediante dois dispositivos o (Sangue e a Fé), serão capaz de testemunha acerca de Cristo e de sua redenção.
Participação do Reino e gozarão das bênçãos do Senhor, de maneira maravilhosa, mas não serão incluídos no corpo de Cristo, o qual ocupa um lugar bem distinto através de toda a eternidade.
Todas as referências ao cordeiro de Deus no Apocalipse implicam em expiação de sua morte. O arrebatamento da Igreja não limitou todos os métodos da redenção do Deus todo poderoso. Ele sempre teve (e sempre terá) “...seu caminho na tormenta” (Naum 1:3). Na passagem de Apocalipse 7:9 esta pintada uma vasta multidão que se diz ter “vindo da Grande Tribulação”. “Depois desta coisas olhei, e eis aqui uma multidão, a qual ninguém podia contar, de todas as Nações”, não deve ser confundida com Israel e a Igreja. Este é o poderoso ajuntamento de almas que predissera o profeta Joel ao dizer que no “dia do Senhor” todos o que invocasse o seu nome seria salvo (Joel 2:30-32; Atos 2:16-21).
Esta Grande multidão vista nesta seção, clama agora “salvação a Deus e ao cordeiro!” Na antevisão (Apocalipse 6:9-11), a cena se desenrola no céu: visto que aquelas almas, mesmo debaixo do altar divino, clamam por vingança! Aqui, porém, a cena tem lugar no Céu.
Na terra durante a Grande Tribulação, sofreram toda a tirania do Anticristo.
Agora porém, tudo é inverso! Evidentemente, sem sobra de dúvida, são os convertidos da Grande Tribulação que são visto aqui e em outra seção que se seguem.
Ora durante o tempo da dispensação da Graça (antes do arrebatamento da Igreja), a salvação era analisada a posteriori.
Este argumento consiste em partir dos “efeitos para as causas”; das consequências ou princípio particulares para os gerais ou causa primeiras. É, portanto um processo indutivo. Mediante esta formula, o pecador arrependido partia de uma premissa menor (o arrependimento) para uma premissa maior (o aperfeiçoamento) chegando até sua glorificação. Porém, segundo se depreende, com o arrebatamento da igreja, essa formula inverte seu padrão, isto é o invés de “posteriori (do efeito para a causa, agora é visto a priori.
Este argumento consiste em partir das causas para os efeitos; dos princípios gerais para a particulares ou para as consequências.
Este princípio também é chamado de dedução ou inferência. Ora, durante a Grande Tribulação, os homens (que olharem para Cristo) serão salvos, não pela ação direta da graça, e, sim, pelo seu efeito! Em (Apocalipse 7:13-14) E um dos anciãos me perguntou: “Quem são estes que trajam estolas brancas, e de onde vieram?”
Respondi-lhe: “Meu Senhor (“kúrios”), tu sabes”. Disse-me ele: “Estes são os que vem da Grande Tribulação, e lavaram as suas estolas e as embranqueceram no Sangue do Cordeiro.
Nota: As características dos mártires da grande tribulação:
Chamados de Sacerdotes; São santificados pelo Sangue de Cristo
Isto revela que, mesmo fora da Dispensação da Graça pode haver salvação, mais sempre baseada na morte de expiatória de Cristo. A justiça de Deus se exerceu sobre o cordeiro, e só através da cruz pode o homem, em qualquer circunstância, alcançar o perdão.
A ideia apresentada no que diz respeito a salvação do homem, agora e depois, combina com diversos elementos encontrados na pessoa de Cristo, e o que Ele significa em todas as épocas, tenciona transmitir a ideia de que Cristo é tudo em todos agora e na eternidade! Mas ninguém deve valer-se de sua misericórdia para permanecer indiferente. Pois em qualquer época ou lugar, existiram salvos e perdido (Marcos 16:16; Romanos 11:18-12).
A PAROUSIA
A segunda fase da vinda de Cristo (Apocalipse 19:11-21), na visão de (Apocalipse 19:14), é o que podemos chamar de a segunda vinda de Jesus, e ele vira com os Santos, conforme esta escritos em (Judas 1:14, 15) vira para condenar os ímpios “todo o olho o verá” (Apocalipse 1:7). Sentar-se-á “no Vale de Josafa” (Joel 3:12) para julgar as nações. Virá montado num cavalo branco (Apocalipse 6:1-2), nestes versículos que está no cavalo branco não é Jesus, é o Anticristo, pois ele traz um arco na mão Veja (Apocalipse 19:11-16) que Jesus está com uma espada e não arco. Portanto o Anticristo tem arco e não espada.
Nos versículos 11 e 16 do capitulo 19, nos mostra outros atributos de Jesus Cristo, “FIÉL E VERDADEIRO, REIS DOS REIS E SENHOR DOS SENHORES”.
O Anticristo estava com seus exércitos, “a besta e os reis da terra, reunidos para fazerem. Guerra aquele que estava assentado sobre o cavalo e ao seu exército Versículo 19. Estão no lugar chamado Armagedom, os aliados do Anticristo com os reis do Oriente que passaram o Eufrates (Apocalipse 16:12-14) e se congregaram juntos para atacar Jerusalém. Aparecendo o cavaleiro, o próprio Senhor Jesus resolve fazer guerra contra ele. Não haverá batalha em Armagedom, é só a preparação dos Exércitos da besta, a quem Jesus destruirá com o sobre da sua boca e aniquilara pelo resplendor da sua vinda (II Tessalonicenses 2:8), ai o anticristo e falso profeta serão lançados no lago de fogo e enxofre e os aliados que formavam aquele exércitos todos foram mortos (Apocalipse 19:20-21).
Acabou-se a grandeza do Anticristo, terminou a semana de número setenta, e Jesus Cristo está aqui na terra para julgar os vivos.
O julgamento dos gentios foi apresentado pelo próprio Jesus (Mateus 25:31-46)





O JULGAMENTOS DAS NAÇÕES
- O Vale de Josafa:
“Mova-se as nações, e subam ao vale de Josefa; por que ali me assentarei, para julgar as nações em redor” (Joel 3:12).
Após os sete anos de angustia, Cristo descera para terminar com a guerra do Armagedom, e após aprisionar o Anticristo e o falso profeta (Apocalipse 19:20), jogando-os no lago de fogo ardente, Jesus seguira para o “Vale de Josafa”, onde segundo nos é dito terá início o julgamento daquelas nações que sobreviveram aquelas catástrofes já mencionadas.
Há entre os estudiosos da Bíblia grande discrepância quando ao juízo discriminado aqui, em Joel 3 e Mateus 25. Para alguns comentaristas Joel 3:12 focaliza o “Juízo Final” que, terá início aqui e se consolidara em (Apocalipse 20:11-15).
Para outros porém (o que aceitamos), trata-se do Juízo das Nações, logo após a Grande Tribulação e imediatamente, sequenciado pelo Milênio.
Este julgamento como já ficou esclarecido não é o grande julgamento do “Trono Branco”, e sim daqueles “...que restaram de todas as nações que durante séculos reconheceram Israel como nação do Senhor (Salmos 122:6; Mateus 25:40).
Onde será? Esse julgamento das nações vivas se dará no Vale de Josafa (Joel 3:2), que profeticamente é chamado de "Vale da decisão” – decisão do Senhor (Joel 3:14).
“O Vale de Josafa” encontra-se hoje literalmente guarnecido de túmulos de judeus e maometanos.
Esta transformação assim, no mais antigo e maior cemitério judeu no mundo.
Muitos Judeus chegam a Jerusalém para nela morrer e serem sepultados perto do Vale de Josafa, onde acredita-se, terão lugar a ressurreição e o Juízo Final (Joel 3:1,2).
Cristãos e muçulmanos compartilham da mesma crença e seus túmulos estão situados no lado ocidental do vale.
Seu nome atual é Wady Siti Miriam. É formado pelo Ribeiro de Cedrom (João 18:1) do lado oriental da cidade de Jerusalém.
No vale de Cedrom encontra-se quatro antiquíssimas sepulturas, tida como sendo as de Absalão, Josafa, Tiago e Zacarias. O estilo arquitetônico destes túmulos demonstram que eles são um período mais antigo que o helenístico e que provavelmente, teriam sido construídos por famílias de Jerusalém.
Data a tradição judaica de que ali se dava o Juízo Final, o Vale de Josafa tem se transformado numa grande necrópole onde tanto judeus como mulçumanos e cristãos aspiram ser enterrados.
Embora o vale de Cedrom, tenha sido indentificado como o vale de Josafa desde o quarto século de nossa era, contudo não se sabe perfeitamente por que teve esta origem, a não ser aquilo que se depreende dos textos e contextos que o seu nome. Alguns opinam talvez em razão de o rei Josafa ter conseguido uma grande vitória sobre Amom e Moabe no deserto do sul da Judeia, essa vitória tornou-se uma figura do juízo que Deus aplicara por meio de Jesus Cristo contra os adversários de Israel.
Outros opinam que isso se deu por motivo de sua sepultura ter sido ali.
QUANDO SERÁ?
O juízo das nações vivas descrito em (Mateus 25:31-46), dar-se-á no fim da Grande Tribulação, que terminara com a vinda gloriosa de Cristo em gloria (Parousia). O profeta Daniel descreve a cronologia destes acontecimentos:
E desde o tempo em que o continuo sacrifício foi tirado, e posta a abominação desoladora, haverá mil e duzentos e noventa dias. Bem aventurado o que espera e chega até mil trezentos e trinta e cinco dias (Daniel 12:11-12).
A Grande Tribulação, que se prolongará por sete anos terá sua parte mais cruel na sua segunda metade (Três anos e meio), compreendendo a parte final da semana profética de Daniel (Daniel 9:24-27; Mateus 24:15,21. Seu ponto marcante dar-se-á com a vitória do Arcanjo Miguel, sobre o exército de satanás (Daniel 12:1; Apocalipse 12:7) e terminara com a ressurreição corporal dos santos mártires da Grande Tribulação (Apocalipse 20:4).
Embora o período final deste tempo de angustia tenha a duração de apenas 1.260 dias (três anos e meio), menciona-se um período adicional de mais 30 dias para a purificação e restauração do templo (Daniel 12:11). E ainda outro período de 45 dias antes que seja experimentada a plena benção do Reino Milenar (Daniel 12:12).
Ora temos uma divisão geral dos números que temos nesta seção o resultado e o seguinte:
1-      Um período de 1.260 dias (três anos e meio) até a destruição da besta e seus seguidores (Daniel 12:7,11; Apocalipse 19:19-20).
2-      Um período de 1.290 dias, acrescentando-se 30 dias
3-      Um período de 1.335 dias, está escrito em (Mateus 24:22)
Que “...se aqueles dias (1.335) não fosse abreviados para (1.260), nenhuma carne se salvaria, mas por causa dos escolhidos (os judeus), serão abreviados aqueles dias”. Devemos ter em mente o significado da palavra “abreviados” e deduzir o sentido do argumento.
Tomando-se o início da metade da semana profética de Daniel 9, a Grande Tribulação terminará no final dos 1.260 dias (parte final dos sete anos).
Durante os 30 dias que se segue, se dará exatamente o Juízo da Nações vivas, conforme temos visto.
No período dos 45 dias restantes, a terra passara por uma purificação, para que tenha lugar, o início do Reino Milenar.
QUEM SERA JULGADO ALI?
Diante deste tribunal, três classes estarão presentes:
As ovelha (Mateus 25:33)
Os bodes (Mateus 25:33b)
E os irmãos (Mateus 25:40)
As ovelhas (os justos) ficarão ao “lado direito do rei”
Os bodes (os ímpios) ficarão ao “lado esquerdo do rei”
Os irmãos (os judeus) ficarão “diante do rei”
Este julgamento, como já tivemos ocasião de ver, diz respeito aos vivos e não aos mortos. Será feito tendo em vista como as nações trataram Israel na presente era. Isto é sem dúvida, uma “espécie de seleção” para o Milênio, a fim de que não se inicie essa nova junção dos séculos com pessoas de mau caráter.
Este julgamento é como uma espécie de “tribunal intermediário”, pois, pois sem dúvida, muitos destes passarão ainda pelo julgamento d Grande Trono Branco. Isso se dará, conforme se vê em (Apocalipse 20:8), com os que, convertidos no Milênio, aderirão a revolta de satanás.
Vejamos a diferença que existe entre o Juízo das Nações e o Juízo do Trono Branco:
Mateus 25:31-46                                                   Apocalipse 20:11-15
O das Nações                                                       O final
Na Terra                                                               No espaço
Antes do Milênio                                                 Depois do Milênio
Não é percebido por ressurreição:                       Precedido pela segunda ressurreição
Com exceção de Apocalipse 20:4.                      Trata-se dos mortos
Trata-se dos vivos                                                Uma só classe: os perdidos                                              
Três classes serão julgadas:                                 Um julgamento individual: cada um
Ovelha, Bodes e Irmãos                                        Livros abertos
Um julgamento nacional meus irmãos
Ausência de livros
Portanto, leva-nos a entender evidentemente que não se trata do mesmo julgamento. Um está distante do outro, pelo menos mil anos! E um é dos vivos e outro é dos mortos.
DISPENSAÇÃO DO REINO OU MILENIO
O que é o Milênio?
O Milênio é um período de mil anos, predito pelos profetas como sendo o reinado Messiânico, ou seja, o reinado do céu estabelecido na terra, inaugurando uma nova era espiritual, a sétima dispensação.
É um tempo de provação e de preparação para o desfecho completo da obra de Deus, quando então o Senhor Jesus, depois de dominar todas as coisas, entregara o reino ao pai (I Coríntios 15:24-28).
Há nas Escrituras uma infinidade de textos referentes ao Milênio.
QUANDO SERA O MILENIO?
Logo depois da Grande Tribulação e de se cumprirem todos os acontecimentos predito para as 70ª semana profética de Daniel; Jesus descera sobre o Monte das Oliveiras, e inaugurara o seu reinado eterno, e então dar-se-á início ao reinado Milenar na terra, onde o nosso Senhor exercera a direção política do mundo, a partir de Jerusalém, que será a capital da Terra.
COMO SERA O MILENIO?
Será um tempo sem precedentes na história da humanidade, satanás será preso, e as hostes espirituais nas regiões celestes serão aniquiladas. Cristo estabelecera seu domínio na terra, nos céus e nos mares (Apocalipse 11:15; 20:4). Nesse tempo os homens estarão plenamente conscientes da glória de Deus, manifestação nos céus (Isaias 59:19).
Deus escolhera a Palestina como centro do governo. Os males que assolam a humanidade serão banidos da terra, e grandes modificações irão acontecer. Vejamos algumas:
Os animais serão mansos: (Isaias 11:6-8; 65:25)
A terra será fértil (Isaias 30:23; 35:1-2; 55:13; Ezequiel 36:30)
Haverá mudança nas aguas: (Ezequiel 47:6-12)
Os homens voltarão a ter a antiga longevidade: (Isaias 65:20-22; Zacarias 8:4)
Haverá nascimento em profusão durante o Milênio: (Zacarias 8:5)
Não haverá enfermidades em grande escala, como nos dias atuais: (Isaias 33:24; Zacarias 47:12; Apocalipse 22:2)
Não haverá deficiente físico: (Isaias 35:5,6)
Muitos se converterão ao Senhor, e os apetrechos de guerra serão transformados em ferramentas agrícolas: (Isaias 2:4; Miqueias 4:3)
Aquisição da casa própria será ampliada: (Isaias 65:21-22; Miqueias 4:4)
A benção de Deus será derramada sobre todos: (Isaias 35:5-6; Zacarias 8:22; Malaquias 4:2)
Entre os homens haverá paz e entendimento espiritual: (Isaias 60:21; 65:19; 66:12; 55:12.)
O Espirito Santo escrevera as leis de Deus no coração do povo: (Ezequiel 36:25-28)
A terra se enchera do conhecimento do Senhor: (Isaias 11:9b)
Mas durante esse período, também haverá ímpios: (Isaias 26:10)
O conhecimento de Deus durante o milênio será em toda a sua plenitude (Isaias 11:9). Os judeus serão tão importante naquela época, que muitos gentios desejarão ter o nome deles como tutela espiritual: (Zacarias 8:23). Os Embaixadores de todas as nações irão a Israel a fim de tributar-lhe honras, por causa da magnifica gloria do Senhor que existira em Jerusalém (Isaias 2:3); muitos irão a Jerusalém, afim de receberem instruções espirituais (Isaias 2; Miqueias 4).
Poderíamos citar inúmeros textos para provar que o Milênio será um reinado com base e feição materiais, muito embora haja então pleno domínio espiritual, por que o Milênio consiste em plantar, comer, beber, viver um prazer Santo e adorar ao Senhor.
Será um tempo em que Deus vai, mais uma vez provar os homens e realizar obras maravilhosas sobre a terra, as quais farão retinir os ouvidos. Nessa época cera___2 estabelecida a justiça e a paz divina e a ordem no cosmo.
O Senhor Jesus cera___2 contra os terríveis vendavais e furações (Isaias 32:2). Então todas as coisas que assolam a humanidade serão dominadas por ele. O Céu será mais claro de dia, e as noites menos escuras, pois o sol brilhara sete vezes mais, e a lua será como o sol e as estrelas refulgirão com mais intensidade (Isaias 30:26. Sobre a cidade de Jerusalém haverá um resplendor de gloria (Isaias 4:4-6).
Quem examinar este assuntos nos citados livros, principalmente no livro do profeta Isaias, que é o profeta messiânico, ou o Evangelista do Antigo Testamento, encontrará dezenas de textos referentes ao Milênio.
Portanto na dispensação milenial haverá uma mudança excepcional, primeiro porque a gloria do Senhor será manifesta, e segundo porque satanás cera___2 aprisionado (Apocalipse 20:2). Contudo a morte não será tirada.
Neste sentido, Paulo instruiu a igreja de Corinto, dizendo: “é necessário que ele reine até que ponha seus inimigos debaixo de seus pés (falando do reino milênial). O último inimigo que será destruído é a morte; porque todas as coisa lhe serão sujeitas. Claro é que se excetua aquele que lhe sujeitou todas as coisas, (I Coríntios 15:25-27).
Somente no fim do Milênio a morte e todos os poderes infernais serão totalmente destruídos, na completa obra de Cristo no seu reinado, (I Coríntios 15:55-56; Romanos 16:20; Hebreus 2:14,15). Isso concorda com a doutrina bíblica.
Quanto ao estado da saúde no tempo do milênio, diz a Escritura que “nenhum morador dirá: estou doente...” (Isaias 33:24; Ezequiel 47:12; Apocalipse 22:2), haverá sim problema de saúde em proporção menor, a bíblia diz que um mancebo morre com cem anos. (Isaias 65:20).
QUEM PARTICIPARA DO MILENIO?
Dois grupos distintos tomarão parte no milênio os crentes glorificados, consistindo dos Santos do Antigo Testamento e do Novo Testamento, da Igreja Triunfante, dos Santos oriundos da Grande Tribulação, e os povos naturais, em estado físico vivendo na terra, a saber, judeus salvos saídos da Grande Tribulação, gentios poupados no julgamento da Nações e o povo nascido durante o milênio propriamente dito.
No esta glorificado, os salvos não estarão limitados a terra. Seus corpos ressurretos não estarão sujeito as limitações do tempo e do espaço como quando estavam em seus corpos mortais. Pelo contrário, serão como os anjos dotados de corpos espirituais (Mateus 22:30). Não sujeito a limitações da matéria.
COMO E ONDE ESTARÁ A IGREJA NO MILENIO?
O Apostolo João viu a cidade, a Nova Jerusalém descendo dos céus com tal esplendor que deslumbra os mortais, (Apocalipse 21:20). Enquanto os profetas viram a glória dessa cidade sobre os montes de Sião, Jerusalém terrestre, João vê a da Jerusalém celeste, dizendo: “As nações caminharão na sua luz...”. (Apocalipse 21:24); naturalmente as nações que ficarem após a Grande Tribulação. Assim notamos segundo a palavra de Deus, duas cidades: a terrestre e a celeste.
Onde estará a igreja de Cristo durante o Milênio?
Em parte já temos, mais vamos afirmar com toda certeza. A igreja estará com o Senhor em glória. Examinaremos textos em que há uma confirmação dessa promessa divina. Falamos sobre a Jerusalém terrestre e a celeste; uma refletindo a gloria de Deus e a outra recebendo a reflexão da gloria (Apocalipse 21:24-27; Isaias 4:5,6). A promessa de Jesus foi que nos levaria para casa do pai, onde disse: “há muitas moradas...” João 14:2). É durante o Milênio que essa casa de Deus estará sob o céus, e da terra será vista e contemplada por causa da glória da manifestação do Senhor. Paulo, Escrevendo a nossa cidade: ou nossa Pátria está no Céus (Filipenses 3:20; Hebreus 11:10) diz que Abraão aguardava a cidade do Deus vivo, onde estará também a igreja, no versículo 16. O apostolo João descreve a cidade em sua glória, beleza e grandeza espirituais. O tamanho dessa cidade excede as medidas humanas: é um astro de primeira grandeza.
João viu que a cidade não tinha santuário, isso equivale a dizer que toda cidade é o próprio santuário, (Apocalipse 21:22), pois Deus e o Cordeiro são o seu santuário. Também a cidade celeste não necessita de luz nem de sol, (Apocalipse 21:23. Entretanto na cidade terrestre haverá necessidade de luz, (Isaias 30:26), pois haverá noite e haverá dia – fatores da vida física (Isaias 24:23). Também durante o Milênio os servos de deus glorificados, tanto os do Antigo como os Novos Testamento estarão servindo a Deus num corpo especial, face a face, na cidade celestial (Apocalipse 22:4). Note-se que eles estarão reinando com o Senhor Jesus Cristo pelos século dos séculos, por toda enternidade.
Na Jerusalém terrestre, no entanto, ainda haverá interrupção, pois somente quando todos os povos e poderes estiverem subjugados debaixo dos pés de Cristo no seu reino, ele entregará o reino ao pai (I Coríntios 15:24). Isso será no fim do Milênio, quando satanás for lançado no lago de fogo e enxofre (Apocalipse 20:7-11). E é nessa época que a terra passará por um grande estrondo, como nos afirma Pedro em (II Pedro 3:20). Então uma nova era será estabelecida, com novos céus e uma nova terra onde habitará a justiça (II Pedro 3:13; Isaias 65:17; Apocalipse 21:1).
No Milênio, como notamos de vários textos bíblicos, haverá dois estados distintos: um dos crentes glorificado no resplendor da glória de Cristo, habitando na cidade celestial; seus corpos não estarão sujeitos as leis da físicas. O outro é o estado dos vivos que habitarão na Jerusalém terrestre. Paulo disse, “há corpos celeste e corpos terrestre, (I Coríntios 15:40). Assim, cada um no seu próprio corpo, Deus nos revestira com habitação dos céus (II Coríntios 5:2).
No reinado de Cristo, não se disputarão cargos, com espirito de ambição e nem de vaidade, pois os que estiverem com o Senhor no seu reino, se identificarão no plano glorioso e eterno. Não estarão mais vivendo segundo as leis deste mundo, mais livres de qualquer paixão (Marcos 12:25).
Concluímos que no reino Milenia, a igreja de Cristo estará glorificada na Jerusalém celeste.
HAVERA SALVAÇÃO NO MILENIO?
Sim, porque o milénio é um tempo preparatório, uma dispensação material durante o qual Deus vai provar os que nela nasceram, dando-lhes conhecimentos especiais para serem salvos. Está escrito: “naquele dia (no Milênio), diz o Senhor: Congregarei o que coxeia...” congregarei o Senhor está falando de salvação. Os gentios procurarão. Embora a profecia abranja também a pregação do Evangelho em nossos dias, aqui se refere ao Milênio, porque durante essa época, as nações que restarem vão suplicar a favor do Senhor (Zacarias 8:13). Como será majestoso aquele dia quando o Senhor se assentar no trono da sua glória, tendo o povo humilhado diante dele!
OS EVENTOS FINAIS
Terminado o Milênio, satanás que fora preso antes será novamente solto por um breve espaço de tempo. Essa soltura momentânea de satanás, servirá para o seguinte:
Provar aquelas pessoas que nasceram durante o milênio
Revelar que o coração do homem não convertido, permanece inalterado, mesmo no reino pessoal do filho de Deus.
Demonstrar pela última vez quão pecaminosa é a natureza humana, e que o homem por si mesmo jamais se salvará, mesmo sobre melhores condições.
Demonstrar que satanás é completamente incorrigível.
Em Apocalipse 20:7-8 está escrito: “e acabando-se os mil anos, Satanás será solto da sua prisão e sairá a enganar as nações que estão sobre os quatro canto da terra, Gogue e Magogue, cujo o número é como areia do mar, para as ajuntar em batalha”.
Gogue e Magogue em Apocalipse 20:8 são as nações rebeladas contra Deus, investigadas por Satanás, e conduzindo um furioso ataque contra os santos.
Não devemos nos confundir com Gogue e Magogue, ao qual o Profeta Ezequiel relata nos capítulos 38 e 39. São acontecimentos distintos e em tempos completamente diferente.
Vejamos as diferenças
Gogue em Ezequiel 38-39
Ezequiel 38:2-6 Gogue é um bloco de nações
Ezequiel 38:6-15 Gogue vem do Norte
Ezequiel 38:16 Gogue age por um ato divino
Ezequiel 38:21-22 Gogue é destruído por espada
Ezequiel 39:11-13 Gogue é sepultado em Israel
Ezequiel 38:8,16,23 Gogue vem antes do Milênio


Gogue em Apocalipse 20
Apocalipse 20:8 Gogue é um bloco de nações
Apocalipse 20:8 Gogue envolve toda a terra
Apocalipse 20:7-8 Gogue é movido pelo Diabo
Apocalipse 20:9 Gogue é destruído por fogo do céu
Apocalipse 20:9 Gogue é totalmente destruído pelo fogo
Apocalipse 20:7-10 Gogue vem após o milênio.
A sorte de Satanás e desses povos que por ele se deixaram iludir, está selada nas seguintes palavras: “...mas desceu fogo do céu e os devorou. E o Diabo que o enganava, foi lançado no lago de fogo e enxofre, onde está a besta e o falso profeta; e de dia e de noite serão atormentados para sempre” (Apocalipse 20:10)
O JUIZO FINAL
“E vi um grande trono branco, e o que estava assentado sobre ele, cuja a presença fugiu o céu e a terra, e não se achou lugar para ele” (Apocalipse 20:11).
Nesta seção, segundo foi apresentado por João, aparece um trono isolado! Nesta cena celestial
Todos os olhos fixarão diretamente sobre o trono. Vasto, intenso e rebrilhante. Os próprios céus (atmosférico e estrelar) e a terra não pode ser visto, deixaram de existir, em antecipação a nova criação. A fuga do céu e da terra deve ser entendida literalmente como o fim da antiga criação, conforme está escrito em (II Pedro 3:7; Apocalipse 21:1), nos textos diz que “não se achou lugar para ele”.
Em outras palavras, nenhum espaço será achado para a antiga criação, nem mesmo os antigos lugares celestiais.




O TRONO
A palavra trono ou tronos. Ela no grego é thronos. É usada no Novo Testamento com o sentido de trono real (Lucas 1:32,52), ou com o sentido de Tribunal Judicial (Mateus 19:28; 22:30). Também há alusão aos tronos de elevados poderes angelicais ou governantes humanos Colossenses 1:16. Trono no presente texto é Grande! É de vastíssima dimensões! Enchendo o campo inteiro de nossa visão, expulsa de vista todos os outros elementos.
Trata-se de um infinito julgamento, diante do qual está o que é finito: o pobre humano morto.
O trono é branco! Resplandeceu de pureza e santidade, o que exige justiça! Castigo! Julgamento! Purificação! Restituição! Tudo isso descreve uma cena fora do alcance da história humana! É o juízo final!
Entre os muitos julgamentos ou juízos especial, a bíblia menciona sete, que tem significado especial:
- O julgamento dos pecados do crente na cruz do nosso Senhor Jesus Cristo (Romanos 6:23). Ele foi ai justificado por que Cristo, havendo levado os meus pecados sobre a cruz, foi feito por Deus Justiça (I Coríntios 1:30).
- O crente julgando-se a se mesmo, para não ser julgado com o mundo (I Coríntios 11:31)
- O julgamento das obras dos crentes diante do Tribunal de Cristo, logo após o traslado da igreja (Romanos 14:10; I Coríntios 3:1; II Coríntios 5:10).
- O julgamento das nações vivas por ocasião da “parousia” de Cristo (Mateus 25:32)
- O Julgamento de Israel na volta de Cristo, como amadurecimento das nação, para ingressar no reino milenar (Ezequiel 20:33; Mateus 19:28).
- O julgamento descrito por Paulo em (II Timóteo 4:1 que se dará na vinda de Cristo e no seu reino.
- O julgamento do Grande Trono Branco, conforme está escrito em (Apocalipse 20:11-15)
O JUIZO
O filho se assentara juntamente com o pai, em seu trono, para julgar. Mas é o pai é que figura majestosamente, conforme os textos: (Atos 17:31; Apocalipse 3:21; 4:2,9; 5:1,7,13; 7:10; 19:4; 21:5), e por meio de Jesus todos ali serão julgados (João 5:22). Duas classes estarão ali presente e serão julgado perante aquele grande trono!
Primeiro: “...Os Grandes” (os anjos caídos) (II Pedro 2:4; Judas 6).
Segundo: “...Os pequenos (homens sem Deus) (Salmos 8:5; Hebreus 9:27). Em Apocalipse 20:15, demonstra um julgamento individual, confirmando o versículo 13 “e serão julgados cada um segundo as suas obras”.
É evidente que o salvos que comparecem diante do Trono de Deus, cujo os nomes se encontram no livro da vida, não fazem parte da igreja (isso não quer dizer que ela não esteja ali) e, sim aqueles que foram fiéis a Deus durante o Milênio. Diante do Trono Branco estarão multidão incalculáveis que, durante o Milênio, creram em Jesus e foram fieis, e permaneceram até o fim. Quando Satanás pela última vez se rebelou contra Deus, esse não o acompanharam e agora, estão diante do Trono Branco, sabendo que seus nomes estão no livro da vida.
Em Apocalipse 21:27 diz que só terão permissão de entrar na Jerusalém Celestial “...Os que estão escritos no livro da vida do cordeiro”.
Entre os livros escritos com tinta e outros, encontramos o seguinte:
O livro da consciência           Romanos 2:15
O livro da Natureza               Salmos 19:1-14
O livro da lei                          Romanos 2:12
O livro do Evangelho             Romanos 2;16
O livro das memorias             Lucas 16:25
O livro das obras                    Apocalipse 20:12
O livro da vida                        Apocalipse 20:15
O livro da vida e do cordeiro é o que da admissão ao mundo eterno... A missão plena de Jesus Cristo, derramando seu sangue, foi para conduzir-nos a Deus, em sua real presença. Seu título “o cordeiro”, faz subentender tudo isso. O livro da vida é o livro de uma infinita compaixão, por que contém nomes exclusivamente de ex-pecadores.
A ETERNIDADE  
Nossa vida na eternidade está incluída naquilo quer que seja! Ele mesmo diz: “...eis que faço novas todas as coisas” (Apocalipse 21:5), e além disso, a palavra traduzida “novo” em (Apocalipse 21:1) significa “novo em espécie ou ordem”, distinto meramente novo no que concerne ao tempo. Pedro descreve o processo que o Senhor vai usar na renovação do céu e da terra para que neles habite a justiça.
Mas o dia do Senhor virá como vem o ladrão de noite; o qual os céus passarão com grande estrondo, e os elementos ardendo se desfarão e a terra e as obra que nela há, se queimarão... aguardando e apressando-vos para o dia da vinda de Deus, em que os céus, em fogo se desfarão, e os, elementos ardendo se fundirão (II Pedro 3:10-12), etc.
Não admira, portanto que haja um bramido, calor intenso e fogo. Então aparecera “novo céu e nova terra” preparados para a eternidade! Nessa época surgira como capital dessa nova ordem a cidade celestial chamada “nova Jerusalém”. Devemos observar que em Apocalipse 21:2, está linda cidade dos remidos é chamada “nova”; enquanto na seção seguinte é chamada de “santa”.
Tudo sugere uma cidade literal: ouro, ruas, dimensões, pedra e etc. ela desce do céu, pois é impossível construir uma cidade santa aqui na terra. Segundo as dimensões apresentada pelo anjo interprete do apostolo João, 12.000 estádio (Apocalipse 21:16), se fosse divididos em ruas, haveria um lugar para 8 milhões de ruas com avenidas de 2.200 quilômetros cada uma. Cremos que realmente a nova Jerusalém, o lar dos remidos terá, sem dúvida, essas dimensões em foco!
Paulo fala deste lindo lar divino onde iremos morar, quando diz: “Mas a nossa cidade está nos céus, de onde esperamos o Salvador; o Senhor Jesus Cristo...” (Filipenses 3:20)
Finalizo esse trabalho, agradecido ao Senhor nosso Deus Pai, Filho e Espirito Santo, pela coragem e disposição para concluir esse livro, espero poder contribuir para o crescimento espiritual e acadêmico de cada pessoa que ler e meditar neste humilde trabalho.
São Paulo, Brasil – Primavera de 2014.
Pastor Edivaldo Pereira de Souza.











BIBLIOGRAFIA
Bíblia Sagrada
Versões: Revista e corrigida, Atualizada, Versão di Nelson (VDN), Bíblia Revelada – Ômega, (NT) e Bíblia Revelada – Alpha (AT).
Bíblia de referência de Drº. C.I Scofield
Bíblia Thompson – Almeida Edição Contemporânea – Editora Vida
Bíblia de Estudo Pentecostal - CPAD
Livros Consultados: Teologia Sistemática uma Perspectiva Pentecostal – Stanley M. Horton
Teologia Sistemática Vol. 1 – Norman Geisler - CPAD
Enciclopédia de Bíblia, Teologia e Filosofia, Volumes de 1 – 6 – Ph. D Russel Norman Champlin.
O Milênio – Pr. João de Oliveira – CPAD
Sombras, Tipos e Mistérios da Bíblia – Pr. João Leitão – CPAD
Escatologia – Pr. Severino Pedro da Silva – CPAD
As grandes doutrinas da Bíblia – Pr. Raimundo de Oliveira – CPAD
Novo dicionário da Bíblia – Edições Vida Nova

Edivaldo Pereira de Souza
Pastor – Escritor – Bacharel em Teologia – Apologeta Cristã
Educador Teológico, na FAESP – Faculdade Evangélica de São Paulo (Unidade Guarulhos, SP) e pela FAETESP – Faculdade de Teológica do Espirito Santo, (Unidade Guarulhos, SP)